\v 1 No terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio a Jerusalém e sitiou a cidade para lhe cortar o abastecimento.
\v 2 O Senhor deu a Nabucodonosor vitória sobre Jeoaquim, rei de Judá, e lhe deu alguns dos objetos sagrados da casa de Deus. Ele os trouxe para a terra da Babilônia, para a casa do seu deus, e colocou os objetos sagrados na casa do tesouro do seu deus.
\v 3 O rei falou a Aspenaz, seu oficial chefe, para trazer alguns do povo de Israel, tanto da família real como da nobreza;
\v 4 jovens sem defeito, de boa aparência, habilitados em toda sabedoria, cheios de conhecimento e entendimento e qualificados para servir no palácio do rei. Ele deveria ensiná-los sobre a literatura e a língua babilônica.
\v 5 O rei separou para eles uma porção diária de suas iguarias e do vinho que ele bebia. Esses jovens deveriam ser treinados por três anos e, depois disso, serviriam ao rei.
\v 8 Mas, Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei e com o vinho que ele bebia. Assim, ele pediu permissão ao oficial chefe para que não se contaminasse.
\v 9 Então, Deus deu a Daniel favor e compaixão da parte do oficial chefe.
\v 10 E ele disse a Daniel: "Tenho medo do rei, meu senhor, pois ele ordenou quais iguarias e bebidas tu deverias comer e beber. Por que ele deveria ele te ver mais abatido que os outros jovens da tua idade? O rei poderia cortar minha cabeça por tua causa".
\v 14 Assim, o mordomo concordou com Daniel em fazer isso e os testou por dez dias.
\v 15 Ao fim dos dez dias, suas aparências estavam mais saudáveis, e eles estavam mais bem nutridos que todos os jovens que comeram das iguarias do rei.
\v 17 Então, para esses quatro jovens, Deus deu conhecimento e discernimento em toda a literatura e sabedoria, e Daniel tinha discernimento sobre todos os tipos de visões e sonhos.
\v 18 No fim do período dado pelo rei, o oficial chefe os trouxe perante Nabucodonosor.
\v 19 O rei conversou com eles e, entre todo o grupo, não havia ninguém comparável a Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Eles permaneceram perante o rei, prontos para servi-lo.
\v 20 Em todas as questões de sabedoria e entendimento que o rei lhes perguntava, ele os achou dez vezes mais sábios que todos os magos e videntes que estavam em todo o seu reino.
\v 1 No segundo ano do seu reinado, Nabucodonosor teve sonhos. Ele ficou com sua mente perturbada e não conseguiu dormir.
\v 2 Assim, o rei convocou os magos e os adivinhos, chamou os feiticeiros e sábios para lhes contar sobre os seus sonhos. Então, eles vieram e se apresentaram perante o rei.
\v 5 O rei respondeu aos sábios: "Este assunto já está resolvido. Se vós não me revelardes o sonho e a sua interpretação, vossos corpos serão dilacerados e vossas casas serão transformadas em um monte de lixo.
\v 6 Mas, se me contardes o sonho e o seu significado, vós recebereis de mim presentes, uma recompensa e grande honra. Então, dizei-me o sonho e o seu significado".
\v 7 Eles lhe pediram novamente: "Rei, conta o sonho a nós, teus servos, e lhe diremos o seu significado".
\v 8 O rei respondeu: "Eu tenho certeza de que vós quereis mais tempo, porque sabeis da minha firme decisão.
\v 9 Mas, se não me contardes o meu sonho, só há uma sentença para vós. Vós decidistes preparar palavras falsas e enganosas que, juntos, concordastes em dizer-me até que eu mude de ideia. Então, dizei-me o sonho e eu saberei que vós podeis interpretá-lo para mim".
\v 10 Os sábios responderam ao rei: "Não há nenhum homem na terra capaz de atender à exigência do rei. Não há rei grande e poderoso que tenha exigido uma coisa dessas de algum mago, ou de qualquer adivinho, ou de um sábio.
\v 12 Isso fez o rei ficar irado e muito enfurecido, e ele deu ordens para destruir, na Babilônia, todos aqueles que eram conhecidos por sua sabedoria.
\v 13 Então, saiu um decreto dizendo que todos aqueles conhecidos por sua sabedoria seriam condenados à morte. Por causa desse decreto, eles procuraram Daniel e seus amigos para que fossem condenados à morte também.
\v 14 Então, Daniel respondeu com prudência e discrição para Arioque, o comandante do corpo da guarda do rei, que havia vindo matar todos aqueles que eram conhecidos na Babilônia por sua sabedoria.
\v 15 Daniel perguntou ao comandante do rei: "Por que o decreto do rei é tão urgente?". Então, Arioque disse a Daniel o que havia acontecido.
\v 16 Daniel foi e solicitou uma audiência com o rei para que pudesse lhe apresentar a interpretação.
\v 18 Ele os exortou a buscarem a misericórdia do Deus do céu acerca deste mistério, para que eles não fossem mortos juntamente com os outros sábios da Babilônia.
\v 21 Ele muda os tempos e as estações, Ele remove reis e coloca reis em seus tronos. Ele dá sabedoria ao sábio e conhecimento àqueles que têm entendimento.
\v 22 Ele revela as coisas profundas e escondidas, porque Ele sabe o que está em trevas, e a luz vive com Ele.
\s5
\v 23 Deus dos meus pais, eu te agradeço e te louvo pela sabedoria e por tudo o que me deste. Agora, Tu me fizeste saber o que te pedimos; Tu nos fizeste saber o assunto que concerne ao rei".
\v 24 Então, Daniel foi ver Arioque (aquele que o rei designou para matar todos os sábios na Babilônia). Ele foi e lhe disse: "Não mates os sábios na Babilônia. Leva-me ao rei e eu lhe mostrarei a interpretação do seu sonho".
\v 25 Rapidamente, Arioque trouxe Daniel à presença do rei e lhe disse: "Encontrei, entre os exilados de Judá, um homem que vai revelar o significado do sonho do rei.
\v 27 Daniel respondeu: "O mistério que o rei requer não pode ser revelado nem por aqueles que têm a sabedoria, nem pelos adivinhos, nem por mágicos ou por astrólogos.
\v 28 No entanto, há um Deus que vive no céu, que revela os mistérios, e Ele te fez conhecer, rei Nabucodonosor, o que irá acontecer nos dias que virão. Estes foram os teus sonhos e as visões de tua mente, enquanto tu estavas deitado em tua cama.
\v 29 Quanto a ti, ó rei, teus pensamentos sobre tua cama eram sobre coisas futuras, e Aquele que revela segredos te fez saber o que está prestes a acontecer.
\v 30 Quanto a mim, este mistério não me foi revelado por eu ter mais sabedoria que qualquer outra pessoa viva. Este segredo me foi revelado para que tu, rei, possas entender o significado e, assim, conhecer os pensamentos profundos dentro de ti.
\v 31 Rei, tu olhaste para cima e viste uma grande estátua. Essa estátua, que era muito poderosa e brilhante, estava diante de ti. Seu brilho era tremendo.
\v 32 A cabeça da estátua era feita de ouro fino. O peito e os braços eram feitos de prata. Seu ventre e coxas eram feitos de bronze,
\v 34 Tu olhavas para cima e uma pedra foi cortada, apesar de não ter sido por mãos humanas, e atingiu a estátua nos pés de ferro e argila, e os destruiu.
\v 35 Então, o ferro, a argila, o bronze, a prata e o ouro foram quebrados em pedaços ao mesmo tempo, tornando-se como palha de eiras no verão. O vento os levou embora e não houve mais vestígios restantes deles. Mas a pedra que feriu a estátua se tornou uma grande montanha e encheu toda a terra.
\v 36 Esse foi o teu sonho. Agora diremos ao rei o seu significado.
\v 37 Tu, rei, és rei dos reis a quem o Deus dos céus tem dado o reino, o poder, a força e a honra.
\v 38 Ele tem dado, em tuas mãos, o lugar onde os seres humanos vivem. Ele tem dado todos os animais dos campos e os pássaros dos céus em tuas mãos, e tem feito de ti governante sobre todos eles. Tu és a cabeça de ouro da estátua.
\v 39 Depois de ti, outro reino inferior ao teu se levantará, e ainda um terceiro reino de bronze governará sobre toda a terra.
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\v 40 Haverá um quarto reino, forte como o ferro, porque o ferro quebra outras coisas em pedaços, ele despedaça tudo. O reino despedaçará todas as coisas e as esmagará.
\v 41 Assim como tu viste que os pés e os dedos eram feitos, em parte, de barro e, em parte, de ferro, esse será um reino dividido; algumas das forças de ferro estarão nele, assim como viste uma mistura com barro.
\v 42 Como os dedos dos pés eram, em parte, feitos de ferro e, em parte, feitos de barro, da mesma forma o reino será, em parte, forte e, em parte, frágil.
\v 43 Assim como viste o ferro misturado com barro, as pessoas também serão uma mistura; elas não ficarão juntas, assim como o ferro não se mistura com o barro.
\v 44 Nos dias daqueles reis, o Deus do céu levantará um reino que nunca será destruído, nem mesmo será conquistado por outro povo. Ele quebrará os outros reinos em pedaços e porá um fim em todos eles, e permanecerá para sempre.
\v 45 Assim como viste, uma pedra foi cortada da montanha, mas não por mãos humanas, e ela quebrou em pedaços o ferro, o bronze, o barro, a prata, e o ouro; o grande Deus te fez saber, rei, o que acontecerá depois disso. O sonho é verdadeiro e a interpretação é confiável".
\v 47 O rei disse a Daniel: "Verdadeiramente teu Deus é o Deus dos deuses, o Senhor dos reis, e o único que revela segredos, pois fostes capaz de revelar esse mistério".
\v 48 Então, o rei fez Daniel altamente honrado e deu a ele muitos presentes maravilhosos. Ele o fez governador sobre toda a província da Babilônia e também o fez governador chefe sobre todos os demais sábios da Babilônia.
\v 49 A pedido de Daniel, o rei nomeou Sadraque, Mesaque e Abednego administradores sobre toda a província da Babilônia. Mas Daniel permaneceu no palácio do rei.
\v 1 O rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro que media sessenta côvados de altura e seis côvados de largura. Ele a levantou na planície de Dura, na província da Babilônia.
\v 2 Então, Nabucodonosor enviou mensagens aos sátrapas, prefeitos, governadores, conselheiros, tesoureiros, juízes, magistrados e a todos os oficiais das províncias, para que viessem à dedicação da estátua que ele havia levantado.
\v 3 Então, os sátrapas, prefeitos, governadores, conselheiros, tesoureiros, juízes, magistrados e todos os oficiais das províncias se juntaram para a dedicação da estátua que o rei Nabucodonosor erguera. Todos estavam de pé diante da estátua.
\v 4 Então, o arauto clamou em alta voz: "Ordena-se a todos os povos, nações e línguas,
\v 5 que, ao ouvirem o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles e de todo tipo de música, se prostrem e adorem a estátua de ouro que o rei Nabucodonosor ergueu.
\v 7 Então, quando todos os povos ouviram os sons da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles e de todo tipo de música, todos os povos, nações e línguas se prostraram e adoraram a estátua de ouro que o rei Nabucodonosor levantara.
\v 10 O rei fez um decreto que toda pessoa que ouvisse os sons da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de fole e de todo tipo de música deveria prostrar-se e adorar a estátua de ouro.
\v 11 Quem não se prostrasse e adorasse deveria ser lançado numa fornalha de fogo ardente.
\v 12 Há alguns judeus que designaste para os negócios da província da Babilônia — seus nomes são Sadraque, Mesaque e Abednego. Esses homens, ó rei, não fazem caso de ti, pois não adoram nem servem aos teus deuses, nem se prostram diante da estátua de ouro que ergueste".
\v 13 Então, Nabucodonosor, cheio de ira, ordenou que Sadraque, Mesaque e Abednego fossem trazidos a ele. Assim, esses homens foram trazidos diante do rei.
\v 14 Nabucodonosor lhes perguntou: "Vós decidistes, Sadraque, Mesaque e Abednego, não adorar aos meus deuses, nem se prostrar diante da estátua de ouro que levantei?
\v 15 Agora, se estais prontos, quando ouvirdes os sons da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de fole e de todo tipo de música, vos prostrareis e adorareis a estátua que fiz, e tudo ficará bem. Mas, se não adorardes, sereis imediatamente lançados em uma fornalha de fogo ardente. E quem é o deus que será capaz de vos salvar das minhas mãos?".
\v 19 Então, Nabucodonosor se encheu de ira e seu rosto mudou contra Sadraque, Mesaque e Abednego. Ele ordenou que a fornalha fosse aquecida sete vezes mais do que normalmente se aquecia.
\v 20 Então, ordenou a alguns homens fortes do seu exército que amarrassem Sadraque, Mesaque e Abednego e os jogassem na fornalha de fogo ardente.
\v 21 Eles foram amarrados ainda vestindo suas vestes — túnicas, turbantes e outras roupas —, e jogados na fornalha de fogo ardente.
\v 22 A ordem do rei foi estritamente seguida, e a fornalha estava tão quente que as chamas mataram os homens que carregaram Sadraque, Mesaque e Abednego.
\v 24 Então, o rei Nabucodonosor se espantou e se levantou rapidamente. Ele perguntou a seus conselheiros: "Não jogamos três homens amarrados no fogo?". Eles responderam ao rei: "Certamente, rei".
\v 25 Ele disse: "Mas vejo quatro homens que não estão amarrados andando no fogo, e eles não estão feridos. O brilho do quarto é como de um filho dos deuses".
\v 26 Então, Nabucodonosor chegou perto da porta da fornalha de fogo ardente e gritou: "Sadraque, Mesaque e Abednego, servos do Deus Altíssimo, saí! Vinde para cá!". Sadraque, Mesaque e Abednego saíram do fogo.
\v 27 Os sátrapas, prefeitos, governadores e conselheiros do rei que estavam ali reunidos viram esses homens. O fogo não feriu seus corpos; os cabelos de suas cabeças não estavam chamuscados; suas vestes não foram prejudicadas e não havia cheiro de fumaça neles.
\v 28 Nabucodonosor disse: "Louvemos o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, que enviou o Seu anjo e livrou os Seus servos. Eles confiaram Nele quando deixaram de lado a minha ordem, e entregaram os seus corpos em vez de adorar ou se prostrar a qualquer deus, exceto seu Deus.
\v 29 Portanto, eu decreto que qualquer povo, nação ou língua que fale alguma coisa contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego seja dilacerado, e que suas casas sejam transformadas em monturos, porque não há outro deus que seja capaz de salvar como Este".
\v 7 Então, vieram os magos, os adivinhadores, os sábios e os astrólogos. Eu lhes contei o sonho, mas eles não puderam interpretá-lo.
\v 8 Por fim, veio Daniel (chamado Beltessazar, segundo o nome do meu deus, e em quem está o espírito dos deuses santos) e contei-lhe o sonho.
\v 9 "Beltessazar, chefe dos magos, eu sei que o espírito dos deuses santos está em ti, e que nenhum mistério é muito difícil para ti. Dize-me o que eu vi em meu sonho e o que significa".
\v 10 Estas foram as visões que tive em minha mente enquanto dormia: olhei e havia uma árvore no meio da terra e ela era muito alta.
\v 11 A árvore cresceu e se tornou forte. O seu topo alcançou os céus e podia ser vista até os confins da terra.
\v 12 Suas folhas eram lindas, seus frutos eram abundantes e nela havia comida para todos. Os animais do campo achavam sombra sob ela e as aves do céu viviam em seus ramos. Todas as criaturas se alimentavam dela.
\v 13 Enquanto estava deitado em minha cama, eu vi, em minha mente, um mensageiro descendo dos céus.
\v 14 Ele clamou e disse: 'Abatei a árvore e cortai seus ramos, sacudi as suas folhas e espalhai seus frutos. Que os animais fujam dela e os pássaros voem para longe de seus ramos.
\v 15 Deixai o tronco e suas raízes na terra, cercai-a com uma cinta de ferro e bronze no meio da grama verde do campo; que seja molhada com o orvalho dos céus; que viva com os animais entre as plantas da terra.
\v 17 Esta decisão veio do decreto apresentado pelo mensageiro. É uma decisão tomada pelo Santíssimo, para que aqueles que estão vivos saibam que o Altíssimo governa sobre os reinos dos povos, e os dá a quem Ele quer, para os governar, até ao homem mais humilde'.
\v 18 Eu, rei Nabuconodosor, tive esse sonho. Agora tu, Beltessazar, conta-me a interpretação, porque nenhum dos sábios no meu reino pode o interpretar para mim. Mas tu és capaz de fazê-lo, porque o espírito dos deuses santos está em ti".
\v 19 Então Daniel, também chamado de Beltessazar, ficou triste por algum tempo, seus pensamentos o perturbaram. O rei disse: "Beltessazar, não deixe que o sonho ou sua interpretação te perturbem". Beltessazar respondeu: "Meu senhor, que este sonho seja para aqueles que te odeiam; que esta interpretação seja para os teus inimigos.
\v 20 A árvore que tu viste — a que cresceu e se tornou forte, e cujo topo alcançou os céus, e que podia ser vista até os confins da terra,
\v 21 cujas folhas eram lindas, e cujos frutos eram abundantes, e nela havia comida para todos e, debaixo dela, animais do campo achavam sombra, e na qual as aves do céu viviam —
\v 22 tu és esta árvore, rei. Tu cresceste e te fortaleceste. Tuas grandezas se espalharam alcançando os céus e tua autoridade alcançou os confins da terra.
\v 23 Tu, rei, viste um santo mensageiro que desceu do céu e disse: 'Cortai a árvore e a destruí, mas deixai o tronco e suas raízes na terra, cercai-a com cinta de ferro e bronze, no meio da grama verde do campo. Que seja molhada com o orvalho dos céus. Que ela viva com os animais selvagens no campo até que sete anos se passem'.
\v 24 Esta é a interpretação, rei. Este é o decreto do Altíssimo que te alcançou, ó rei e meu senhor.
\v 25 Tu serás expulso do meio dos homens e viverás com os animais do campo; comerás grama como um boi e serás molhado com o orvalho dos céus. Sete anos se passarão até que tu saibas que o Altíssimo governa sobre os reinos dos povos e Ele os dá a quem quiser.
\v 26 Como foi ordenado que fossem deixados o tronco e as raízes da árvore, da mesma forma, o teu reino será devolvido a ti a partir do momento em que tu aprenderes que é o céu que governa.
\v 27 Portanto, ó rei, aceita o meu conselho: deixa de pecar e faz o que é certo. Afasta-te de tuas iniquidades e mostra misericórdia ao oprimido. Talvez, assim, a tua prosperidade seja prolongada".
\v 31 Enquanto o rei ainda estava dizendo isso, uma voz veio do céu: "rei Nabucodonosor, foi decretado que este reino foi tirado de ti.
\v 32 Tu serás afastado das pessoas e o seu lar será com os animais do campo. Tu comerás grama como o boi. Sete anos se passarão até reconheceres que o Altíssimo governa sobre os reinos dos povos, e os dá a quem Ele deseja".
\v 33 Este decreto contra Nabucodonosor se cumpriu imediatamente. Ele foi expulso do meio do povo, comeu grama como boi e o seu corpo foi molhado com o orvalho dos céus. O seu cabelo cresceu como as penas das águias e as suas unhas, como as das aves.
\v 34 "Ao fim dos dias, eu, Nabucodonosor, levantei meus olhos para o céu e a minha sanidade voltou a mim. Eu louvei ao Altíssimo, honrei e glorifiquei Àquele que vive para sempre, pois Seu reinado é um reinado eterno. O Seu reino dura de geração em geração.
\v 35 Para Ele, todos os habitantes da terra são considerados como nada; Ele faz o que Lhe apraz entre os exércitos do céu e os habitantes da terra. Ninguém pode pará-Lo, nem desafiá-Lo. Ninguém pode dizer-Lhe: 'Por que Tu fizeste isso?'.
\v 36 No mesmo momento em que a minha sanidade retornou, minha majestade e o meu esplendor me foram devolvidos para a glória do meu reino. Os meus conselheiros e os meus nobres solicitaram o meu favor. Fui colocado de volta no meu trono e ainda mais grandeza me foi dada.
\v 37 Agora eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e honro ao Rei do céu, porque todas as Suas obras são retas e Seus caminhos são justos. Ele pode humilhar aqueles que andam em orgulho".
\v 1 Belsazar, o rei, fez um grande banquete para mil de seus nobres e bebeu vinho em frente de todos os mil homens.
\v 2 Enquanto Belsazar provava o vinho, deu ordens para que trouxessem as taças feitas de ouro e prata que Nabucodonosor, seu pai, havia tirado do templo em Jerusalém, para que ele, seus nobres, suas esposas e concubinas pudessem beber.
\v 3 Os servos trouxeram as taças de ouro que haviam sido tiradas do templo de Israel, a casa de Deus, em Jerusalém. O rei, seus nobres, suas esposas e suas concubinas beberam nelas.
\v 5 Naquele momento, os dedos de uma mão humana apareceram diante do castiçal, e escreveram no reboco da parede do palácio do rei. O rei podia ver parte da mão enquanto escrevia.
\v 6 Então, a fisionomia do rei mudou e seus pensamentos o perturbaram; suas pernas não o puderam suportar, e seus joelhos ficaram batendo um no outro.
\s5
\v 7 O rei gritou, ordenando que trouxessem os adivinhos, sábios e astrólogos. O rei disse aos sábios da Babilônia: "Aquele que explicar esta inscrição e a interpretar, será vestido de púrpura e terá uma corrente de ouro no pescoço. Ele terá a autoridade como do terceiro governante do reino".
\v 9 Então, o rei Belsazar ficou muito alarmado e sua fisionomia mudou. Seus nobres estavam perplexos.
\s5
\v 10 Ao saber o que o rei e seus nobres estavam falando, a rainha entrou no salão do banquete e disse: "Rei, vive para sempre! Não deixes que teus pensamentos te perturbem. Não deixes que tua fisionomia mude.
\v 11 Há um homem em teu reino que tem o espírito dos santos deuses. Nos dias de teu pai, foram encontrados nele luz, entendimento e sabedoria como a sabedoria dos deuses. O rei Nabucodonosor, teu pai, fez dele chefe dos magos, assim como chefe dos adivinhos, dos sábios e dos astrólogos.
\v 12 Neste Daniel, ao qual o rei pôs o nome de Beltessazar, foram encontrados um espírito excelente, conhecimento, entendimento para interpretar sonhos, explicar enigmas e resolver problemas. Agora, chama Daniel e ele te dirá o significado do que está escrito".
\v 15 Os sábios e os adivinhos acabaram de ser trazidos à minha presença para ler a escrita e saber interpretar para mim, mas eles não puderam fazer conhecida a interpretação disso.
\v 16 Eu ouvi que tu podes dar interpretações e resolver problemas. Agora, se tu puderes ler a escrita e me dizer seu significado, serás vestido de púrpura e terás uma corrente de ouro no pescoço, e terás a autoridade como do terceiro governante do reino".
\v 17 Então, Daniel respondeu diante do rei: "Que os teus presentes fiquem contigo e dá tuas recompensas para outra pessoa. Entretanto, eu lerei a escrita para ti, rei, e direi o significado.
\v 18 Quanto a ti, ó rei, o Deus Altíssimo deu a Nabucodonosor, teu pai, o reino, a grandeza, a glória e a majestade.
\v 19 Por causa da grandeza que Deus deu a ele, todos os povos, todas as nações e línguas tremiam e temiam diante dele. Ele matava aqueles que desejava que morressem e mantinha vivos aqueles que ele desejava que vivessem. Ele exaltava e abatia a quem queria.
\v 20 Mas, quando o seu coração foi arrogante e seu espírito se endureceu para agir presunçosamente, ele foi derrubado de seu trono real e sua majestade lhe foi tirada.
\v 21 Ele foi expulso do meio dos homens, teve a mente semelhante a de um animal e viveu com os jumentos selvagens. Ele comeu grama como os bois e seu corpo foi molhado com orvalho do céu, até que aprendeu que o Deus Altíssimo governa sobre os reinos do povo e constitui sobre eles a quem deseja.
\v 22 Mas tu, seu filho, Belsazar, não humilhaste o teu coração, mesmo que soubesses de tudo isso.
\v 23 Tu te elevaste contra o Senhor do céu. Da sua Casa foram trazidas as taças que tu, teus nobres, suas esposas e suas concubinas beberam vinho, e tu deste louvores aos ídolos feitos de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e pedra — ídolos que não veem, não ouvem nem sabem de nada. Tu não honraste o Deus que segura a tua respiração em Sua mão e que conhece todos os teus caminhos.
\v 29 Então, Belsazar deu uma ordem e eles vestiram Daniel com púrpura. Uma corrente de ouro foi colocada em seu pescoço e o rei fez uma proclamação sobre ele, de que teria a autoridade como o terceiro maior governante do reino.
\v 30 Aquela noite, Belsazar, o rei da Babilônia, foi morto,
\v 1 Dario decidiu colocar sobre o reino cento e vinte governadores de províncias que governariam sobre todo o reino.
\v 2 Sobre eles, havia três administradores chefes e Daniel era um deles. Esses administradores chefes foram colocados para supervisionar os governadores das províncias, para que o rei não tivesse perdas.
\v 3 Daniel se destacava sobre os outros administradores chefes e os governadores provinciais, porque tinha um espírito extraordinário. O rei planejava o colocar sobre todo o reino.
\v 4 Então, os outros administradores chefes e os governadores das províncias procuraram por erros no trabalho que Daniel fazia para o reino, mas não puderam achar nenhuma corrupção ou falha no seu trabalho, porque ele era fiel; nenhum erro ou negligência foram encontrados nele.
\v 5 Então, aqueles homens disseram: "Não conseguimos achar nenhuma razão para nos queixarmos desse Daniel, a não ser que achemos algo contra ele em relação à lei do seu Deus".
\v 7 Todos os administradores chefes do reino, os governadores regionais, os governadores provinciais, os conselheiros e os governadores consultaram juntos e decidiram que tu, o rei, deves fazer um decreto e deves fazer cumpri-lo, para que quem fizer um pedido para qualquer deus ou homem, dentro de trinta dias, senão a ti, rei, essa pessoa seja lançada na cova dos leões.
\v 8 Agora, rei, faz um decreto e assina o documento para que não possa ser alterado, como manda a lei dos medos e persas, de modo que este não possa ser revogado".
\v 10 Quando Daniel soube que o documento havia sido assinado como lei, ele foi para dentro da sua casa — suas janelas ficavam abertas em seu quarto superior em direção a Jerusalém —, dobrou os joelhos, como fazia três vezes ao dia, orou e deu graças a Deus, como antes.
\v 11 Então, esses homens, que juntos formaram a conspiração, viram Daniel fazer pedidos e clamar por ajuda a Deus.
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\v 12 Então, eles se aproximaram do rei e falaram com ele sobre seu decreto: "Tu não fizeste um decreto no qual todos os que fizessem um pedido para qualquer deus ou homem durante os próximos trinta dias, exceto a ti, ó rei, deveriam ser jogados na cova dos leões?". O rei respondeu: "O assunto está resolvido, conforme foi indicado pela lei dos medos e persas, que não poderá ser anulada".
\v 13 Então, eles responderam ao rei: "Aquele Daniel, uma das pessoas do exílio de Judá, não dá atenção a ti, rei, ou ao decreto que assinaste. Ele ora ao Deus dele três vezes ao dia".
\v 14 Quando o rei ouviu isso, ficou terrivelmente angustiado e pensou em como poderia livrar Daniel dessa regra. Ele trabalhou até o pôr do sol para tentar salvar Daniel.
\s5
\v 15 Aqueles homens, que juntos formaram a conspiração, se reuniram com o rei e lhe disseram: "Sabe, rei, esta é uma lei dos medos e persas, que nenhum decreto ou estatuto que o rei estabelecer pode ser mudado".
\s5
\v 16 Então, o rei deu uma ordem, e trouxeram Daniel e o jogaram na cova dos leões. O rei disse a Daniel: "Que o teu Deus, ao Qual tu serves continuamente, te livre dos leões".
\v 17 Uma pedra foi colocada sobre a entrada da cova, e o rei selou a cova com o seu anel e com os anéis dos seus nobres, para que nada pudesse ser mudado a respeito de Daniel.
\v 18 Então, o rei foi ao seu palácio e, durante a noite, ficou em jejum. Nenhum entretenimento foi trazido a sua presença, e ele não conseguiu dormir.
\v 20 Quando chegou perto da cova, chamou por Daniel com a voz triste, e disse: "Daniel, servo do Deus Vivo, o teu Deus, a Quem serves continuamente, foi capaz de te salvar dos leões?".
\v 21 Então, Daniel disse ao rei: "Ó rei, vive para sempre!
\v 22 O meu Deus mandou um anjo e fechou a boca dos leões, e eles não me machucaram, porque fui achado inocente perante Ele e também perante ti, rei, e eu não te fiz mal algum".
\v 23 O rei ficou muito feliz e ordenou que tirassem Daniel da cova. Então, Daniel foi tirado da cova. Nenhum dano foi encontrado nele, pois ele havia confiado no seu Deus.
\v 24 O rei deu uma ordem e eles trouxeram aqueles homens que haviam acusado Daniel e os jogaram na cova dos leões — eles, seus filhos e suas esposas. Antes de alcançarem o chão, os leões os atacaram e quebraram todos os seus ossos em pedaços.
\v 25 Então, o rei Dario escreveu para todos os povos, todas as nações e línguas que vivem em toda a terra: "Que a paz aumente em vós.
\v 26 Faço um decreto, em todo o domínio de meu reino, pelo qual os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel, pois Ele é o Deus Vivo e Ele vive para sempre, e o Seu reino nunca será destruído; Seu domínio não terá fim.
\v 1 No primeiro ano de Belsazar, rei da Babilônia, Daniel teve um sonho e visões em sua mente, enquanto estava deitado em sua cama. Então, ele escreveu o que viu em seu sonho e registrou os mais importantes acontecimentos.
\v 2 Daniel explicou: "Em minha visão à noite, eu vi que os quatro ventos do céu agitavam o mar Grande.
\v 4 O primeiro era semelhante a um leão, mas tinha asas de águia. Enquanto eu estava olhando, as asas lhe foram arrancadas, e o mesmo foi erguido do chão, para se firmar sobre os dois pés, como um homem. A mente de um homem lhe foi dada.
\v 5 Houve um segundo animal, semelhante a um urso, e estava curvado, e tinha três costelas entre os dentes da sua boca. E lhe foi dito: 'Te levanta e devora multidões'.
\v 6 Depois disso, eu olhei novamente. Havia um outro animal que era semelhante a um leopardo. Sobre suas costas havia quatro asas, como asas de uma ave. Ele tinha quatro cabeças, e lhe foi dada autoridade para governar.
\v 7 Depois disso, eu vi, em meu sonho à noite, um quarto animal, terrível, assustador e muito forte. Ele tinha grandes dentes de ferro; devorava e quebrava em pedaços tudo que sobejava. Ele era diferente dos outros animais e tinha dez chifres.
\v 8 Enquanto eu observava os chifres, vi outro chifre, que crescia entre eles, um chifre pequeno. Três dos primeiros chifres foram arrancados pelas raízes. Vi, nesse chifre, olhos semelhantes ao de um homem, e uma boca, que falava com arrogância.
\v 9 Permaneci olhando: eis que surgiram tronos, e o Ancião dos dias se assentou. Suas vestes eram brancas como a neve e os cabelos da sua cabeça, como a pura lã; seu trono era como chamas de fogo e as rodas dele, como fogo ardente.
\v 10 Um rio de fogo fluía diante dele; milhões o serviam, e centenas de milhões estavam diante dele. O tribunal estava em sessão e os livros foram abertos.
\v 11 Permaneci observando, por causa das palavras arrogantes pronunciadas pelo chifre. Eu olhava, enquanto o animal era morto, e o seu corpo destruído e entregue para ser queimado.
\v 13 Em minhas visões, naquela noite, vi alguém, semelhante ao filho do homem, vindo com as nuvens do céu; então, ele se aproximou do Ancião de dias e foi apresentado diante Dele.
\v 14 Autoridade, glória e poder real Lhe foram dados para que todos os povos, todas as nações e línguas Lhe servissem. Sua autoridade para governar é uma autoridade eterna, que não passará, e Seu reino nunca será destruído.
\v 19 Então, eu desejei saber mais sobre o quarto animal — que era tão diferente dos outros e terrível com os seus dentes de ferro e garras de bronze — ele devorava, despedaçava e pisoteava o que era deixado aos seus pés.
\v 20 Eu queria saber sobre os dez chifres, em sua cabeça, e sobre o outro chifre, que cresceu quando caíram os outros três. Eu queria saber sobre o chifre que tinha olhos e sobre a boca que falava com arrogância sobre grandes coisas, os quais pareciam ser maiores que seus companheiros.
\v 23 Isto é o que aquela pessoa disse: 'Quanto ao quarto animal, será um quarto reino, na terra, que será diferente de todos os outros reinos. Ele devorará toda a terra, a pisoteará e a quebrará em pedaços.
\v 24 Quanto aos dez chifres, dez reis se levantarão do reino, e um outro se levantará depois deles. Ele será diferente dos anteriores e dominará sobre os três reis.
\s5
\v 25 Falará palavras contra o Altíssimo e oprimirá os santos do Deus Altíssimo. Tentará mudar suas festas e leis. Essas coisas serão dadas em suas mãos por um tempo, dois tempos e meio tempo.
\v 26 Mas o tribunal estará em sessão, e o poder lhe será tirado, e será aniquilado e destruído até o fim.
\s5
\v 27 O reino, o domínio e a grandeza dos reinos sob todo o céu serão dados aos santos do Altíssimo. Seu reino é um reino eterno e todos os outros reinos o servirão e o obedecerão'.
\v 28 Aqui está o final da visão. Quanto a mim, Daniel, meus pensamentos ficaram alarmados e meu rosto mudou de aparência, mas eu guardei essas coisas comigo".
\v 3 Ergui os olhos e vi, diante de mim, um carneiro com dois chifres à margem do rio. Um chifre era maior que o outro, porém, o mais comprido cresceu mais devagar, sendo ultrapassado em comprimento pelo mais curto.
\v 4 Eu vi o carneiro dando cabeçadas para o oeste, para o norte e para o sul; nenhum animal conseguiu prevalecer contra ele. Nenhum deles foi capaz de resgatar alguém de suas mãos. Ele fez o que quis, e se tornou grande.
\v 5 Enquanto eu pensava sobre isso, vi que um bode veio do oeste, atravessando toda a face da terra, correndo rápido e não parecia tocar no chão. O bode tinha um grande chifre entre seus olhos.
\v 7 Vi o bode se aproximar do carneiro com muita fúria. Ele o atingiu e quebrou seus dois chifres. O carneiro perdeu seu poder de resistir ao bode. O bode derrubou o carneiro no chão e pisou nele. Não havia ninguém que pudesse livrar o carneiro de seu poder.
\v 8 Então, o bode se tornou muito grande; porém, quando ele se tornou forte, o chifre grande foi quebrado. Em seu lugar, outros quatro grandes chifres cresceram e apontavam para os quatros cantos dos céus.
\v 9 De um desses chifres, cresceu um outro chifre, pequeno a princípio, mas que se tornou muito grande e apontava em direção ao sul, ao leste e em direção à terra gloriosa.
\v 10 Ele se tornou tão grande que entrou em guerra com o exército celestial. Uma parte desse exército e algumas das estrelas do céu foram atiradas na terra e pisoteadas pelo bode.
\v 11 Ele se tornou grande, tão grande quanto o comandante do exército divino. O holocausto contínuo foi tirado dele, e o lugar de seu santuário foi contaminado.
\v 12 Por causa da sua rebeldia, o exército será entregue ao chifre do bode, e os sacrifícios serão interrompidos. O chifre lançará a verdade por terra, e ele terá êxito no que fizer.
\v 13 Então, ouvi um anjo falando com outro anjo: "Por quanto tempo durará a visão sobre os holocaustos, o pecado que traz destruição, a entrega do santuário e o exército celestial sendo pisoteado?".
\v 14 Ele me disse: "Durará por duas mil e trezentas noites e manhãs. Depois disso, o santuário será restaurado".
\v 17 Então, ele veio perto de onde eu estava. Quando chegou, eu estava apavorado e prostrado ao chão. Ele me disse: "Compreende, filho do homem, que a visão é do tempo do fim".
\v 24 Seu poder será grande, mas não por seu próprio poder. Ele será incrível naquilo que destrói; ele vai agir e ter sucesso. Ele destruirá pessoas poderosas, pessoas entre os santos.
\v 25 Pela sua astúcia, fará com que o engano prospere sob sua mão. Ele se tornará grande em sua própria mente e irá destruir muitas pessoas inesperadamente. Ele até se levantará contra o Rei dos reis e será quebrado, mas não por qualquer mão humana.
\v 26 A visão a respeito das noites e manhãs é verdade, mas sela a visão, pois se refere a muitos dias no futuro".
\s5
\v 27 Então, eu, Daniel, desmaiei e fiquei doente por muitos dias; depois me levantei e fui tratar dos negócios do rei. Mas eu estava chocado com a visão e não havia ninguém que a entendesse.
\v 1 Dario era o filho de Assuero, um descendente dos medos. Foi Assuero que se tornou rei sobre o reino dos babilônios.
\v 2 No primeiro ano do reinado de Dario, eu, Daniel, estava estudando os livros que contêm a palavra de Yahweh, a palavra que veio a Jeremias, o profeta. Eu observei que seriam setenta anos até a desolação de Jerusalém acabar.
\v 3 Voltei meu rosto para o Senhor Deus, para buscá-Lo em oração, com pedidos, em jejum, usando roupas feitas de saco e sentado em cinzas.
\v 4 Orei para Yahweh, meu Deus, e fiz a confissão dos nossos pecados. Eu disse: "Senhor, Tu és o grande e maravilhoso Deus que manténs Tua aliança e és fiel com aqueles que Te amam e guardam os Teus mandamentos.
\v 5 Nós pecamos e fizemos o que é errado. Agimos de forma perversa e nos rebelamos, nos desviando dos Teus mandamentos e decretos.
\v 6 Não ouvimos os Teus servos, os profetas, que falaram em Teu nome para nossos reis, nossos líderes, nossos antepassados e para todo o povo da terra.
\v 7 A Ti, Deus, pertence a justiça. A nós, hoje, no entanto, pertence a vergonha, em nossos rostos — ao povo de Judá, àqueles que vivem em Jerusalém e a todos em Israel. Isso inclui aqueles que estão perto e aqueles que estão longe, em todas as terras aonde os espalhaste. Isso é por causa da grande traição que nós cometemos contra Ti.
\v 9 Ao Senhor, nosso Deus, pertencem a compaixão e o perdão, pois temos nos rebelado contra Ele.
\v 10 Nós não obedecemos a voz de Yahweh, nosso Deus, andando em Suas leis, que nos deu, através dos Seus servos, os profetas.
\v 11 Todo Israel transgediu a Tua Lei e se recusou a obedecer a Tua voz. A maldição e o juramento que estão escritos na Lei de Moisés, o servo de Deus, foram derramados sobre nós, porque nós pecamos contra Ele.
\v 12 Yahweh confirmou as palavras que Ele falou contra nós e contra nossos governadores, trazendo sobre nós grande desgraça. Pois, debaixo de todo o céu não foi feito nada que se pudesse comparar com o que foi feito a Jerusalém.
\v 13 Como está escrito na lei de Moisés, todo esse desastre nos sobreveio; contudo, nós não imploramos pela misericórdia de Yahweh, nosso Deus, afastando-nos das nossas iniquidades e prestando atenção à Sua verdade.
\v 14 Portanto, Yahweh preparou o desastre e o trouxe sobre nós; porque Yahweh, nosso Deus, é justo em todos os atos que faz, ainda que nós não tenhamos obedecido à Sua voz.
\v 15 Agora, Senhor, nosso Deus, Tu tiraste o Teu povo da terra do Egito com mão poderosa e Tu fizeste Teu nome grande como neste dia. Mas, mesmo assim, nós pecamos; nós fizemos coisas perversas.
\v 16 Senhor, por causa de todas as Tuas obras de justiça, deixa a Tua raiva e a Tua ira se afastarem da Tua cidade, Jerusalém, Teu santo monte. Por causa dos nossos pecados e por causa das iniquidades dos nossos antepassados, Jerusalém e o Teu povo se tornaram um objeto de desprezo para todos ao nosso redor.
\v 17 Agora, nosso Deus, escuta a oração do Teu servo e os seus pedidos por misericórdia; por teu amor, Senhor, faze o Teu rosto brilhar no Teu santuário, que está desolado.
\v 18 Meu Deus, abre os Teus ouvidos e ouve; abre os Teus olhos e vê. Nós fomos destruídos; olha para a nossa cidade, que é chamada pelo Teu nome. Nós não pedimos a Ti ajuda por causa da Tua justiça, mas por causa da Tua grande misericórdia.
\v 19 Senhor, escuta! Senhor, perdoa! Senhor, presta atenção e age! Por amor a Ti, não demores, meu Deus, pois a Tua cidade e o Teu povo são chamados pelo Teu nome".
\v 20 Enquanto eu falava, orava e confessava o meu pecado e o pecado do meu povo, Israel, e apresentava os meus pedidos diante de Yahweh, meu Deus, em favor do monte santo do meu Deus;
\v 21 enquanto eu orava, Gabriel — o homem que eu já havia visto na minha visão, no princípio — voou em minha direção, rapidamente, no momento do sacrifício da tarde.
\v 23 Quando tu começaste a pedir por misericórdia, a ordem foi dada, e eu vim para te dar a resposta, pois tu és muito amado. Portanto, considera esta palavra e entende a revelação.
\v 24 Setenta semanas estão decretadas para o teu povo e para a tua santa cidade para acabar com a culpa, pôr um fim ao pecado, expiar a iniquidade, trazer a justiça eterna, encerrar a visão e a profecia e consagrar o Lugar Santíssimo.
\v 25 Sabe e compreende que, desde a emissão da ordem para restaurar e reconstruir Jerusalém até a vinda do ungido (que será um líder), haverá sete semanas e sessenta e duas semanas. Jerusalém será reconstruída com ruas e um fosso, apesar dos tempos de aflição.
\s5
\v 26 Após as sessenta e duas semanas, o ungido será destruído e não haverá nada. O exército de um governante vindouro destruirá a cidade e o Lugar Santo. O seu fim será com uma inundação e haverá guerra até o fim. Desolações foram decretadas.
\v 27 Ele confirmará uma aliança com muitos por uma semana. No meio da semana, ele colocará um fim ao sacrifício e às ofertas. Nas asas das abominações, virá alguém que fará desolações. O fim e a destruição estão decretados para serem derramados sobre aquele que fez a desolação".
\v 1 No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, uma mensagem foi revelada a Daniel, quem também era chamado de Beltessazar e essa mensagem era verdadeira. Era sobre uma grande guerra. Daniel entendeu a mensagem quando teve compreensão da visão.
\v 6 Seu corpo era como topázio, sua face como raio, seus olhos eram como tochas flamejantes, seus braços e seus pés eram como bronze polido e o som de suas palavras era como o som de uma grande multidão.
\v 7 Eu, Daniel, vi sozinho a visão, pois os homens que estavam comigo não a viram. Contudo, um grande temor veio sobre eles e eles correram para se esconder.
\v 8 Então, eu estava só e vi a grande visão. Nenhuma força permaneceu em mim, minha aparência radiante mudou pavorosamente e nenhuma força restou em mim.
\v 9 Então, eu ouvi suas palavras e enquanto eu as ouvia, caí sobre a minha face em sono profundo com o rosto ao chão.
\v 11 O anjo me disse: "Daniel, homem muito amado, entende as palavras que te digo e levanta, pois eu fui enviado a ti". Quando me disse essas palavras, eu me levantei tremendo.
\v 12 Então, ele me disse: "Não temas, Daniel. Desde o primeiro dia em que inclinaste tua mente para entender e te humilhar diante do teu Deus, tuas palavras foram ouvidas e eu vim por causa de tuas palavras.
\v 13 O príncipe do reino da Pérsia me resistiu e fui mantido lá com os reis da Pérsia por vinte e um dias. Mas Miguel, um dos maiores príncipes, veio para me ajudar.
\v 16 Alguém parecido com um humano me tocou os lábios e eu abri a minha boca e falei com ele, que estava perante mim: "Meu senhor, a visão me deixou aflito e eu não tenho mais forças.
\v 19 Ele disse: "Homem muito amado, não temas. A paz seja contigo. Sê forte agora, sê forte!" Enquanto ele falava comigo, fui fortalecido e disse: "Fala meu senhor, pois me fortaleceste".
\v 2 E agora, revelarei a verdade para ti. Três reis surgirão na Pérsia, e o quarto será muito mais rico que todos os outros. Quando ele ganhar poder através de suas riquezas, ele incitará todos contra o reino da Grécia.
\v 4 Quando ele se levantar, seu reino será quebrado e dividido para os quatro ventos do céu, e não para seus descendentes, e não terá a autoridade de antes. Pois seu reino será desenraizado e dado a outros que não são seus descendentes.
\v 6 Depois de alguns anos, no tempo certo, eles farão uma aliança. A filha do rei do sul virá ao rei do norte para confirmar o acordo. Mas ela não conservará o seu poder, nem manterá o dele. Ela será abandonada; ela e aqueles que a trouxeram, seu pai e aqueles que a apoiaram naqueles tempos.
\v 7 Mas, das suas raízes, um ramo crescerá em seu lugar. Ele atacará o exército e entrará na fortaleza do rei do norte, guerreará contra eles e os conquistará.
\v 8 Ele levará seus deuses para o Egito, junto com suas figuras de metal fundido e seus preciosos vasos de prata e de ouro e, por alguns anos, evitará atacar o rei do norte.
\v 10 Seus filhos se prepararão e montarão um grande exército, o qual avançará e arrasará tudo. Ele percorrerá todo o caminho até chegar à sua fortaleza.
\v 12 O exército será arrasado, o coração do rei do sul se exaltará e derrotará dezenas de milhares, mas, mesmo assim, ele não será vitorioso.
\s5
\v 13 O rei do norte erguerá um outro exército, maior que o primeiro. Alguns anos depois, o rei do norte, certamente, voltará com um exército maior, com fortes armamentos.
\s5
\v 14 Naqueles tempos, muitos se levantarão contra o rei do sul. Os mais violentos entre o teu povo se juntarão a eles para cumprir a visão, mas eles tropeçarão.
\v 15 O rei do norte virá, construirá rampas e conquistará uma cidade fortificada. As forças do sul, nem mesmo os seus melhores soldados, não serão capazes de resistir.
\v 16 O invasor fará tudo o quiser contra ele, e ninguém poderá detê-lo. Ele se estabelecerá na gloriosa terra de Israel e a destruição estará na sua mão.
\v 17 O rei do norte virá com determinação e com a força de todo o seu reino, e fará um acordo com o rei do sul. A este, ele dará a sua filha em casamento para lhe destruir o reino. Porém, o plano não terá sucesso nem o ajudará.
\v 18 Depois disso, o rei do norte atentará às regiões costeiras e dominará muitas delas. Mas um comandante porá fim à sua insolência e, com audácia, lhe retribuirá.
\v 20 Então, alguém se levantará em seu lugar e aumentará os impostos pagos para manter o esplendor do reino. Porém, em pouco dias ele será destruído, sem ira ou batalhas.
\v 21 Em seu lugar, se levantará um desprezado, a quem o povo não deu a honra da realeza; ele virá tranquilamente e tomará o reino, com astúcia.
\v 23 A partir do momento em que for feita a aliança, ele agirá enganosamente; com apenas um pequeno número de pessoas se tornará forte.
\v 24 Sem aviso, ele virá para a parte mais rica da província e fará o que nem seu pai, nem seu avô fizeram; dividirá, entre seus seguidores, o saque, a pilhagem e a riqueza. Ele tramará a derrubada das fortalezas, mas somente por um tempo.
\v 25 Ele juntará seu poder e sua coragem e reunirá um grande exército contra o rei do sul. O rei do sul travará batalha com um grande e poderoso exército, mas ele não será capaz de resistir por causa dos planos feitos contra ele.
\v 26 Mesmo aqueles que comem suas finas comidas tentarão destruí-lo. Seu exército será varrido como uma inundação e muitos deles serão mortos.
\v 27 Com seus corações voltados para o mal, esses reis se sentarão na mesma mesa, mas mentirão um ao outro. Tal diálogo não os ajudará, pois o fim virá no tempo determinado.
\v 28 Então, o rei do norte retornará para sua terra com muitas riquezas; porém, seu coração estará contra a santa aliança. Ele fará o que desejar e retornará para sua terra.
\v 29 No tempo determinado, ele voltará e invadirá o sul novamente. Porém, desta vez não será como antes.
\v 30 Pois ele terá medo dos navios de Quitim e voltará atrás. Ele se enfurecerá contra a santa aliança e mostrará benevolência para com aqueles que abandonarem a santa aliança.
\v 31 Seus exércitos se levantarão e profanarão o Santuário, isto é, a fortaleza; eles farão cessar os holocaustos contínuos e estabelecerão a abominação, que causará completa desolação.
\v 36 O rei fará o que desejar. Ele exaltará e magnificará a si mesmo acima de todos os deuses, falará coisas surpreendentes contra o Deus dos deuses e prosperará até que a ira esteja completa, pois o que foi decretado se cumprirá.
\v 37 Ele não mostrará respeito pelo Deus de seus pais, nem pelo deus preferido das mulheres, ou por qualquer outro deus, pois agirá orgulhosamente e se proclamará acima de tudo.
\v 38 Ao invés deles, ele honrará o deus das fortalezas. Ele honrará com prata e ouro, com pedras preciosas e presentes caros, um deus a quem seus antepassados não conheceram.
\v 39 Ele atacará a fortaleza mais forte com a ajuda de um deus estrangeiro. Ele dará muita honra a qualquer um que o reconheça. Ele os fará governar sobre muitos e dividirá a terra como recompensa.
\v 40 No tempo do fim, o rei do sul atacará. O rei do norte virá contra ele como tempestade, com carros e cavaleiros e muitos navios. Ele virá contra as terras, as atravessará e arrasará tudo.
\v 41 Ele virá para a terra gloriosa de Israel e dezenas de milhares de israelitas cairão, mas muitos de Edom e Moabe, e os remanescentes do povo de Amom escaparão de suas mãos.
\v 1 Naquele tempo, Miguel, o grande príncipe que guarda o teu povo se levantará. Haverá um tempo de tribulação como nunca houve desde o início de qualquer nação até então. Naquele tempo, teu povo será salvo, todo aquele cujo nome for achado escrito no Livro.
\v 3 Aqueles que são sábios resplandecerão como o brilho do céu acima, e aqueles que convertem muitos para a justiça brilharão como as estrelas, para sempre e sempre.
\v 6 Um deles disse para o homem vestido de linho, aquele que estava rio acima: "Quanto tempo haverá até o fim desses eventos maravilhosos?".
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\v 7 Eu ouvi o homem vestido de linho, que estava rio acima, ele levantou suas mãos para o céu e jurou por Aquele que vive para sempre, que haveria um tempo, tempos e metade de um tempo. Quando o poder do povo santo tiver sido destruído, todas essas coisas terão acontecido.
\v 11 Desde o tempo que o sacrifício diário for tirado e a abominação que causa completa desolação estiver estabelecida, haverá um mil duzentos e noventa dias.