1473 lines
132 KiB
Plaintext
1473 lines
132 KiB
Plaintext
\id ACT
|
||
\ide UTF-8
|
||
\sts Bíblia Livre - Nestle 1904
|
||
\h Atos
|
||
\toc1 Atos dos Apóstolos
|
||
\toc2 Atos
|
||
\toc3 act
|
||
\mt1 Atos dos Apóstolos
|
||
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 1
|
||
\p
|
||
\v 1 Eu fiz o primeiro livro, ó Teófilo, sobre todas as coisas que Jesus começou, tanto a fazer como a ensinar;
|
||
\v 2 Até o dia em que ele foi recebido acima, depois de pelo Espírito Santo ter dado mandamentos aos apóstolos que tinha escolhido;
|
||
\v 3 Aos quais também, depois de ter sofrido, apresentou-se vivo com muitas evidências; sendo visto por eles durante quarenta dias, e falando -lhes das coisas relativas ao reino de Deus.
|
||
\s5
|
||
\v 4 E, reunindo-os, mandou-lhes que não saíssem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai que (disse ele) de mim ouvistes.
|
||
\v 5 Porque João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muitos dias depois destes.
|
||
\s5
|
||
\v 6 Então aqueles que tinham se reunido lhe perguntaram, dizendo: Senhor, tu restaurarás neste tempo o Reino a Israel?
|
||
\v 7 E ele lhes disse: Não pertence a vós saber os tempos ou estações que o Pai pôs em sua própria autoridade.
|
||
\v 8 Mas vós recebereis poder do Espírito Santo, que virá sobre vós; e vós sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia, e Samaria, e até ao último lugar da terra.
|
||
\s5
|
||
\v 9 E tendo ele dito estas coisas, enquanto eles o viam, ele foi levantado acima, e uma nuvem o tirou dos olhos deles.
|
||
\v 10 E enquanto eles estavam com os olhos fixos ao céu, depois dele ter ido, eis que dois homens de roupas brancas se puseram junto a eles;
|
||
\v 11 Os quais também disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Este Jesus, que foi tomado de vós acima ao céu, assim virá, da maneira como o vistes ir ao céu.
|
||
\s5
|
||
\v 12 Então eles voltaram a Jerusalém do monte que se chama das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém à distância de um caminho de sábado.
|
||
\v 13 E ao entrarem, subiram ao cômodo superior, onde ficaram Pedro, Tiago, João, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago filho de Alfeu, Simão Zelote e Judas irmão de Tiago.
|
||
\v 14 Todos estes perseveravam concordando em orações, e petições, com as mulheres, com Maria a mãe de Jesus, e com os irmãos dele.
|
||
\s5
|
||
\v 15 E em algum d aqueles dias, havendo uma multidão reunida de cerca de cento e vinte pessoas, Pedro se levantou no meio dos discípulos e disse:
|
||
\v 16 Homens irmãos, era necessário que se cumprisse a Escritura, que o Espírito Santo, por meio da boca de Davi, predisse quanto a Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus.
|
||
\s5
|
||
\v 17 Porque ele foi contado conosco, e obteve uma porção neste ministério.
|
||
\v 18 Este pois, adquiriu um campo por meio do pagamento da maldade, e tendo caído de cabeça para baixo, partiu-se ao meio, e todos os seus órgãos internos caíram para fora.
|
||
\v 19 E isso foi conhecido por todos os que habitam em Jerusalém, de maneira que aquele campo se chama em sua própria língua Aceldama, isto é, campo de sangue.
|
||
\s5
|
||
\v 20 Porque está escrito no livro dos Salmos: Sua habitação se faça deserta, e não haja quem nela habite; e outro tome seu trabalho de supervisão.
|
||
\s5
|
||
\v 21 Portanto é necessário, que dos homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus entrava e saía conosco,
|
||
\v 22 Começando desde o batismo de João, até o dia em que diante de nós ele foi recebido acima, se faça um destes testemunha conosco de sua ressurreição.
|
||
\v 23 E apresentaram dois: a José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo; e a Matias.
|
||
\s5
|
||
\v 24 E orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra a qual destes dois tu tens escolhido.
|
||
\v 25 Para que ele tome parte deste ministério e apostolado, do qual Judas se desviou para ir a seu próprio lugar.
|
||
\v 26 E lançaram-lhes as sortes; e caiu a sorte sobre Matias. E ele passou a ser contado junto com os onze apóstolos.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 2
|
||
\v 1 E ao se cumprir o dia de Pentecostes, estavam todos concordando no mesmo lugar.
|
||
\v 2 E de repente houve um ruído do céu, como de um vento forte e violento, e encheu toda a casa onde eles estavam sentados.
|
||
\v 3 E foram vistas por eles línguas repartidas como que de fogo, e se pôs sobre cada um deles.
|
||
\v 4 E eles foram todos cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes dava a discursarem.
|
||
\s5
|
||
\v 5 E havia judeus que estavam morando em Jerusalém, homens devotos, de toda nação abaixo do céu.
|
||
\v 6 E acontecendo esta voz, ajuntou-se a multidão; e ela estava confusa, porque cada um os ouvia falar em sua própria língua.
|
||
\v 7 E todos estavam admirados, e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Ora, estes que estão falando, não são todos eles galileus?
|
||
\s5
|
||
\v 8 E como nós ouvimos cada um deles em nossa própria língua, na qual nascemos?
|
||
\v 9 Partos, Medos, Elamitas, os habitantes da Mesopotâmia, da Judeia, Capadócia, Ponto, Ásia,
|
||
\v 10 Frígia, Panfília, Egito e regiões da Líbia perto de Cirene, e romanos estrangeiros, tanto judeus como prosélitos,
|
||
\v 11 Cretenses e Árabes, os ouvimos em nossas próprias línguas eles falarem das grandezas de Deus.
|
||
\s5
|
||
\v 12 E todos estavam admirados e confusos, dizendo uns aos outros: O que isso quer dizer?
|
||
\v 13 E outros, ridicularizando, diziam: Eles estão cheios de vinho doce.
|
||
\s5
|
||
\v 14 Mas Pedro, pondo-se de pé com os onze, levantou sua voz, e lhes falou: Homens judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, seja isto conhecido, e ouvi minhas palavras:
|
||
\v 15 Porque estes não estão bêbados, como vós pensais, sendo ainda a terceira hora do dia.
|
||
\s5
|
||
\v 16 Mas isto é o que foi dito por meio do profeta Joel:
|
||
\v 17 E será nos últimos dias, diz Deus, que: Eu derramarei do meu Espírito sobre toda carne, e vossos filhos e filhas profetizarão, e vossos rapazes terão visões, e vossos velhos sonharão sonhos;
|
||
\s5
|
||
\v 18 E também sobre meus servos e sobre minhas servas, naqueles dias eu derramarei do meu Espírito, e profetizarão.
|
||
\v 19 E darei milagres acima no céu, e sinais abaixo na terra; sangue, fogo, e vapor de fumaça;
|
||
\s5
|
||
\v 20 O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e notório dia do Senhor.
|
||
\v 21 E será que todo aquele que chamar ao nome do Senhor será salvo.
|
||
\s5
|
||
\v 22 Homens israelitas, ouvi estas palavras: Jesus o nazareno, homem aprovado por Deus entre vós, com maravilhas, milagres e sinais, que Deus fez por meio dele no meio de vós, assim como vós mesmos também sabeis;
|
||
\v 23 Este, sendo entregue pelo determinado conselho e conhecimento prévio de Deus, sendo tomando, pelas mãos de injustos o crucificastes e matastes;
|
||
\v 24 Ao qual Deus ressuscitou, tendo soltado as dores da morte; porque não era possível ele ser retido por ela;
|
||
\s5
|
||
\v 25 Porque Davi diz sobre ele: Eu sempre via ao Senhor diante de mim, porque ele está à minha direita, para que eu não seja abalado.
|
||
\v 26 Por isso meu coração está contente, e minha língua se alegra, e até mesmo minha carne repousará em esperança.
|
||
\s5
|
||
\v 27 Pois tu não abandonarás minha alma no mundo dos mortos, nem entregarás a teu santo, para que veja corrupção.
|
||
\v 28 Tu tens me feito conhecer os caminhos da vida; tu me encherás de alegria com tua face.
|
||
\s5
|
||
\v 29 Homens irmãos, é lícito eu vos dizer abertamente sobre o patriarca Davi, que morreu, e foi sepultado, e a sepultura dele está conosco até o dia de hoje.
|
||
\v 30 Portanto, sendo ele profeta, e sabendo que Deus tinha lhe prometido com juramento que faria a um da sua descendência se sentar no seu trono;
|
||
\v 31 Vendo -o com antecedência, falou da ressurreição do Cristo, que a alma dele não foi abandonada no mundo dos mortos, nem a carne dele viu corrupção.
|
||
\s5
|
||
\v 32 A este Jesus Deus ressuscitou; do qual todos nós somos testemunhas.
|
||
\v 33 Portanto, tendo sido exaltado à direita de Deus, e recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que agora estais vendo e ouvindo.
|
||
\s5
|
||
\v 34 Porque Davi não subiu aos céus; mas sim, ele diz: Disse o Senhor a meu Senhor: Senta-te à minha direita,
|
||
\v 35 Até que eu ponha teus inimigos por escabelo de teus pés.
|
||
\v 36 Saiba então com certeza toda a casa de Israel, que Deus o fez Senhor e Cristo a este Jesus, que vós crucificastes.
|
||
\s5
|
||
\v 37 E eles, ao ouvirem estas coisas,foram afligidos como que perfurados de coração, e disseram a Pedro, e aos outros apóstolos: Que faremos, homens irmãos?
|
||
\v 38 E Pedro lhes disse: Arrependei-vos, e batize-se cada um de vós no nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e vós recebereis o dom do Espírito Santo.
|
||
\v 39 Porque a promessa é para vós, e para vossos filhos, e para todos que ainda estão longe, a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.
|
||
\s5
|
||
\v 40 E com muitas outras palavras ele dava testemunho, e exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa!
|
||
\v 41 Então os que receberam a palavra dele de boa vontade foram batizados; e foram adicionados naquele dia quase três mil almas.
|
||
\v 42 E eles perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão, e nas orações.
|
||
\s5
|
||
\v 43 E houve temor em toda alma; e muitos milagres e sinais foram feitos pelos apóstolos.
|
||
\v 44 E todos os que criam estavam juntos, e tinham todas as coisas em comum.
|
||
\v 45 E eles vendiam suas propriedades e bens, e as repartiam com todos, conforme a necessidade que cada um tinha.
|
||
\s5
|
||
\v 46 E perseverando a cada dia em concordância no Templo, e partindo o pão de casa em casa, comiam juntos com alegria e sinceridade de coração.
|
||
\v 47 Louvando a Deus, e tendo graça, sendo do agrado de todo o povo. E a cada dia o Senhor acrescentava à igreja aqueles que estavam sendo salvos.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 3
|
||
\v 1 E Pedro e João estavam subindo juntos para o Templo à hora da oração (a nona hora );
|
||
\v 2 E um certo homem estava sendo trazido, que era aleijado desde o ventre de sua mãe, ao qual todo dia colocavam à porta do Templo, chamada Porta Formosa, para pedir esmola aos que entravam no Templo.
|
||
\v 3 O qual, ao ver Pedro e João perto de entrarem no Templo, ele lhes pediu uma esmola.
|
||
\s5
|
||
\v 4 E Pedro, olhando fixamente para ele, junto com João, disse: Olha para nós.
|
||
\v 5 E o aleijado ficou prestando atenção neles, esperando receber deles alguma coisa.
|
||
\v 6 E Pedro disse: Prata e ouro eu não tenho; mas o que eu tenho, isso eu te dou: no nome de Jesus Cristo, o nazareno, levanta-te, e anda!
|
||
\s5
|
||
\v 7 E, tomando-o pela mão direita, levantou -o ; e logo os seus pés e tornozelos ficaram firmes.
|
||
\v 8 E ele, saltando, pôs-se de pé, e andou, e entrou com eles no Templo, andando, e saltando, e louvando a Deus.
|
||
\s5
|
||
\v 9 E todo o povo o viu andar, e louvar a Deus.
|
||
\v 10 E eles o reconheceram, que este era o que se sentava para pedir esmola perto da porta formosa do Templo; e ficaram cheios de surpresa e espanto, por causa do que tinha lhe acontecido.
|
||
\s5
|
||
\v 11 E o aleijado que tinha sido curado, tendo se apegado a Pedro e a João, todo o povo correu maravilhado a eles ao alpendre, que se chama de Salomão.
|
||
\v 12 Quando Pedro viu isso, respondeu ao povo: “Homens israelitas, por que vos maravilhais disto? Ou por que vós olhais tão atentamente para nós, como se por nosso próprio poder ou devoção divina o tivéssemos feito andar?
|
||
\s5
|
||
\v 13 O Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu filho Jesus, ao qual vós entregastes, e diante do rosto de Pilatos o negastes, mesmo ele julgando que fosse solto.
|
||
\v 14 Mas vós negastes ao santo e justo, e pedistes que um homem assassino fosse vos dado.
|
||
\s5
|
||
\v 15 E vós matastes ao Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dos mortos, do que nós somos testemunhas.
|
||
\v 16 E pela fé em seu nome, o nome dele deu firmeza a este, que vedes e conheceis; e a fé que é por meio dele deu a este perfeita saúde na presença de todos vós.
|
||
\s5
|
||
\v 17 E agora, irmãos, eu sei que vós fizestes isso por ignorância, assim como também vossos líderes.
|
||
\v 18 Mas Deus cumpriu assim o que já antes pela boca de todos os seus profetas ele tinha anunciado, que o Cristo tinha de sofrer.
|
||
\s5
|
||
\v 19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que vosso pecados sejam apagados, quando vierem os tempos do refrigério da presença do Senhor.
|
||
\v 20 E ele enviar a Jesus Cristo, que já vos foi designado anteriormente.
|
||
\s5
|
||
\v 21 Ao qual convém que o céu receba até os tempos da restauração de todas as coisas, que Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio.
|
||
\v 22 Porque Moisés disse aos nossos pais: O Senhor, vosso Deus, levantará dentre vossos irmãos um profeta como eu; a ele ouvireis em tudo o que ele vos falar.
|
||
\v 23 E será que toda pessoa que não ouvir este profeta será exterminada do povo.
|
||
\s5
|
||
\v 24 E também todos os profetas, desde Samuel e os posteriores, todos os que falaram, também anunciaram com antecedência destes dias.
|
||
\v 25 Vós sois os filhos dos profetas e do pacto que Deus estabeleceu com nossos pais, dizendo a Abraão: E em tua semente serão abençoadas todas as famílias da terra.
|
||
\v 26 Deus, ao ressuscitar seu filho Jesus, primeiro o enviou a vós, para que nisto vos abençoasse: afastando cada um de vós de vossas maldades”.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 4
|
||
\v 1 E enquanto eles ainda estavam falando ao povo, vieram sobre eles os sacerdotes, e o oficial do Templo, e os saduceus,
|
||
\v 2 Muito incomodados por eles ensinarem ao povo, e anunciarem no nome de Jesus a ressurreição dos mortos.
|
||
\v 3 E puseram as mãos sobre eles, e os puseram na prisão até o dia seguinte, porque já era tarde.
|
||
\v 4 E muitos dos que ouviram a palavra, creram; e era o número dos homens de cerca de cinco mil.
|
||
\s5
|
||
\v 5 E aconteceu no dia seguinte, que os chefes, e anciãos, e escribas, se reuniram em Jerusalém;
|
||
\v 6 E Anás, o sumo sacerdote, e Caifás, e João, e Alexandre, e todos quantos havia da linhagem do governo sacerdotal.
|
||
\v 7 E pondo-os no meio, perguntaram -lhes: Por meio de que poder ou por qual nome vós fizestes isto?
|
||
\s5
|
||
\v 8 Então Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Chefes do povo, e anciões de Israel,
|
||
\v 9 Se hoje somos interrogados quanto a uma boa ação feita a um enfermo, pela qual este foi curado;
|
||
\v 10 Seja conhecido a todos vós, e a todos o povo de Israel, que pelo nome de Jesus Cristo, o nazareno, aquele que vós crucificastes, ao qual Deus ressuscitou dos mortos, por ele este homem está são diante de vós.
|
||
\s5
|
||
\v 11 Este é a pedra que foi desprezada por vós, edificadores; a qual foi feita por cabeça de esquina.
|
||
\v 12 E em nenhum outro há salvação; porque nenhum outro nome há abaixo do céu, dado entre os seres humanos, em quem devemos ser salvos.
|
||
\s5
|
||
\v 13 E eles, ao verem a ousadia de Pedro, e de João; e informados que eles eram homens sem instrução e ordinários, maravilharam-se; e eles sabiam que eles tinham estado com Jesus.
|
||
\v 14 E vendo estar com eles o homem que tinha sido curado, nada tinham a dizer contra eles.
|
||
\s5
|
||
\v 15 E mandando-os saírem fora do Conselho, discutiam entre si,
|
||
\v 16 Dizendo: O que faremos a estes homens? Porque um sinal notório foi feito por eles, manifesto a todos os que habitam em Jerusalém, e não podemos negar.
|
||
\v 17 Mas para que esta notícia não seja ainda mais divulgada entre o povo, façamos sérias ameaças a eles, para que nunca mais falem a ninguém neste nome.
|
||
\v 18 E chamando-os, ordenaram-lhes que nunca mais falassem nem ensinassem no nome de Jesus.
|
||
\s5
|
||
\v 19 Mas, respondendo Pedro, e João, disseram-lhes: Julgai se é justo diante de Deus, ouvir a vós mais do que a Deus;
|
||
\v 20 Porque nós não podemos deixar de falar daquilo que temos visto e ouvido.
|
||
\s5
|
||
\v 21 Mas eles, tendo os ameaçado ainda mais, nada acharam de motivo para os castigar, e os deixaram ir por causa do povo; porque todos glorificavam a Deus pelo que tinha acontecido.
|
||
\v 22 Porque era de mais de quarenta anos o homem em quem este milagre de cura tinha sido feito.
|
||
\s5
|
||
\v 23 E eles, tendo sido soltos, vieram aos seus companheiros, e lhes contaram tudo o que os chefes dos sacerdotes e os anciãos tinham lhes dito.
|
||
\v 24 E eles, ao ouvirem isto, levantaram concordantes a voz a Deus, e disseram: Senhor, tu és o Deus que fizeste o céu, a terra, o mar, e todas as coisas que neles há;
|
||
\v 25 Que pelo Espírito Santo por meio da boca de nosso pai, teu servo Davi disseste: Por que os gentios se irritam, e os povos gastam seus pensamentos em coisas vãs?
|
||
\s5
|
||
\v 26 Os reis da terra se levantaram, e os príncipes se juntaram em um mesmo propósito contra o Senhor, e contra o seu Ungido.
|
||
\s5
|
||
\v 27 Porque verdadeiramente contra teu Santo Filho Jesus, ao qual tu ungiste, se ajuntaram, tanto Herodes, como Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel.
|
||
\v 28 Para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho desde antes tinha determinado para acontecer.
|
||
\s5
|
||
\v 29 E agora, Senhor, observa as ameaças deles, e dá a teus servos, que com toda ousadia falem tua palavra;
|
||
\v 30 Estendendo tua mão para a cura, e que se façam sinais e milagres pelo nome de teu Santo filho Jesus.
|
||
\v 31 E tendo orado, agitou-se o lugar em que eles estavam juntos, e foram todos cheios do Espírito Santo, e falavam a palavra de Deus com ousadia.
|
||
\s5
|
||
\v 32 E a multidão dos que criam, era de um só oração e uma só alma; e ninguém dizia ser próprio coisa alguma de seus bens, mas todas as coisas lhes eram comuns.
|
||
\v 33 E com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus; e em todos eles havia grande graça.
|
||
\s5
|
||
\v 34 Porque também nenhum necessitado havia entre eles; porque todos os que possuíam propriedades de terras, ou casas, vendendo -as,traziam o valor das coisas vendidas, e o depositavam junto aos pés dos apóstolos.
|
||
\v 35 E a cada um se repartia segundo cada qual tinha necessidade.
|
||
\s5
|
||
\v 36 E José, chamado pelos apóstolos pelo sobrenome de Barnabé (que traduzido é filho da consolação), levita, natural do Chipre,
|
||
\v 37 Tendo ele uma propriedade de terra, vendeu -a,e trouxe o valor, e o depositou junto aos pés dos apóstolos.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 5
|
||
\v 1 E um certo homem, de nome Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade de terra.
|
||
\v 2 E escondeu parte do valor, sabendo também a mulher dele; e trazendo uma certa parte, depositou -a junto aos pés dos apóstolos.
|
||
\s5
|
||
\v 3 E Pedro disse: Ananias, por que Satanás encheu teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e escondesses parte do valor da propriedade?
|
||
\v 4 Se mantivesses tua propriedade,ela não seria mantida contigo? E, tendo sido vendida, o dinheiro da venda não estava em teu poder? Por que decidiste isto em teu coração? Não mentiste aos seres humanos, mas sim a Deus.
|
||
\v 5 E Ananias, ao ouvir estas palavras, caiu e deixou de respirar. E veio um grande temor sobre todos os que ouviram isso.
|
||
\v 6 E os rapazes, tendo se levantado, levaram-no fora, e o sepultaram.
|
||
\s5
|
||
\v 7 E passando o intervalo de cerca de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que tinha acontecido.
|
||
\v 8 E Pedro disse a ela: Dize-me, vendestes por aquele tanto aquela propriedade?E ela disse: Sim, por aquele tanto.
|
||
\s5
|
||
\v 9 E Pedro lhe disse: Por que vós fizestes acordo para tentar ao Espírito do Senhor? Eis que estão à porta os pés daqueles que sepultaram a teu marido, e eles também te levarão.
|
||
\v 10 E imediatamente ela caiu junto aos pés deles, e deixou de respirar. E os rapazes, ao entrarem, encontraram-na morta; e levando- a fora, sepultaram-na junto ao marido dela.
|
||
\v 11 E veio um grande temor em toda a igreja, e em todos que ouviram estas coisas.
|
||
\s5
|
||
\v 12 E pelas mãos dos apóstolos foram feitos muitos sinais e milagres entre o povo. E estavam todos em concordância no alpendre de Salomão.
|
||
\v 13 Mas dos outros, ninguém ousava se juntar a eles; porém o povo os honrava muito.
|
||
\s5
|
||
\v 14 E cada vez mais os que criam no Senhor se aumentavam, multidões tanto de homens como de mulheres.
|
||
\v 15 De maneira que traziam os enfermos às ruas, e os botavam em camas e macas, para que, vindo Pedro, pelo menos a sombra dele cobrisse a alguns deles.
|
||
\v 16 E também das cidades vizinhas vinha uma multidão a Jerusalém, trazendo enfermos, e atormentados por espíritos imundos, os quais todos eram curados.
|
||
\s5
|
||
\v 17 E levantando-se o sumo sacerdote, e todos os que estavam com ele (que eram do grupo sectário dos saduceus), eles se encheram de inveja.
|
||
\v 18 E puseram suas mãos nos apóstolos, e os colocaram na prisão pública.
|
||
\s5
|
||
\v 19 Mas um anjo do Senhor, durante a noite, abriu as portas da prisão; e levando-os para fora, disse:
|
||
\v 20 Ide; ficai em pé, e falai no Templo ao povo todas as palavras desta vida.
|
||
\v 21 E eles, ouvindo isto,entraram de manhã cedo no templo, e ensinavam. Mas vindo o sumo sacerdote, e os que estavam com ele, chamaram ao Conselho Principal, e a todos os anciãos dos filhos de Israel, e mandaram à prisão, para que os trouxessem.
|
||
\s5
|
||
\v 22 Mas quando os oficiais vieram, não os acharam na prisão; e voltando, anunciaram,
|
||
\v 23 Dizendo: Nós achamos a prisão fechada, em toda segurança, e com os guardas que estavam fora junto às portas; mas quando as abrimos, a ninguém achamos dentro.
|
||
\s5
|
||
\v 24 Quando o sumo sacerdote, o chefe da guarda do Templo, e os chefes dos sacerdotes ouviram estas palavras, eles duvidaram deles quanto o que aquilo viria a ser.
|
||
\v 25 E vindo alguém, anunciou-lhes, dizendo: Eis que os homens que vós pusestes na prisão estão no Templo, e ensinam ao povo.
|
||
\s5
|
||
\v 26 Então foi o chefe da guarda do Templo com os oficiais, e os trouxe, mas não com violência, porque temiam ao povo, para que não fossem apedrejados.
|
||
\v 27 E quando os trouxeram, apresentaram-nos ao Supremo Conselho. E o sumo sacerdote perguntou a eles, dizendo:
|
||
\v 28 Não vos ordenamos expressamente para não ensinardes mais neste nome? E eis que vós enchestes a Jerusalém com vossa doutrina, e quereis trazer sobre nós o sangue deste homem!
|
||
\s5
|
||
\v 29 E Pedro, respondendo com os apóstolos, disseram: Maior obrigação é obedecer a Deus do que às pessoas.
|
||
\v 30 O Deus de nossos Pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, pendurando -o no madeiro.
|
||
\v 31 A este Deus exaltou com sua mão direita por Príncipe e Salvador, para dar a Israel arrependimento e perdão de pecados.
|
||
\v 32 E nós somos testemunhas dele quanto a estas palavras, e também o Espírito Santo, o qual Deus tem dado a aqueles que lhe obedecem.
|
||
\s5
|
||
\v 33 E eles, ouvindo isto,retalharam-se de raiva, e planejaram matá-los.
|
||
\v 34 Mas, levantando-se no Supremo Conselho um certo fariseu, de nome Gamaliel, instrutor da Lei, bem honrado por todo o povo, ele mandou levarem aos apóstolos para fora por um pouco de tempo .
|
||
\s5
|
||
\v 35 E lhes disse: Homens israelitas, olhai por vós mesmos, quanto ao que haveis de fazer a estes homens;
|
||
\v 36 Porque antes destes dias se levantou Teudas, dizendo ser alguém; ao qual se ajuntaram cerca de quatrocentos homens; ao qual foi morto, e todos os que acreditavam nele foram dispersos, e reduzidos a nada.
|
||
\v 37 Depois deste se levantou Judas, o galileu, nos dias do censo; e perverteu muito do povo atrás dele; e este também pereceu, e todos os que acreditavam nele foram dispersos.
|
||
\s5
|
||
\v 38 E agora, eu vos digo, afastai-vos destes homens, e deixai-os; porque se este conselho ou esta obra for humana, ela se desfará.
|
||
\v 39 Mas se é de Deus, vós não a podereis desfazer; para que não venhais a ser achados de também lutardes contra Deus.
|
||
\s5
|
||
\v 40 E concordaram com ele. E chamando aos apóstolos, tendo os açoitado, mandaram -lhes que não mais falassem no nome de Jesus; e os deixaram ir.
|
||
\v 41 Então eles saíram da presença do Supremo Conselho, alegres por terem sido considerados dignos de serem humilhados por causa do nome dele.
|
||
\v 42 E todos os dias no Templo, e pelas casas, não paravam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 6
|
||
\v 1 Naqueles dias, ao se multiplicar o número de discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, de que suas viúvas estavam sendo desprezadas no serviço diário de entrega de comida .
|
||
\s5
|
||
\v 2 E os doze, chamando à multidão dos discípulos, disseram: Não é bom que nós deixemos a palavra de Deus para servirmos às mesas.
|
||
\v 3 Portanto, irmãos, buscai sete homens dentre vós, de quem haja bom testemunho, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre esta importante tarefa.
|
||
\v 4 Nós, porém, perseveraremos na oração e no serviço da palavra.
|
||
\s5
|
||
\v 5 E esta palavra foi do agrado diante de toda a multidão, e escolheram a Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, Prócoro, Nicanor, Timom, Parmenas e a Nicolão, o prosélito de Antioquia.
|
||
\v 6 Aos quais se apresentaram diante dos apóstolos; e eles, orando, puseram as mãos sobre eles.
|
||
\s5
|
||
\v 7 E a palavra de Deus crescia, e o número dos discípulos se multiplicava muito em Jerusalém; e grande multidão dos sacerdotes obedecia à fé.
|
||
\s5
|
||
\v 8 E Estêvão, cheio de fé e poder, fazia milagres e grandes sinais entre o povo.
|
||
\v 9 E levantaram-se alguns da sinagoga, que era chamada sinagoga dos libertos, cireneus, e alexandrinos, e dos que eram da Cilícia, e da Ásia, e discutiam contra Estêvão.
|
||
\s5
|
||
\v 10 E eles não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava.
|
||
\v 11 Então eles subornaram a uns homens, para que dissessem: Nós o ouvimos falando palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus.
|
||
\s5
|
||
\v 12 E incitaram ao povo, aos anciãos e aos escribas; e vieram sobre Estêvão,e o detiveram, e o levaram ao Supremo Conselho.
|
||
\v 13 E apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não para de falar palavras blasfemas contra este santo lugar, e contra a Lei.
|
||
\v 14 Porque nós o ouvimos dizer que este Jesus Nazareno vai destruir este lugar, e mudar os costumes que Moisés nos entregou.
|
||
\v 15 Então todos os que estavam sentados no Supremo Conselho, observando-o com atenção, viram o rosto dele como de um anjo.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 7
|
||
\v 1 E disse o chefe dos sacerdotes: Essas coisas são assim mesmo ?
|
||
\v 2 E ele disse: Homens irmãos e pais, ouvi: o Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando ele na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã;
|
||
\v 3 E disse-lhe: Sai de tua terra, e de tua parentela, e vem a terra que eu te mostrarei.
|
||
\s5
|
||
\v 4 Então ele saiu da terra dos caldeus, e habitou em Harã. E dali, depois que morreu seu pai, ele partiu para esta terra, em que agora vós habitais.
|
||
\v 5 E Deus não lhe deu herança nela, nem mesmo a pegada de um pé; mas prometeu que a daria a ele em propriedade, e a sua semente depois dele, não tendo ele filho ainda .
|
||
\s5
|
||
\v 6 E Deus falou assim: Tua semente será peregrina em terra alheia, e a escravizarão, e a maltratarão por quatrocentos anos.
|
||
\v 7 E à nação a quem eles servirem, eu a julgarei, (disse Deus). E depois disso eles sairão, e me servirão neste lugar.
|
||
\v 8 E ele lhe deu o pacto da circuncisão; e assim gerou a Isaque, e o circuncidou ao oitavo dia; e Isaque gerou a Jacó, e Jacó aos doze patriarcas.
|
||
\s5
|
||
\v 9 E os patriarcas, tendo inveja de José, venderam -no ao Egito; mas Deus era com ele.
|
||
\v 10 E o livrou de todas as suas aflições, e lhe deu graça e sabedoria diante de Faraó, rei do Egito; e o pôs por governador sobre o Egito, e toda a sua casa.
|
||
\s5
|
||
\v 11 E veio fome sobre toda a terra do Egito e de Canaã, e grande aflição; e nossos pais não achavam alimentos.
|
||
\v 12 Mas Jacó, ao ouvir que havia cereal no Egito, ele enviou nossos pais a primeira vez.
|
||
\v 13 E na segunda vez,José foi reconhecido pelos seus irmãos, e a família de José foi conhecia por Faraó.
|
||
\s5
|
||
\v 14 E José mandou chamar a seu pai Jacó, e toda a sua parentela, setenta e cinco almas.
|
||
\v 15 E Jacó desceu ao Egito, e morreu; ele, e nossos pais;
|
||
\v 16 E foram levados a Siquém, e postos na sepultura que Abraão, por uma quantia em dinheiro, tinha comprado dos filhos de Emor em Siquém.
|
||
\s5
|
||
\v 17 Mas quando chegou perto o tempo da promessa que Deus tinha prometido a Abraão, o povo cresceu e se multiplicou no Egito.
|
||
\v 18 Até que se levantou outro rei, que não tinha conhecido a José.
|
||
\v 19 Este, usando de astúcia para com nossa parentela, maltratou a nossos pais, até fazendo com que eles rejeitassem suas crianças, para que não sobrevivessem.
|
||
\s5
|
||
\v 20 Naquele tempo nasceu Moisés, e ele era muito formoso para Deus, e ele foi criado por três meses na casa de seu pai.
|
||
\v 21 E tendo sido abandonado, a filha de Faraó o tomou, e o criou para si como filho.
|
||
\s5
|
||
\v 22 E Moisés foi instruído em toda a sabedoria dos egípcios; e era poderoso em palavras e ações.
|
||
\v 23 E quando lhe foi completado o tempo de quarenta anos de idade, veio ao seu coração o desejo de visitar a seus irmãos, os filhos de Israel.
|
||
\v 24 E vendo um deles sofrendo injustamente, defendeu -o,e vingou pelo que tinha sido oprimido, matando ao egípcio.
|
||
\v 25 E ele pensava que seus irmãos tivessem entendido que Deus ia lhes dar liberdade por meio da mão dele; mas eles não entenderam.
|
||
\s5
|
||
\v 26 E no dia seguinte, estando uns deles lutando, ele foi visto por eles, e ordenou-lhes fazerem as pazes, dizendo: Homens, vós sois irmãos, por que fazeis mal um ao outro?
|
||
\v 27 Mas aquele que maltratava a seu próximo empurrou-o, dizendo: Quem te pôs por chefe e juiz sobre nós?
|
||
\v 28 Queres tu também matar a mim, assim como ontem mataste ao egípcio?
|
||
\s5
|
||
\v 29 E com esta palavra Moisés fugiu, e foi peregrino na terra de Midiã, onde ele gerou dois filhos.
|
||
\v 30 E completados quarenta anos, um anjo do Senhor lhe apareceu no deserto do monte Sinai, em uma sarça inflamada.
|
||
\s5
|
||
\v 31 Moisés, ao ver isso,maravilhou-se da visão; e ao aproximar-se para ver, veio até ele a voz do Senhor,
|
||
\v 32 Dizendo : Eu sou o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. E Moisés, estando tremendo, não ousava olhar com atenção.
|
||
\s5
|
||
\v 33 E o Senhor lhe disse: Descalça-te as sandálias de teus pés, porque o lugar em que estás é terra santa.
|
||
\v 34 Eu tenho visto com atenção a aflição de meu povo que está no Egito, e ouvi o gemido deles, e eu desci para livrá-los; então vem agora, eu te enviarei ao Egito.
|
||
\s5
|
||
\v 35 A este Moisés, ao qual tinham negado, dizendo: Quem te pôs por chefe e juiz, A este Deus enviou por chefe e libertador, pela mão do anjo que lhe apareceu na sarça.
|
||
\v 36 Este os levou para fora, fazendo milagres e sinais na terra do Egito, e no mar Vermelho, e no deserto, por quarenta anos.
|
||
\v 37 Este é o Moisés que disse aos filhos de Israel: O Senhor, vosso Deus, vos levantará um profeta dentre vossos irmãos, como a mim; a ele ouvireis.
|
||
\s5
|
||
\v 38 Este é aquele que esteve na congregação do povo no deserto com o anjo que tinha lhe falado no monte Sinai, e com nossos pais; o qual recebeu as palavras vivas, para dar a nós;
|
||
\v 39 Ao qual nossos pais não quiseram obedecer; mas o rejeitaram, e seus corações voltaram ao Egito;
|
||
\v 40 Ao dizerem a Arão: Faz-nos deuses, que irão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, que nos levou para fora da terra do Egito, nós não sabemos o que aconteceu com ele.
|
||
\s5
|
||
\v 41 E naqueles dias eles fizeram o bezerro, o ofereceram sacrifício ao ídolo, e se alegraram nas obras de suas próprias mãos.
|
||
\v 42 E Deus se virou contra eles,e os entregou, para que servissem ao exército do céu, assim como está escrito no livro dos profetas: Por acaso, casa de Israel, vós oferecestes a mim animais mortos, e sacrifícios no deserto por quarenta anos?
|
||
\s5
|
||
\v 43 Mas tomastes para si a tenda de Moloque, e a estrela de vosso Deus Renfã, figuras que vós fizeste para adorá-las; e eu por isso vos expulsarei para além da Babilônia.
|
||
\s5
|
||
\v 44 No deserto estava entre nossos pais o Tabernáculo do testemunho, assim como ele tinha ordenado, falando a Moisés, que o fizesse segundo o modelo que tinha visto.
|
||
\v 45 O qual, recebendo -o também nossos Pais, eles levaram com Josué para a possessão dos gentios que Deus expulsou diante de nossos Pais, até os dias de Davi;
|
||
\v 46 O qual foi do agrado diante de Deus, e pediu para achar um tabernáculo para o Deus de Jacó.
|
||
\s5
|
||
\v 47 E Salomão lhe construiu uma casa.
|
||
\v 48 Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos, assim como o profeta diz:
|
||
\v 49 O céu é o meu trono, e a terra é o estrado dos meus pés; que casa vós construireis para mim?, diz o Senhor; ou Qual é o lugar do meu repouso?
|
||
\v 50 Por acaso não foi minhão mão que fez todas estas coisas?
|
||
\s5
|
||
\v 51 Vós, obstinados e incircuncisos de coração e de ouvidos! Vós sempre resistis ao Espírito Santo! Tal como vossos pais foram,assim também sois vós!
|
||
\v 52 Qual dos profetas vossos pais não perseguiram? E eles mataram a todos os que anunciaram com antecedência a vinda do Justo, do qual agora vós tendes sido traidores e homicidas;
|
||
\v 53 Que recebestes a Lei por ordem de anjos, e não a guardastes.
|
||
\s5
|
||
\v 54 Eles, ao ouvirem estas coisas, retalharam-se de raiva em seus corações, e rangiam os dentes contra ele.
|
||
\v 55 Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, olhando firmemente para o céu, viu à glória de Deus, e a Jesus, que estava à direita de Deus.
|
||
\v 56 E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está a direita de Deus!
|
||
\s5
|
||
\v 57 Mas eles, clamando com alta voz, taparam seus próprios ouvidos, e correram juntos contra ele;
|
||
\v 58 E, lançando -o fora da cidade, o apedrejaram; e as testemunhas puseram as roupas deles junto aos pés de um rapaz chamado Saulo.
|
||
\s5
|
||
\v 59 E apedrejaram a Estêvão, que estava clamando e dizendo: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.
|
||
\v 60 E pondo-se de joelhos, clamou com alta voz: Senhor, não os culpes por este pecado.E tendo dito isto, morreu.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 8
|
||
\v 1 E Saulo também consentia na morte dele. E naquele dia foi feita uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas regiões da Judeia, e de Samaria, exceto os apóstolos.
|
||
\v 2 E alguns homens devotos levaram juntos a Estêvão para enterrá-lo,e fizeram grande pranto por causa dele.
|
||
\v 3 E Saulo tentava destruir a igreja, entrando nas casas, e puxando a homens e mulheres, entregava-os à prisão.
|
||
\s5
|
||
\v 4 Os que, pois, estavam dispersos, passavam anunciando a palavra.
|
||
\v 5 E Filipe, tendo descido à cidade de Samaria, pregava-lhes a Cristo.
|
||
\s5
|
||
\v 6 E as multidões prestavam atenção em concordância às coisas que eram ditas por Filipe, ao ouvirem e verem os sinais que ele fazia.
|
||
\v 7 Porque os espíritos imundos, clamando em alta voz, saíam de muitos que os tinham; e muitos paralíticos e aleijados foram curados.
|
||
\v 8 E havia grande alegria naquela cidade.
|
||
\s5
|
||
\v 9 E havia um certo homem, de nome Simão, que antes naquela cidade usava de magia, e fazia o povo de Samaria ficar admirado, dizendo de si mesmo ser alguém grande;
|
||
\v 10 A quem eles todos davam atenção, desde o menor até o maior, diziam: Este é o grande poder de Deus.
|
||
\v 11 E davam atenção a ele, porque com suas magias ele há muito tempo tinha lhes causado admiração.
|
||
\s5
|
||
\v 12 Mas quando creram em Filipe, que lhes anunciava o Evangelho do Reino de Deus, e o nome de Jesus Cristo, eles foram batizados, tanto homens como mulheres.
|
||
\v 13 E até mesmo Simão creu; e tendo sido batizado, ele continuou com Filipe; e vendo os sinais e maravilhas que eram feitas, ele ficou admirado.
|
||
\s5
|
||
\v 14 E os apóstolos que estavam em Jerusalém, ao ouvirem que Samaria tinha recebido a palavra de Deus, enviaram-lhes a Pedro e a João.
|
||
\v 15 Os quais, tendo descido, oraram por eles, para que recebessem ao Espírito Santo.
|
||
\v 16 (Porque ainda sobre nenhum deles tinha descido; mas somente tinham sido batizados no nome do Senhor Jesus).
|
||
\v 17 Então puseram as mãos sobre eles, e receberam o Espírito Santo.
|
||
\s5
|
||
\v 18 E Simão ao ver que pela imposição das mãos dos apóstolos se dava o Espírito Santo, ofereceu-lhes dinheiro,
|
||
\v 19 Dizendo: Dai também a mim este poder, que sobre qualquer um em quem eu puser as mãos, receba o Espírito Santo.
|
||
\s5
|
||
\v 20 Mas Pedro lhe disse: Teu dinheiro seja contigo para perdição, porque pensaste que o dom de Deus pudesse ser obtido por meio de dinheiro.
|
||
\v 21 Tu não tens parte nem porção nesta palavra; porque teu coração não é correto diante de Deus.
|
||
\v 22 Arrepende-te, pois, desta tua maldade, e ora a Deus, para que talvez este pensamento de teu coração te seja perdoado;
|
||
\v 23 Porque eu vejo que tu estás em fel amargo, e atado em injustiça.
|
||
\s5
|
||
\v 24 Mas respondendo Simão, disse: Orai vós por mim ao Senhor, para que nada do que dissestes venha sobre mim.
|
||
\s5
|
||
\v 25 Tendo eles pois dado testemunho e falado a palavra do Senhor, voltaram a Jerusalém, e em muitas aldeias dos samaritanos anunciaram o Evangelho.
|
||
\s5
|
||
\v 26 E um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que é deserto.
|
||
\v 27 E ele levantou-se, e foi, e eis que um homem etíope, eunuco, administrador subordinado a Candace, a rainha dos etíopes, que estava sobre o controle de todos os bens dela, tinha vindo a Jerusalém para adorar;
|
||
\v 28 E ele estava voltando, sentado em sua carruagem, e lia ao profeta Isaías.
|
||
\s5
|
||
\v 29 E o Espírito disse a Filipe: Aproxima-te, e ajunta-te a esta carruagem.
|
||
\v 30 E Filipe, correndo, ouviu que ele estava lendo ao profeta Isaías, e disse: Tu entendes o que estás lendo?
|
||
\v 31 E ele disse: Como eu poderia, se alguém não me ensinar? E pediu a Filipe que subisse e se sentasse com ele.
|
||
\s5
|
||
\v 32 E o lugar da Escritura que ele estava lendo era este: Como ovelha ele foi levado ao matadouro, e como um cordeiro mudo fica diante do que o tosquia, assim também ele não abriu sua boca.
|
||
\v 33 Em sua humilhação foi tirado seu julgamento; e quem anunciará sua geração? Porque da terra sua vida é tirada.
|
||
\s5
|
||
\v 34 E respondendo o eunuco a Filipe, disse: Eu te rogo, de quem o profeta diz isto? De si mesmo, ou de alguém outro?
|
||
\v 35 E Filipe, abrindo sua boca, e começando desta escritura, anunciou-lhe o Evangelho de Jesus.
|
||
\s5
|
||
\v 36 E enquanto eles iam caminhando, chegaram a uma certa porção de água; e o eunuco disse: Eis aqui água; o que me impede de ser batizado?
|
||
\v 37 ---
|
||
\v 38 E ele mandou parar a carruagem; e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco; e ele o batizou.
|
||
\s5
|
||
\v 39 E quando eles subiram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e o eunuco não mais o viu, porque ele foi em seu caminho com alegria.
|
||
\v 40 Mas Filipe se achou em Azoto; e passando, anunciava ao Evangelho em todas as cidades, até que veio a Cesareia.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 9
|
||
\v 1 E Saulo, ainda assoprando ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, foi ao chefe dos sacerdotes.
|
||
\v 2 E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, para que se achasse alguns deste caminho, tanto homens como mulheres, ele os trouxesse presos a Jerusalém.
|
||
\s5
|
||
\v 3 E indo, aconteceu que chegando perto de Damasco, repentinamente brilhou ao redor dele uma luz do céu.
|
||
\v 4 E caindo em terra, ouviu ma voz lhe dizendo: Saulo, Saulo, por que me persegues?
|
||
\s5
|
||
\v 5 E ele disse: Quem és, Senhor?E ele disse : Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
|
||
\v 6 mas levanta-te , e entra na cidade; e ali te será dito o que deves fazer.
|
||
\v 7 E os homens que viajavam com ele pararam emudecidos, ouvindo, de fato, a voz, porém não vendo ninguém.
|
||
\s5
|
||
\v 8 E Saulo se levantou da terra e, tendo aberto seus olhos, não via ninguém; e sendo guiado pela mão, levaram-no a Damasco.
|
||
\v 9 E ele estava três dias sem ver; e não comeu, nem bebeu.
|
||
\s5
|
||
\v 10 E havia em Damasco um certo discípulo, de nome Ananias; e disse-lhe o Senhor em visão: Ananias!E ele respondeu: Eis-me aqui, Senhor!
|
||
\v 11 E o Senhor lhe disse : Levanta-te, e vai a rua chamada Direita, e pergunta na casa de Judas por um chamado Saulo, de Tarso; porque que ele ora.
|
||
\v 12 E ele viu em visão que um homem, de nome Ananias, entrava, e sobre ele punha a mão, para que voltasse a ver.
|
||
\s5
|
||
\v 13 E Ananias respondeu: Senhor, eu ouvi de muitos sobre este homem, quantos males ele tem feito aos teus santos em Jerusalém;
|
||
\v 14 E aqui ele tem poder dos chefes dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome.
|
||
\v 15 Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este me é um vaso escolhido para levar meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel;
|
||
\v 16 Porque eu mostrarei a ele o quanto ele deve sofrer por causa do meu nome.
|
||
\s5
|
||
\v 17 E Ananias foi, e entrou na casa; e pondo as mãos sobre ele, disse: Irmão Saulo, o Senhor, que é Jesus, aquele que apareceu a ti no caminho, me enviou para que tu voltes a ver, e sejas cheio do Espírito Santo.
|
||
\v 18 E logo lhe caíram como que escamas dos olhos, e imediatamente voltou a ver; e levantando-se, foi batizado.
|
||
\v 19 E ao comer, ele se fortaleceu. E Saulo ficou alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco.
|
||
\s5
|
||
\v 20 E logo nas sinagogas pregava a Cristo, dizendo que aquele era o Filho de Deus.
|
||
\v 21 E todos os que o ouviam ficavam admirados, e diziam: Não é este aquele que em Jerusalém tentava destruir aos que invocavam este nome? E não foi para isso que ele veio aqui, para os levar presos aos chefes dos sacerdotes?
|
||
\v 22 Mas Saulo se esforçava muito mais, e confundia aos judeus que habitavam em Damasco, provando que aquele era o Cristo.
|
||
\s5
|
||
\v 23 E passados vários dias, os judeus tiveram conselho entre si para o matarem.
|
||
\v 24 Mas as ciladas deles foram conhecidas por Saulo; e eles vigiavam as portas, tanto de dia como de noite, para poderem matá-lo.
|
||
\v 25 Porém os discípulos, tomando-o de noite, levaram-no abaixo pelo muro em um cesto.
|
||
\s5
|
||
\v 26 E Saulo, tendo vindo a Jerusalém, procurava se juntar aos discípulos; mas todos tinham medo dele, não crendo que fosse discípulo.
|
||
\v 27 Mas Barnabás, tomando-o consigo, trouxe -o aos apóstolos, e contou-lhes como no caminho tinha visto ao Senhor, e tinha lhe falado, e como em Damasco tinha falado ousadamente no nome de Jesus.
|
||
\s5
|
||
\v 28 E ele estava junto deles, entrando e saindo em Jerusalém;
|
||
\v 29 E falando ousadamente no nome do Senhor; falava e discutia também contra os gregos; mas eles procuravam matá-lo.
|
||
\v 30 E os irmãos, ao perceberem isto, o levaram até Cesareia, e o enviaram a Tarso.
|
||
\s5
|
||
\v 31 Então as igrejas por toda a Judeia, e Galileia, e Samaria, tinham paz, e eram edificadas; e andando no temor do Senhor, e na consolação do Espírito Santo, se multiplicavam.
|
||
\v 32 E aconteceu que, Pedro, passando por todos os lugares, veio também aos santos que habitavam em Lida.
|
||
\s5
|
||
\v 33 E ali ele achou a um certo homem chamado Enéas, que havia oito anos que jazia numa cama, que era paralítico.
|
||
\v 34 E Pedro lhe disse: Enéas, Jesus Cristo te cura; levanta-te, e faz tua cama. E logo ele se levantou.
|
||
\v 35 E todos os que habitavam em Lida e Sarona o viram, os quais se converteram ao Senhor.
|
||
\s5
|
||
\v 36 E havia em Jope uma certa discípula, de nome Tabita, que traduzido se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e doações que ela fazia aos necessitados.
|
||
\v 37 E aconteceu naqueles dias, que tendo ela ficado doente, morreu; e tendo a lavado, puseram-na no compartimento superior.
|
||
\s5
|
||
\v 38 E como Lida era perto de Jope, os discípulos, ao ouvirem que Pedro estava ali, mandaram-lhe dois homens, rogando -lhe que não demorasse a vir a eles.
|
||
\v 39 E Pedro, tendo se levantado, foi com eles; o qual chegou, e o levaram ao compartimento superior, e todas as viúvas o rodearam, chorando, e mostrando -lhe as túnicas e roupas que Dorcas tinha feito quando estava com elas.
|
||
\s5
|
||
\v 40 Mas Pedro, pondo para fora a todas; pôs-se de joelhos, e orou; e virando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te;E ela abriu seus olhos, e vendo a Pedro, sentou-se.
|
||
\v 41 E ele, dando-lhe a mão, levantou-a; e tendo chamado aos santos, e às viúvas, apresentou-a viva.
|
||
\v 42 E isto ficou conhecido por toda Jope, e muitos creram no Senhor.
|
||
\v 43 E aconteceu que ele ficou muitos dias em Jope, com um certo Simão curtidor.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 10
|
||
\v 1 E havia um certo homem em Cesareia, de nome Cornélio, centurião, do esquadrão chamado Italiano;
|
||
\v 2 Devoto, e temente a Deus, com toda a sua casa; e que fazia muitas doações ao povo, e continuamente orava a Deus.
|
||
\s5
|
||
\v 3 Ele viu claramente em visão, cerca da hora nona do dia, a um anjo de Deus, que vinha a ele, e lhe dizia: Cornélio!
|
||
\v 4 E ele, olhando-lhe atentamente, e muito atemorizado, disse: O que é, Senhor?E disse-lhe: Tuas orações e doações subiram à memória diante de Deus.
|
||
\v 5 E agora envia homens a Jope, e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro.
|
||
\v 6 Este está hospedado na casa de um Simão curtidor, cuja casa é junto ao mar.
|
||
\s5
|
||
\v 7 E tendo partido o anjo que falava com Cornélio, ele chamou a dois de seus servos, e a um soldado devoto, dos que permaneciam continuamente com ele.
|
||
\v 8 E tendo lhes contado tudo, enviou-os a Jope.
|
||
\s5
|
||
\v 9 E no dia seguinte, enquanto estes iam pelo caminho, e chegando perto da cidade, Pedro subiu ao telhado para orar, quase à hora sexta.
|
||
\v 10 E tendo ele fome, quis comer; e enquanto estavam lhe preparando, caiu sobre ele um êxtase.
|
||
\v 11 E ele viu o céu aberto, e descia a ele um certo objeto, como um grande lençol, abaixando-se pelas quatro pontas à terra;
|
||
\v 12 Em que havia de todos os animais quadrúpedes da terra, e animais selvagens, e répteis, e aves do céu.
|
||
\s5
|
||
\v 13 E veio-lhe uma voz, dizendo : Pedro, mata e come.
|
||
\v 14 Mas Pedro disse: De maneira nenhuma, Senhor; porque nunca comi coisa alguma ordinária ou impura.
|
||
\v 15 E a voz voltou a dizer,pela segunda vez: O que Deus purificou, não faças tu como se fosse ordinário.
|
||
\v 16 E isto aconteceu três vezes; e o objeto voltou a ser recolhido acima ao céu.
|
||
\s5
|
||
\v 17 E enquanto Pedro estava pensando perplexo consigo mesmo o que seria aquela visão que ele tinha visto, eis que os homens que tinham sido enviados por Cornélio, perguntando pela casa de Simão, pararam à porta.
|
||
\v 18 E chamando, perguntaram se Simão, que tinha por sobrenome Pedro, estava hospedado ali.
|
||
\s5
|
||
\v 19 E estando Pedro pensando naquela visão, o Espírito lhe disse: Eis que três homens te buscam.
|
||
\v 20 Então levanta-te, desce, e vai com eles, sem duvidar; porque eu os enviei.
|
||
\v 21 E Pedro, tendo descido aos homens, disse: Eis que eu sou a quem buscais; qual é o motivo pelo qual estais aqui?
|
||
\s5
|
||
\v 22 E eles disseram: Cornélio, que é centurião, homem justo e temente a Deus, e que tem bom testemunho de toda a nação dos judeus, foi revelado por um santo anjo para te chamar até a casa dele, e ouvir de tuas palavras.
|
||
\v 23 Então chamando-os para dentro, recebeu-os em casa. Mas no dia seguinte, Pedro foi com eles; e foram com ele alguns dos irmãos de Jope.
|
||
\s5
|
||
\v 24 E no dia seguinte chegaram a Cesareia. E Cornélio estava esperando por eles, tendo chamado a seus parentes e amigos mais íntimos.
|
||
\s5
|
||
\v 25 E sucedeu que, ao Pedro entrar, Cornélio se encontrou com ele, e caindo aos pés dele, adorou-o.
|
||
\v 26 Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te; eu mesmo também sou um ser humano.
|
||
\s5
|
||
\v 27 E tendo conversado com ele, entrou; e achou a muitos que ali tinham se reunido.
|
||
\v 28 E disse-lhes: Vós sabeis como não é lícito a um homem judeu juntar-se de estrangeiros, ou aproximar-se deles; mas Deus me mostrou que a ninguém chame de ordinário ou impuro.
|
||
\v 29 Portanto eu, tendo sido chamado, vim sem qualquer oposição de minha parte . Então eu pergunto: por que motivo me mandastes chamar?
|
||
\s5
|
||
\v 30 E Cornélio disse: Há quatro dias que, até esta hora eu estava jejuando, e orava à hora nona em minha casa.
|
||
\v 31 E eis que um homem se pôs diante de mim com uma roupa brilhante, e disse: Cornélio, tura oração tem sido ouvida, e tuas doações têm sido lembradas diante de Deus.
|
||
\v 32 Envia pois a Jope, e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro; este se hospeda na casa de Simão o curtidor, junto ao mar.
|
||
\v 33 Então logo eu enviei a ti; e bem fizeste em vir até aqui; agora pois estamos todos aqui presentes diante de Deus, para ouvir tudo quanto Deus tem te ordenado.
|
||
\s5
|
||
\v 34 E Pedro, abrindo a boca, disse: Reconheço que é verdade que Deus não faz acepção de pessoas.
|
||
\v 35 Mas sim, em toda nação, aquele que o teme, e pratica a justiça, este lhe é agradável.
|
||
\s5
|
||
\v 36 A palavra que Deus enviou aos filhos de Israel, anunciando o Evangelho da paz por meio de Jesus Cristo; este é o Senhor de todos.
|
||
\v 37 Vós sabeis da palavra que veio por toda a Judeia, começando desde a Galileia, depois do batismo que João pregou.
|
||
\v 38 E sobre Jesus de Nazaré; como Deus o ungiu com o Espírito Santo, e com poder; o qual percorreu os lugares fazendo o bem, e curando a todos os oprimidos pelo diabo; porque Deus era com ele.
|
||
\s5
|
||
\v 39 E nós somos testemunhas de todas as coisas que ele fez; tanto na terra dos judeus, como em Jerusalém; ao qual mataram, pendurando -o em um madeiro.
|
||
\v 40 A este Deus ressuscitou ao terceiro dia, e fez com que fosse manifesto;
|
||
\v 41 Não a todo o povo, mas sim a testemunhas determinadas por Deus com antecedência: a nós, que juntamente com ele comemos e bebemos, depois dele ter ressuscitado dos mortos.
|
||
\s5
|
||
\v 42 E ele nos mandou pregar ao povo, e dar testemunho de que ele é o que foi ordenado por Deus para ser Juiz dos vivos e dos mortos.
|
||
\v 43 A este todos os profetas dão testemunho, de que todos os que nele crerem receberão perdão dos pecados por meio do seu nome.
|
||
\s5
|
||
\v 44 E estando Pedro ainda falando estas palavras, o Espírito Santo caiu sobre todos os que ouviam a palavra.
|
||
\v 45 E os crentes que eram da circuncisão, tantos quantos tinham vindo com Pedro, ficaram muito admirados de que também sobre os gentios fosse derramado o dom do Espírito Santo.
|
||
\s5
|
||
\v 46 Porque eles os ouviam falar em diversas línguas, e a engrandecer a Deus. Então Pedro respondeu:
|
||
\v 47 Por acaso pode alguém impedir a água, para que não sejam batizados estes, que também, assim como nós, receberam o Espírito Santo?
|
||
\v 48 E mandou que fossem batizados no nome do Senhor. Então lhe pediram que continuasse com eles por alguns dias.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 11
|
||
\v 1 E os apóstolos, e os irmãos que estavam na Judeia, ouviram que também os gentios receberam a palavra de Deus.
|
||
\v 2 E quando Pedro subiu a Jerusalém, discutiam contra ele os que eram da circuncisão;
|
||
\v 3 Dizendo: Tu entraste na casa de homens incircuncisos, e comeste com eles.
|
||
\s5
|
||
\v 4 Mas Pedro começou a lhes explicar tudo em ordem, dizendo:
|
||
\v 5 Eu estava orando na cidade de Jope, e vi em êxtase uma visão: um certo objeto que descia como um grande lençol, pelas quatro pontas abaixado desde o céu, e vinha até mim.
|
||
\v 6 No qual, olhando eu com atenção, considerei e vi quatro quadrúpedes da terra, e animais selvagens, e répteis, e aves do céu.
|
||
\s5
|
||
\v 7 E eu ouvi uma voz que me dizia: Levanta-te Pedro, mata e come.
|
||
\v 8 Mas eu disse: De maneira nenhuma, Senhor; porque nunca comi coisa alguma ordinária, nem coisa imunda entrou em minha boca.
|
||
\v 9 E a voz me respondeu do céu pela segunda vez: O que Deus purificou, não o faças tu como ordinário.
|
||
\v 10 E isto aconteceu por três vezes; e voltou-se tudo a recolher acima ao céu.
|
||
\s5
|
||
\v 11 E eis que logo três homens, enviados a mim de Cesareia, pararam junto à casa onde eu estava.
|
||
\v 12 E o Espírito me disse que eu fosse com eles, sem duvidar; e também estes seis irmãos foram comigo, e entramos na casa daquele homem.
|
||
\v 13 E ele nos contou como tinha visto um anjo estar em sua casa, e tinha lhe dito: Envia alguns homens a Jope, e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro;
|
||
\v 14 O qual te falará palavras, em que tu sejas salvo, e também toda a tua casa.
|
||
\s5
|
||
\v 15 E quando comecei a falar, caiu o Espírito Santo sobre eles, assim como também no princípio tinha caído sobre nós.
|
||
\v 16 E eu me lembrei da palavra do Senhor, como ele tinha dito: Verdadeiramente João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo.
|
||
\s5
|
||
\v 17 Portanto, se Deus deu a eles igual dom, assim como também a nós, que temos crido no Senhor Jesus Cristo; quem era eu, pois, para que pudesse proibir a Deus?
|
||
\v 18 E ao ouvirem estas coisas, se acalmaram, e glorificavam a Deus, dizendo: Portanto também aos gentios Deus deu arrependimento para a vida.
|
||
\s5
|
||
\v 19 E os que foram dispersos por causa da perseguição que aconteceu por causa de Estêvão, passaram até a Fenícia, e Chipre, e Antioquia; não falando a ninguém a palavra, a não ser somente aos judeus.
|
||
\v 20 E havia deles alguns homens cipriotas e cirenenses, os quais ao entrarem em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Evangelho do Senhor Jesus.
|
||
\v 21 E a mão do Senhor era com eles, e um grande número creu, e se converteu ao Senhor.
|
||
\s5
|
||
\v 22 E esta notícia sobre eles chegou aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram a Barnabé, para ir até Antioquia.
|
||
\v 23 O qual, ao chegar lá,e tendo visto a graça de Deus, alegrou-se; e exortou a todos, para que com o propósito do coração permanecessem no Senhor.
|
||
\v 24 Porque ele era um bom homem, e cheio do Espírito Santo, e de fé; e uma grande multidão foi acrescentada ao Senhor.
|
||
\s5
|
||
\v 25 E Barnabé foi para Tarso, para buscar a Saulo; e achando-o, trouxe-o a Antioquia.
|
||
\v 26 E sucedeu que, durante um ano completo eles se congregaram naquela igreja, e ensinavam a uma grande multidão; e em Antioquia os discípulos foram chamados pela primeira vez de cristãos.
|
||
\s5
|
||
\v 27 E naqueles dias desceram de Jerusalém alguns profetas a Antioquia.
|
||
\v 28 E levantando-se um deles, por nome Ágabo, declarou pelo Espírito, que estava para haver uma grande fome em todo o mundo; que veio a acontecer no tempo de Cláudio César.
|
||
\s5
|
||
\v 29 E os discípulos determinaram de cada um, conforme o que pudesse, mandar algum socorro para serviço dos irmãos que habitavam na Judeia.
|
||
\v 30 O que também fizeram, enviando -o aos anciãos pela mão de Barnabé e de Saulo.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 12
|
||
\v 1 E por aquele mesmo tempo o rei Herodes pôs as mãos para maltratar a alguns da igreja.
|
||
\v 2 E matou a Tiago, o irmão de João, pela espada.
|
||
\s5
|
||
\v 3 E vendo que isto agradava aos judeus, ele fez ainda mais, para também prender a Pedro (e eram os dias dos pães sem fermento).
|
||
\v 4 Do qual, também detendo, lançou-o na prisão, entregando -o a quatro quaternos de soldados, que o guardassem; pretendendo tirá-lo para mostrá-lo ao povo depois da Páscoa.
|
||
\s5
|
||
\v 5 Então Pedro era mantido na prisão; mas a igreja fazia fervorosa oração a Deus por ele.
|
||
\v 6 E quando Herodes estava para tirá-lo para apresentá-lo,naquela mesma noite Pedro estava dormindo entre dois soldados, acorrentado com duas correntes; e os guardas diante da porta guardavam a prisão.
|
||
\s5
|
||
\v 7 E eis que veio acima um anjo do Senhor, e uma luz brilhou na prisão; e tocando em Pedro em sua lateral, despertou-o, dizendo; Levanta-te, depressa!E as correntes caíram de suas mãos.
|
||
\v 8 E o anjo lhe disse: Arruma-te, e amarra as tuas sandálias.E ele fez assim. E disse-lhe: Põe tua capa sobre ti, e segue-me.
|
||
\s5
|
||
\v 9 E saindo, o seguia; e não sabia que era verdade o que se fazia pelo anjo, mas pensava que estava tendo alguma visão.
|
||
\v 10 E ao passarem a primeira e a segunda guarda, chegaram à porta de ferro, que leva à cidade, a qual foi aberta por si mesma; e tendo saído, foram a uma rua, e logo o anjo partiu dele.
|
||
\s5
|
||
\v 11 E tendo Pedro voltado a si, disse: Agora eu sei verdadeiramente que o Senhor enviou a seu anjo, e me livrou da mão de Herodes, e de toda a expectativa do povo dos judeus.
|
||
\v 12 E ele, reconhecendo isto,foi à casa de Maria, a mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam juntos, e oravam.
|
||
\s5
|
||
\v 13 E Pedro, tendo batido a porta da entrada,veio uma moça de nome Rode, para escutar.
|
||
\v 14 E ela, reconhecendo a voz de Pedro, de alegria não abriu a porta da entrada, em vez disso ela correu para dentro, e anunciou que Pedro estava fora à porta da entrada.
|
||
\v 15 E lhe disseram: Tu estás delirando.Mas ela, insistindo que assim era. E eles diziam: É o anjo dele.
|
||
\s5
|
||
\v 16 Mas Pedro continuava a bater; e ao abrirem, viram-no, e ficaram espantados.
|
||
\v 17 Mas ele, fazendo-lhes gestos para que calassem, contou-lhes como o Senhor tinha lhe tirado da prisão, e disse: Anunciai isto a Tiago e aos irmãos.E tendo saído, foi para outro lugar.
|
||
\s5
|
||
\v 18 E vindo o dia, havia não pouca perturbação entre os soldados, sobre o que, pois, tinha acontecido com Pedro.
|
||
\v 19 E quando Herodes o buscou, e não o achou, tendo investigado aos guardas, mandou que eles fossem levados para serem mortos. E partindo da Judeia para Cesareia, ficou ali.
|
||
\s5
|
||
\v 20 E Herodes estava extremamente irritado com os de Tiro e de Sidom; porém eles, vindo em concordância até ele, e persuadindo a Blasto, que era o camareiro do rei, pediram paz, porque a terra deles dependia dos alimentos da terra do rei Herodes.
|
||
\v 21 E num dia marcado, Herodes vestiu roupas reais, e sentando no tribunal, fez-lhes um discurso.
|
||
\s5
|
||
\v 22 E o povo exclamava: Voz de deus, e não de homem!
|
||
\v 23 E no mesmo instante um anjo do Senhor o feriu, porque ele não deu a glória a Deus; e tendo sido comido por vermes, deixou de respirar.
|
||
\s5
|
||
\v 24 E a palavra de Deus crescia, e se multiplicava.
|
||
\v 25 E Barnabé e Saulo, tendo cumprido aquele serviço, voltaram a Jerusalém, tomando também consigo a João, o que tinha por sobrenome Marcos.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 13
|
||
\v 1 E havia em Antioquia, na igreja que estava ali, alguns profetas e mestres: Barnabé e Simeão, chamado Níger, e Lúcio cireneu, e Manaem, que tinha sido criado na infância junto com Herodes o Tetrarca, e Saulo.
|
||
\v 2 E tendo eles prestado serviço ao Senhor, e jejuado, o Espirito Santo disse: Separai-me a Barnabé e a Saulo, para a obra para a qual eu os tenho chamado.
|
||
\v 3 Então jejuando, e orando, e pondo as mãos sobre eles, os despediram.
|
||
\s5
|
||
\v 4 Portanto estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia, e dali navegaram para o Chipre.
|
||
\v 5 E tendo chegado a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e também tinham a João como trabalhador para os auxiliar.
|
||
\s5
|
||
\v 6 E tendo eles atravessado a Ilha até Pafo, acharam a um certo mago, falso profeta, judeu, cujo nome era Barjesus.
|
||
\v 7 O qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, homem prudente. Este, tendo chamado a si a Barnabé, e a Saulo, procurava muito ouvir a palavra de Deus.
|
||
\v 8 Mas resistia-lhes Elimas, o mago (que assim significa seu nome), procurando afastar o procônsul da fé.
|
||
\s5
|
||
\v 9 Mas Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito Santo, e olhando fixamente para ele, disse:
|
||
\v 10 Ó filho do diabo, cheio de toda enganação e toda malícia, inimigo de toda justiça, não cessarás de perverter os corretos caminhos do Senhor?
|
||
\s5
|
||
\v 11 E agora, eis que a mão do Senhor está contra ti, e serás cego, não vendo o sol por algum tempo.E no mesmo instante caiu sobre ele um embaçamento, e trevas; e ele, andando ao redor, procurava alguém que o guiasse pela mão.
|
||
\v 12 Então o procônsul, vendo o que tinha acontecido, creu, espantado pela doutrina do Senhor.
|
||
\s5
|
||
\v 13 E tendo partido de Pafo, Paulo e os que estavam com ele foram a Perges, cidade da Panfília. Mas João, separando-se deles, voltou a Jerusalém.
|
||
\v 14 E eles, tendo passado de Perges, vieram a Antioquia, cidade da Pisídia; e ao entrarem na sinagoga n um dia de sábado, sentaram-se.
|
||
\v 15 E depois da leitura da Lei e dos profetas, os chefes da sinagoga lhes mandaram, dizendo: Homens irmãos, se em vós há alguma palavra de exortação ao povo, dizei.
|
||
\s5
|
||
\v 16 E Paulo, levantando-se e fazendo gesto com a mão, disse: Homens israelitas, e vós os que temeis a Deus, ouvi:
|
||
\v 17 O Deus deste povo de Israel escolheu a nossos pais, e exaltou ao povo, sendo eles estrangeiros na terra do Egito, e com o braço levantando, ele os tirou dela.
|
||
\v 18 E pelo tempo de cerca de quarenta anos, ele suportou os costumes deles no deserto.
|
||
\s5
|
||
\v 19 E tendo destruído a sete nações na terra de Canaã, repartiu-lhes as terras por sorte.
|
||
\v 20 E depois disto, cerca de quatrocentos e cinquenta anos, ele lhes deu juízes, até o profeta Samuel.
|
||
\s5
|
||
\v 21 E depois disto, pediram a um Rei, e ele lhes deu a Saul, filho de Quis, homem da tribo de Benjamim, durante quarenta anos.
|
||
\v 22 E tirando a este, levantou-lhes por rei a Davi, ao qual também deu testemunho, e disse: Eu achei a Davi, filho de Jessé, um homem conforme o meu coração, que fará toda a minha vontade.
|
||
\s5
|
||
\v 23 Da descendência deste, conforme a promessa, Deus trouxe um salvador a Israel, Jesus;
|
||
\v 24 Tendo João primeiro, antes de sua vinda, pregado o batismo de arrependimento a todo o povo de Israel.
|
||
\v 25 Mas quando João cumpriu sua carreira, disse: Quem vós pensais que eu sou? Eu não sou o Cristo,mas eis que após mim vem aquele, cujas sandálias dos pés eu não sou digno de desatar.
|
||
\s5
|
||
\v 26 Homens irmãos, filhos da descendência de Abraão, e os que dentre vós temem a Deus, a vós é enviada a palavra desta salvação.
|
||
\v 27 Porque os que habitavam em Jerusalém, e seus líderes, não conhecendo a este, ao condenarem -no,cumpriram as vozes dos profetas, que são lidas todos os sábados.
|
||
\s5
|
||
\v 28 E mesmo achando nenhum motivo para morte, pediram a Pilatos que fosse morto.
|
||
\v 29 E tendo eles cumprido todas as coisas que estavam escritas sobre ele, tirando -o do madeiro, puseram -no na sepultura.
|
||
\s5
|
||
\v 30 Mas Deus o ressuscitou dos mortos.
|
||
\v 31 O qual foi visto durante muitos dias pelos que haviam subido com ele da Galileia, que são suas testemunhas para com o povo.
|
||
\s5
|
||
\v 32 E nós vos anunciamos o Evangelho da promessa que foi feita aos pais; ao qual Deus já nos cumpriu a nós, filhos deles, ressuscitando a Jesus.
|
||
\v 33 Assim como está escrito no salmo segundo: Tu és meu Filho, hoje eu te gerei.
|
||
\v 34 E quanto a que o ressuscitasse dos mortos, para nunca mais voltar à corrupção, assim disse: Eu vos darei as fiéis beneficências de Davi.
|
||
\s5
|
||
\v 35 Por isso que também em outro salmo ele diz: Não permitirás que teu Santo veja corrupção.
|
||
\v 36 Porque na verdade, tendo Davi servido ao conselho de Deus, morreu, foi posto junto a seus pais, e viu corrupção.
|
||
\v 37 Mas aquele a quem Deus ressuscitou nenhuma corrupção viu.
|
||
\s5
|
||
\v 38 Seja-vos pois conhecido, homens irmãos, que por este vos é anunciado o perdão dos pecados.
|
||
\v 39 E de tudo o que pela lei de Moisés não pudestes ser justificados, neste é justificado todo aquele que crê.
|
||
\s5
|
||
\v 40 Então vede, para que não venha sobre vós o que está escrito nos livros dos profetas:
|
||
\v 41 Vós desprezadores, vede e espantai-vos, e desaparecei-vos; porque eu opero obra em vossos dias, obra na qual não crereis, se alguém vos contar.
|
||
\s5
|
||
\v 42 E enquanto saíam da sinagoga, rogaram -lhes que no sábado seguinte eles lhes falassem estas palavras.
|
||
\v 43 E tendo terminado a reunião da sinagoga, muitos dos judeus, e dos religiosos prosélitos, seguiram a Paulo e a Barnabé; os quais, falando-lhes, exortavam-nos a permanecerem na graça de Deus.
|
||
\s5
|
||
\v 44 E no sábado seguinte ajuntou-se quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.
|
||
\v 45 Mas os Judeus, ao verem as multidões, ficaram cheios de inveja, e falavam contrariamente ao que Paulo dizia, falando contrariamente e blasfemando.
|
||
\s5
|
||
\v 46 Mas Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram: Era necessário que a palavra de Deus fosse primeiro falada a vós; mas já que a rejeitais, e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nós nos viramos em direção aos gentios.
|
||
\v 47 Porque assim o Senhor nos mandou, dizendo : Eu te pus como luz para os gentios, para que tu sejas como salvação até às extremidades da terra.
|
||
\s5
|
||
\v 48 E os gentios, tendo ouvido isto,alegraram-se, e glorificavam ao Senhor; e creram todos quantos estavam determinados para a vida eterna.
|
||
\v 49 E a palavra do Senhor era divulgada por toda aquela região.
|
||
\s5
|
||
\v 50 Mas os judeus incitaram algumas mulheres devotas e honradas, e aos líderes da cidade, e levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, e os expulsaram de seus limites.
|
||
\v 51 Mas eles, sacudindo contra eles o pó dos seus pés, vieram a Icônio.
|
||
\v 52 E os discípulos se enchiam de alegria e do Espírito Santo.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 14
|
||
\v 1 E aconteceu em Icônio, que entraram juntos na sinagoga dos judeus, e falaram de tal maneira que creu uma grande multidão, tanto de judeus como de gregos.
|
||
\v 2 Mas os judeus incrédulos incitaram e irritaram os ânimos dos gentios contra os irmãos.
|
||
\s5
|
||
\v 3 Então eles ficaram ali por muito tempo, falando ousadamente no Senhor, o qual dava testemunho à palavra de sua graça, concedendo que sinais e milagres fossem feitos pelas mãos deles.
|
||
\v 4 E a multidão da cidade se dividiu; e uns eram a favor dos judeus, e outros a favor dos apóstolos.
|
||
\s5
|
||
\v 5 E fazendo-se uma rebelião, tanto de judeus como de gentios, juntos com seus líderes, para falarem mal deles, e os apedrejarem.
|
||
\v 6 E eles, sabendo disto,fugiram para as cidades da Licaônia, chamadas Listra e Derbe; e à região ao redor.
|
||
\v 7 E ali eles anunciavam ao Evangelho.
|
||
\s5
|
||
\v 8 E um certo homem em Listra estava sentado, tendo incapacidade nos pés, aleijado desde o ventre de sua mãe, que nunca tinha andado.
|
||
\v 9 Este ouviu Paulo falando; o qual, olhando com atenção, e vendo que ele tinha fé para ser curado,
|
||
\v 10 Disse em alta voz: Levanta-te direito sobre teus pés.E ele saltou e andou.
|
||
\s5
|
||
\v 11 E as multidões, vendo o que Paulo tinha feito, levantaram suas vozes, dizendo em língua licaônica: Os deuses se fizeram semelhantes a homens, e desceram até nós.
|
||
\v 12 E chamaram a Barnabé de Júpiter; e a Paulo, de Mercúrio; porque este era o líder ao falar.
|
||
\v 13 E o sacerdote de Júpiter, que estava diante da cidade deles, trazendo touros e grinaldas à entrada da porta, ele, junto com as companhias, queria oferecer sacrifício a eles .
|
||
\s5
|
||
\v 14 Mas os apóstolos Barnabé e Paulo, ao ouvirem isto,rasgaram suas roupas, e saltaram entre a multidão, clamando,
|
||
\v 15 E dizendo: Homens, por que fazeis estais coisas? Também nós somos homens como vós, sujeitos às mesmas emoções; e vos anunciamos o Evangelho para que vos convertais destas vaidades para o Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar, e tudo quanto neles há.
|
||
\v 16 O qual nas gerações passadas deixou os os gentios andarem seus próprios caminhos.
|
||
\s5
|
||
\v 17 Ainda que, contudo, não tenha deixado a si mesmo sem testemunho, fazendo o bem desde o céu, dando-nos chuvas, e tempos frutíferos, e enchendo nossos corações de alimento e alegria.
|
||
\v 18 E tendo disto isto, apenas detiveram as multidões de que não fizessem sacrifícios a eles.
|
||
\s5
|
||
\v 19 Mas vieram alguns judeus de Antioquia, e de Icônio, e persuadiram a multidão; e apedrejando a Paulo, arrastaram -no para fora da cidade, pensando que ele estivesse morto.
|
||
\v 20 Mas, tendo os discípulos ficado ao seu redor, ele se levantou, e entrou na cidade; e no dia seguinte saiu com Barnabé para Derbe.
|
||
\s5
|
||
\v 21 E tendo anunciado o Evangelho àquela cidade, e feito muitos discípulos, eles voltaram a Listra, e a Icônio, e a Antioquia,
|
||
\v 22 Confirmando os ânimos dos discípulos, e exortando-os para que permanecessem na fé, e que nos é necessário entrar no Reino de Deus por meio de muitas aflições.
|
||
\s5
|
||
\v 23 E tendo escolhido por votação anciãos para cada igreja, orando com jejuns, eles foram enviados ao Senhor, no qual tinham crido.
|
||
\v 24 E tendo passado por Pisídia, vieram à Panfília.
|
||
\v 25 E tendo falado a palavra em Perges, desceram a Atália.
|
||
\v 26 E dali navegaram para Antioquia, onde tinham sido encomendados à graça de Deus para a obra que eles já tinham cumprido.
|
||
\s5
|
||
\v 27 E ao chegarem, e reunirem a igreja, relataram quão grandes coisas Deus tinha feito com eles; e como ele tinha aberto a porta da fé aos gentios.
|
||
\v 28 E eles ficaram ali não pouco tempo com os discípulos.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 15
|
||
\v 1 E alguns que tinham descido da Judeia ensinavam aos irmãos, dizendo : Se vós não vos circuncidardes conforme o costume de Moisés, não podeis ser salvos.
|
||
\v 2 Então, havendo não pequena resistência e confronto de Paulo e Barnabé contra eles, ordenaram que Paulo, Barnabé e alguns outros deles subissem aos apóstolos e aos anciãos a Jerusalém sobre esta questão.
|
||
\s5
|
||
\v 3 Então sendo eles preparados para a viagem e despedidos pela igreja, passaram pela Fenícia e Samaria, contando sobre a conversão dos gentios; e davam grande alegria a todos os irmãos.
|
||
\v 4 E tendo chegado a Jerusalém, eles foram recebidos pela igreja, e pelos apóstolos e anciãos; e lhes anunciaram quão grandes coisas Deus tinha feito com eles;
|
||
\s5
|
||
\v 5 Mas que alguns do grupo dos fariseus que tinham crido, levantaram-se, dizendo que era necessário circuncidá-los, e mandar -lhes que guardem a Lei de Moisés.
|
||
\v 6 E os apóstolos e anciãos se reuniram para dar atenção a este assunto.
|
||
\s5
|
||
\v 7 E havendo muita discussão, Pedro se levantou, e lhes disse: Homens irmãos, vós sabeis que há muito tempo Deus meu escolheu entre nós, para que por minha boca os gentios ouvissem a palavra do Evangelho, e cressem.
|
||
\v 8 E Deus, que conhece os corações, deu-lhes testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós.
|
||
\v 9 E nenhuma diferença fez entre nós e eles, purificando seus corações pela fé.
|
||
\s5
|
||
\v 10 Então agora, por que tentais a Deus, pondo um jugo sobre o pescoço dos discípulos; que nem nossos pais, nem nós podemos levar?
|
||
\v 11 Mas cremos que, pela graça do Senhor Jesus Cristo, nós somos salvos, assim como também eles.
|
||
\s5
|
||
\v 12 E toda a multidão se calou; e ouviram a Barnabé e a Paulo, que contavam quão grandes sinais e milagres Deus tinha feito por meio deles entre os gentios.
|
||
\s5
|
||
\v 13 E tendo estes se calado, Tiago respondeu, dizendo: Homens irmãos, ouvi-me:
|
||
\v 14 Simão informou como primeiro Deus visitou aos gentios, para tomar deles um povo para seu nome.
|
||
\s5
|
||
\v 15 E com isso concordam as palavras dos profetas, como está escrito:
|
||
\v 16 Depois disto eu voltarei, e reconstruirei o tabernáculo de Davi, que caído está; e reconstruirei de suas ruínas, e voltarei a levantá-lo;
|
||
\v 17 Para que o resto da humanidade busque ao Senhor, e todos os gentios sobre os quais meu nome é invocado, diz o Senhor, que faz todas estas coisas,
|
||
\v 18 conhecidas desde a antiguidade.
|
||
\s5
|
||
\v 19 Portanto eu julgo que aqueles que dos gentios se convertem a Deus não devem ser perturbados.
|
||
\v 20 Mas que lhes escrevamos para que se abstenham das contaminações dos ídolos, e do pecado sexual, e da carne sufocada, e do sangue.
|
||
\v 21 Porque Moisés, desde as gerações antigas, tem em cada cidade quem o pregue nas sinagogas, sendo lido todo sábado.
|
||
\s5
|
||
\v 22 Então pareceu bem aos apóstolos, e aos anciãos, com toda a igreja, eleger deles alguns homens, para serem enviados com Paulo e Barnabé a Antioquia: Judas, que tinha por sobrenome Barsabás; e a Silas, homens líderes entre os irmãos.
|
||
\v 23 E escreveram por meio deles o seguinte: Os apóstolos e os anciãos, e os irmãos – para os irmãos dentre os gentios, que estão em Antioquia, Síria e Cilícia; saudações.
|
||
\s5
|
||
\v 24 Dado que ouvimos que alguns dos que saíram de nós vos perturbaram com palavras, e causaram incômodo a vossas almas, aos quais não mandamos;
|
||
\v 25 Pareceu-nos bem, reunidos em concordância, escolher alguns homens, e enviá-los até vós, com nossos amados Barnabé e Paulo.
|
||
\v 26 Homens que têm arriscado suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
|
||
\s5
|
||
\v 27 Então enviamos a Judas e a Silas, os quais vos dirão as mesmas coisas pessoalmente.
|
||
\v 28 Porque pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, de nenhuma carga a mais vos impor, a não ser estas coisas necessárias:
|
||
\v 29 Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada, e do pecado sexual; das quais, se vos guardardes, fareis bem. Que o bem vos suceda.
|
||
\s5
|
||
\v 30 Sendo, pois, eles despedidos, vieram a Antioquia, e reunindo a multidão, entregaram a carta.
|
||
\v 31 E ao lerem, alegraram-se pela consolação.
|
||
\v 32 E então Judas e Silas, sendo também profetas, com muitas palavras exortaram e firmaram aos irmãos.
|
||
\s5
|
||
\v 33 E ficando ali por algum tempo, permitiram que voltassem em paz dos irmãos para os apóstolos.
|
||
\v 34 ---
|
||
\v 35 E Paulo e Barnabé ficaram em Antioquia, ensinando e evangelizando, com também muitos outros, a palavra do Senhor.
|
||
\s5
|
||
\v 36 E depois de alguns dias, Paulo disse a Barnabé: Voltemos a visitar a nossos irmãos em cada cidade onde tenhamos anunciado a palavra do Senhor, para ver como estão.
|
||
\v 37 E Barnabé aconselhou para que tomassem consigo a João, chamado Marcos.
|
||
\v 38 Mas Paulo achou adequado que não tomassem consigo a aquele que desde a Panfília tinha se separado deles, e não tinha ido com eles para aquela obra.
|
||
\s5
|
||
\v 39 Houve então entre eles tal discórdia, que eles se separaram um do outro; e Barnabé, tomando consigo a Marcos, navegou para o Chipre.
|
||
\v 40 Mas Paulo, escolhendo a Silas, partiu-se, enviado pelos irmãos para a graça de Deus.
|
||
\v 41 E ele passou pela Síria e Cilícia, firmando as igrejas.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 16
|
||
\v 1 E ele veio a Derbe e Listra; e eis que estava ali um certo discípulo, de nome Timóteo, filho de uma certa mulher judia crente, mas de pai grego.
|
||
\v 2 Do qual era bem testemunhado pelos irmãos que estavam em Listra e Icônio.
|
||
\v 3 A este Paulo quis que fosse com ele; e tomando-o, circuncidou-o, por causa dos judeus, que estavam naqueles lugares; porque todos conheciam o pai dele, que era grego.
|
||
\s5
|
||
\v 4 E eles, passando pelas cidades, entregavam-lhes as ordenanças que foram determinadas pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém, para que as guardassem.
|
||
\v 5 E assim as Igrejas eram firmadas na fé, e cada dia aumentavam em número.
|
||
\s5
|
||
\v 6 E passando pela Frígia, e pela região da Galácia, foi-lhes impedido pelo Espírito Santo de falarem a palavra na Ásia.
|
||
\v 7 E quando eles vieram a Mísia, tentaram ir à Bitínia; mas o Espírito não lhes permitiu.
|
||
\v 8 E tendo passado por Mísia, desceram a Trôade.
|
||
\s5
|
||
\v 9 E uma visão foi vista por Paulo durante a noite: um homem Macedônio se pôs diante dele,rogando-lhe, e dizendo: Passa à Macedônia, e ajuda-nos!
|
||
\v 10 E quando ele viu a visão, logo procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor estava nos chamando para anunciarmos o Evangelho a eles.
|
||
\s5
|
||
\v 11 Então, tendo navegado desde Trôade, viemos correndo caminho direto a Samotrácia, e no dia seguinte a Neápolis.
|
||
\v 12 E dali a Filipos, que é a primeira cidade desta parte da Macedônia, e é uma colônia; e estivemos naquela cidade por alguns dias.
|
||
\v 13 E no dia de sábado saímos para fora da cidade, onde costumava ser feita oração; e tendo nos sentado, falamos às mulheres que tinham se ajuntado ali .
|
||
\s5
|
||
\v 14 E uma certa mulher, por nome Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, que servia a Deus; ela nos ouviu; o coração da qual o Senhor abriu, para que prestasse atenção ao que Paulo dizia.
|
||
\v 15 E quando ela foi batizada, e também sua casa, ela nos rogou, dizendo: Se vós tendes julgado que eu seja fiel ao Senhor, entrai em minha casa e ficai ali.E ela insistiu para conosco.
|
||
\s5
|
||
\v 16 E aconteceu, que ao estarmos nós indo à oração, saiu ao nosso encontro uma moça que tinha espírito de pitonisa; a qual ao fazer adivinhações trazia grande lucro a seus senhores.
|
||
\v 17 Esta, seguindo após Paulo e nós, clamava, dizendo: Estes homens são servos do Deus Altíssimo, que nos anunciam o caminho da salvação.
|
||
\v 18 E ela fazia isto por muitos dias. Mas Paulo, estando descontente com isto, virou-se, e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo eu te mando que saias dela.E na mesma hora o espírito saiu.
|
||
\s5
|
||
\v 19 E os senhores dela, vendo que a esperança de lucro deles tinha ido embora, pegaram a Paulo e a Silas, e os levaram à praça, diante dos governantes.
|
||
\v 20 E apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens perturbam nossa cidade, sendo judeus;
|
||
\v 21 E eles anunciam costumes que não nos é lícito receber, nem fazer; pois somos romanos.
|
||
\s5
|
||
\v 22 E a multidão se levantou juntamente contra eles; e os oficiais, rasgando suas roupas, mandaram que fossem açoitados.
|
||
\v 23 E tendo sido lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse em segurança.
|
||
\v 24 O qual, tendo recebido tal ordem, lançou-os na cela mais interna, e prendeu-lhes os pés no tronco.
|
||
\s5
|
||
\v 25 E perto da meia-noite, Paulo e Silas estavam orando, e cantando hinos a Deus; e os outros presos os escutavam.
|
||
\v 26 E de repente houve um terremoto tão grande que os alicerces da prisão se moviam; e logo todas as portas se abriram, e todas as correntes que prendiam a todos se soltaram.
|
||
\s5
|
||
\v 27 E o carcereiro, tendo acordado e visto abertas todas as portas da prisão; puxou a espada, e estava a ponto de se matar, pensando que os presos tinham fugido.
|
||
\v 28 Mas Paulo clamou em alta voz, dizendo: Não te faças nenhum mal, porque todos nós estamos aqui.
|
||
\s5
|
||
\v 29 E tendo pedido luzes, saltou para dentro, e termendo muito, ele se prostrou diante de Paulo e Silas.
|
||
\v 30 E levando-os para fora, disse: Senhores, o que me é necessário fazer para eu me salvar?
|
||
\v 31 E eles lhe disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa.
|
||
\s5
|
||
\v 32 E lhe falaram da palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa.
|
||
\v 33 E ele, tomando-os consigo, naquela mesma hora da noite, lavou -lhes as feridas dos açoites, e logo foi batizado, ele e todos os seus.
|
||
\v 34 E tendo os levado a sua casa, pôs comida diante deles à mesa; e alegrou-se muito, tendo crido em Deus com toda a sua casa.
|
||
\s5
|
||
\v 35 E sendo já de dia, os magistrados mandaram aos guardas, dizendo: Solta aqueles homens.
|
||
\v 36 E o carcereiro anunciou estas palavras a Paulo, dizendo : Os magistrados têm mandado vos soltar; portanto agora saí, e ide em paz.
|
||
\s5
|
||
\v 37 Mas Paulo lhes disse: Eles nos açoitaram publicamente, e sem sermos sentenciados, sendo nós homens romanos, lançaram-nos na prisão, e agora nos lançam fora às escondidas? Assim não! Mas que eles mesmos venham e nos tirem.
|
||
\v 38 E os guardas voltaram para dizer aos magistrados estas palavras; e eles temeram ao ouvirem que eram romanos.
|
||
\v 39 E tendo vindo, rogaram-lhes; e tirando-os, pediram -lhes que saíssem da cidade.
|
||
\s5
|
||
\v 40 E eles, tendo saído da prisão, entraram na casa de Lídia; e vendo aos irmãos, consolaram-lhes; e saíram.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 17
|
||
\v 1 E viajando por Anfípolis e Apolônia, vieram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga de judeus.
|
||
\v 2 E Paulo, como era de seu costume, entrou a eles, e por três sábados argumentava com eles pelas Escrituras.
|
||
\s5
|
||
\v 3 Declarando -as,e propondo -lhes,que era necessário que o Cristo morresse, e ressuscitasse dos mortos; e que ( dizia ele ) este Jesus é o Cristo, a quem eu vos anuncio.
|
||
\v 4 E alguns deles creram, e se ajuntaram a Paulo e Silas; e dos gregos devotos grande multidão; e não poucas das mulheres principais.
|
||
\s5
|
||
\v 5 Mas os judeus incrédulos, movidos de inveja, tomaram consigo alguns homens malignos dos mercados, e juntando uma multidão, tumultuaram a cidade; e atacando a casa de Jasão, procuravam trazê-los ao povo.
|
||
\v 6 E não os achando, puxaram a Jasão, e a alguns irmãos às maiores autoridades da cidade, clamando: Estes que tem perturbado ao mundo também vieram até aqui.
|
||
\v 7 Aos quais Jasão tem recolhido, e todos estes fazem contra as ordens de César, dizendo que há outro rei, chamado Jesus.
|
||
\s5
|
||
\v 8 E eles tumultuaram a multidão, e às autoridades da cidade, que ouviam estas coisas.
|
||
\v 9 Mas tendo recebido fiança de Jasão e dos demais, eles os soltaram.
|
||
\s5
|
||
\v 10 E logo os irmãos enviaram de noite a Paulo e a Silas até Bereia; os quais, ao chegarem lá, foram à sinagoga dos judeus.
|
||
\v 11 E estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque os quais receberam a palavra com toda boa vontade, examinando a cada dia as escrituras, para ver se estas coisas eram assim.
|
||
\v 12 Portanto muitos deles realmente creram, e das mulheres gregas honradas; e dos homens, não poucos.
|
||
\s5
|
||
\v 13 Mas quando os judeus de Tessalônica souberam que também em Bereia a palavra de Deus era anunciada por Paulo, vieram também para lá, e incitaram as multidões.
|
||
\v 14 Mas então no mesmo instante os irmãos despediram a Paulo, para que fosse ao mar; mas Silas e Timóteo continuaram ali.
|
||
\v 15 E os que conduziram a Paulo, levaram-no até Atenas; e tendo recebido ordem para Silas e Timóteo, para que viessem a ele o mais rápido que pudessem,eles foram embora.
|
||
\s5
|
||
\v 16 E enquanto Paulo os esperava em Atenas, seu espírito se incomodava dentro dele, ao ver a cidade tão dedicada à idolatria.
|
||
\v 17 Então ele disputava muito na sinagoga, com os judeus, e com os religiosos; e no mercado a cada dia, com os que vinham até ele .
|
||
\s5
|
||
\v 18 E alguns dos filósofos epicureus e estoicos discutiam com ele; e uns diziam: O que quer dizer este tagarela?E outros: Parece que ele é pregador de deuses estranhos.Porque ele lhes anunciava o Evangelho de Jesus e a ressurreição.
|
||
\s5
|
||
\v 19 E tomando-o, trouxeram -no ao areópago, dizendo: Podemos nós saber que doutrina nova é esta que tu falas?
|
||
\v 20 Porque tu trazes coisas estranhas aos nossos ouvidos; então queremos saber o que isto quer dizer.
|
||
\v 21 (E todos os atenienses e visitantes estrangeiros não se ocupavam de nenhuma outra coisa, a não ser em dizer e ouvir alguma novidade).
|
||
\s5
|
||
\v 22 E Paulo, estando no meio do areópago, disse: Homens atenienses, eu vejo em tudo como vós sois muito religiosos;
|
||
\v 23 Porque enquanto eu passava pela cidade e via vossos santuários, achei também um altar, em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Este a quem vós prestais devoção sem conhecer, este é o que eu vos anuncio;
|
||
\s5
|
||
\v 24 O Deus que fez o mundo, e todas as coisas que nele há ; este, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em tempos feitos por mãos.
|
||
\v 25 E nem também é servido por mãos humanas; como que necessitasse de alguma coisa; porque ele é que dá a todos vida, respiração, e todas as coisas;
|
||
\s5
|
||
\v 26 E de um sangue ele fez toda nação humana, para habitarem sobre a face da terra, determinando os tempos desde antes ordenados, e o limites da morada deles ;
|
||
\v 27 Para que buscassem ao Senhor, se talvez pudessem apalpá-lo e encontrá-lo,apesar dele não estar longe de cada um de nós.
|
||
\s5
|
||
\v 28 Porque nele vivemos, e nos movemos, e somos; assim como também alguns de vossos poetas disseram; porque também nós somos descendência dele.
|
||
\v 29 Sendo então descendência de Deus, nós não devemos pensar que a divindade seja semelhante a ouro, ou a prata, ou a pedra esculpida por artifício e imaginação humana.
|
||
\s5
|
||
\v 30 Portanto Deus, tendo desconsiderado os tempos da vossa ignorância, agora anuncia a todos as pessoas, em todo lugar, para que se arrependam.
|
||
\v 31 Porque ele tem estabelecido um dia em que ele julgará ao mundo em justiça por meio do homem a quem determinou; dando certeza a todos, tendo o ressuscitado dos mortos.
|
||
\s5
|
||
\v 32 E ao ouvirem da ressurreição dos mortos, alguns zombavam; e outros diziam: Nós ouviremos sobre isto de ti na próxima vez.
|
||
\v 33 E assim Paulo saiu do meio deles.
|
||
\v 34 Porém, tendo chegado alguns homens até ele, creram; entre os quais estava também Dionísio o areopagita, e uma mulher de nome Dâmaris, e outros com eles.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 18
|
||
\v 1 E depois disto ele partiu de Atenas, e veio a Corinto.
|
||
\v 2 E achando a um certo judeu, de nome Áquila, natural de Ponto, que recentemente tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (porque Cláudio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma), veio até eles.
|
||
\v 3 E porque era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; porque tinham o ofício de fazerem tendas.
|
||
\s5
|
||
\v 4 E ele disputava na sinagoga a cada sábado; e persuadia a judeus e a gregos.
|
||
\v 5 E quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, Paulo foi pressionado pelo Espírito, dando testemunho aos judeus de que o Cristo era Jesus.
|
||
\v 6 Mas tendo eles resistido e blasfemado, ele sacudiu as roupas, e lhes disse: Vosso sangue seja sobre vossa cabeça; eu estou limpo; e a partir de agora irei aos gentios.
|
||
\s5
|
||
\v 7 E tendo saído dali, entrou na cada de um, de nome Justo, que servia a Deus, cuja casa era vizinha à sinagoga.
|
||
\v 8 E Crispo, o chefe da sinagoga, creu no Senhor com toda a sua casa; e muitos dos coríntios, tendo ouvido, creram e foram batizados.
|
||
\s5
|
||
\v 9 E o Senhor disse em visão de noite a Paulo: Não temas, mas fala, e não te cales.
|
||
\v 10 Porque eu estou contigo, e ninguém porá mão em ti para te fazer mal, porque eu tenho muito povo nesta cidade.
|
||
\v 11 E ele ficou ali por um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus.
|
||
\s5
|
||
\v 12 Mas sendo Gálio o procônsul da Acaia, os judeus se levantaram em concordância contra Paulo, e o trouxeram ao tribunal,
|
||
\v 13 Dizendo: Este persuade as pessoas a servirem a Deus contra a Lei.
|
||
\s5
|
||
\v 14 E Paulo, querendo abrir a boca, Gálio disse aos judeus: Se houvesse algum mau ato ou crime grande, ó judeus, com razão eu vos suportaria;
|
||
\v 15 Mas se a questão é de palavra s,e de nomes, e da Lei que há entre vós, vede -o vós mesmos; porque destas coisas eu não quero ser juiz.
|
||
\s5
|
||
\v 16 E ele os tirou do tribunal.
|
||
\v 17 Mas todos os gregos, tomando a Sóstenes, o chefe da sinagoga, feriram -no diante do tribunal; e a nada destas coisas Gálio dava importância.
|
||
\s5
|
||
\v 18 E Paulo, ficando ali ainda muitos dias, ele se despediu dos irmãos, e dali navegou para a Síria, e juntos com ele estavam Priscila e Áquila; tendo rapado a cabeça em Cencreia, porque ele tinha feito voto.
|
||
\v 19 E chegou a Éfeso, e os deixou ali; mas ele, entrando na sinagoga, disputava com os judeus.
|
||
\s5
|
||
\v 20 E eles, pedindo-lhe que continuasse com eles por mais algum tempo, ele não concordou.
|
||
\v 21 Porém despediu-se deles, dizendo: Outra vez, se Deus quiser, voltarei a vós.E ele saiu de Éfeso.
|
||
\s5
|
||
\v 22 E tendo vindo a Cesareia, subiu e, saudando à igreja, desceu a Antioquia.
|
||
\v 23 E passando ali algum tempo, ele partiu, passando em sequência pela região da Galácia e Frígia, firmando a todos os discípulos.
|
||
\s5
|
||
\v 24 E chegou a Éfeso um certo judeu, de nome Apolo, natural de Alexandria, homem eloquente, bem capacitado nas Escrituras.
|
||
\v 25 Este era instruído no caminho do Senhor; e fervoroso de espírito, falava e ensinava corretamente as coisas do Senhor; ainda que soubesse somente o batismo de João.
|
||
\v 26 E este começou a falar ousadamente na sinagoga; e Áquila e Priscila, ao o ouvirem, tomaram-no consigo, e explicaram mais detalhadamente o caminho de Deus.
|
||
\s5
|
||
\v 27 E ele, querendo passar a Acaia, os irmãos o exortaram, e escreveram aos discípulos que o recebessem; o qual, tendo chegado, auxiliou muito aos que tinham crido pela graça.
|
||
\v 28 Porque vigorosamente ele provava publicamente os erros dos judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 19
|
||
\v 1 E enquanto Apolo estava em Corinto, aconteceu que, tendo Paulo passado por todas as regiões altas, ele veio a Éfeso; e achando ali alguns discípulos,
|
||
\v 2 Disse-lhes: Vós já recebestes o Espírito Santo desde que crestes?E eles lhe disseram: Nós nem tínhamos ouvido falar que havia Espírito Santo.
|
||
\s5
|
||
\v 3 E ele lhes disse: Em que vós fostes batizados?E eles disseram: No batismo de João.
|
||
\v 4 Então Paulo disse: João verdadeiramente batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cressem naquele que viria após ele, isto é, em Jesus Cristo.
|
||
\s5
|
||
\v 5 Ao ouvirem isto, eles foram batizados no nome do Senhor Jesus.
|
||
\v 6 E Paulo, impondo-lhes as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam em línguas, e profetizavam.
|
||
\v 7 E todos os homens eram cerca de doze.
|
||
\s5
|
||
\v 8 E ele, entrando na sinagoga, falava ousadamente durante três meses, disputando e persuadindo as coisas do Reino de Deus.
|
||
\v 9 Mas quando alguns se endureceram, e não creram, e falando mal do Caminho diante da multidão, ele se desviou deles; e separou aos discípulos, disputando a cada dia na escola de um certo Tirano.
|
||
\v 10 E isto aconteceu durante dois anos; de tal maneira que todos os que habitavam na Ásia tinham ouvido a palavra do Senhor Jesus, tanto judeus como gregos.
|
||
\s5
|
||
\v 11 E Deus fazia milagres extraordinários pelas mãos de Paulo,
|
||
\v 12 De tal maneira que até os lenços e aventais de seu corpo eram levados aos enfermos, e as doenças os deixavam, e os espíritos malignos saíam deles.
|
||
\s5
|
||
\v 13 E alguns exorcistas dos judeus, itinerantes, tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Nós vos repreendemos por Jesus, a quem Paulo prega.
|
||
\v 14 E eram sete filhos de Ceva, judeu, chefe dos sacerdotes, os que faziam isto.
|
||
\s5
|
||
\v 15 Mas o espírito maligno respondeu: Eu conheço Jesus, e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?
|
||
\v 16 E o homem em quem estava o espírito maligno saltou sobre eles, e dominando-os, foi mais forte do que eles; de tal maneira que eles fugiram nus e feridos daquela casa.
|
||
\v 17 E isto se fez conhecido a todos que habitavam em Éfeso, tanto a judeus como a gregos; e caiu temor sobre todos eles; e assim foi engrandecido o nome do Senhor Jesus.
|
||
\s5
|
||
\v 18 E muitos dos que criam vinham, confessando e declararando as suas atitudes.
|
||
\v 19 Também muitos dos que praticavam ocultismo trouxeram seus livros, e os queimaram na presença de todos; e calcularam o preço deles, e acharam que custavam cinquenta mil moedas de prata.
|
||
\v 20 Assim a palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente.
|
||
\s5
|
||
\v 21 E quando se cumpriram estas coisas, Paulo propôs em espírito que, passando pela Macedônia e Acaia, ir até Jerusalém, dizendo: Depois de eu estar lá, também tenho que ver Roma.
|
||
\v 22 E ele, tendo enviado à Macedônia dois daqueles que o serviam, Timóteo e Erasto, ele ficou por algum tempo na Ásia.
|
||
\s5
|
||
\v 23 Mas naquele tempo aconteceu um não pequeno alvoroço quanto ao Caminho.
|
||
\v 24 Porque um certo artífice de prata, de nome Demétrio, que fazia objetos de prata para o templo de Diana, e dava não pouco lucro aos artesãos.
|
||
\v 25 Aos quais, tendo os reunido com os trabalhadores de semelhantes coisas, disse: Homens, vós sabeis que deste ofício temos nossa prosperidade.
|
||
\s5
|
||
\v 26 E vós estais vendo e ouvindo que este Paulo, não somente em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, tem persuadido e apartado uma grande multidão, dizendo que não são deuses os que são feitos com as mãos.
|
||
\v 27 E não somente há perigo de que isto torne nosso ofício em desprezo, mas também que até o tempo da grande deusa Diana seja considerado inútil, e que a grandiosidade dela, a quem toda a Ásia e o mundo venera, venha a ser destruída.
|
||
\s5
|
||
\v 28 E eles, ao ouvirem estas coisas,encheram-se de ira, e clamaram, dizendo: Grande é a Diana dos efésios!
|
||
\v 29 E toda a cidade se encheu de tumulto, e em concordância eles invadiram ao teatro, tomando consigo Gaio e Aristarco, macedônios, companheiros de Paulo na viagem.
|
||
\s5
|
||
\v 30 E Paulo, querendo comparecer diante do povo, os discípulos não o permitiram.
|
||
\v 31 E também alguns dos líderes da Ásia, que eram amigos dele, enviaram-lhe aviso, rogando-lhe para que não se apresentasse no teatro.
|
||
\v 32 Então gritavam, alguns de uma maneira, outros de outra; porque a aglomeração estava confusa; e a maioria não sabia por que causa estavam aglomerados.
|
||
\s5
|
||
\v 33 E tiraram da multidão a Alexandre, os judeus o pondo para a frente. E Alexandre, acenando com a mão, queria se defender ao povo.
|
||
\v 34 Mas ao saberem que ele era judeu, levantou-se uma voz de todos, clamando por cerca de duas horas: Grande é a Diana dos efésios!
|
||
\s5
|
||
\v 35 E o escrivão, tendo apaziguado a multidão, disse: Homens efésios, quem não sabe que a cidade dos efésios é a guardadora do templo da grande deusa Diana, e da imagem que desceu do céu?
|
||
\v 36 Portanto, sendo que estas coisas não podem ser contraditas, vós deveis vos acalmar, e nada façais precipitadamente;
|
||
\v 37 Porque vós trouxestes aqui estes homens, que nem são sacrílegos, nem blasfemam de vossa deusa.
|
||
\s5
|
||
\v 38 Então se Demétrio e os artesãos que estão com ele tem algum assunto contra ele, os tribunais estão abertos, e há procônsules; que se acusem uns aos outros.
|
||
\v 39 E se procurais alguma outra coisa, será decidido em uma reunião legalizada.
|
||
\v 40 Porque corremos perigo de que hoje sejamos acusados de rebelião, tendo causa nenhuma para dar como explicação para este tumulto.
|
||
\v 41 E tendo dito isto, despediu o ajuntamento.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 20
|
||
\v 1 E tendo acabado o tumulto, Paulo chamou a si os discípulos e, abraçando-os, saiu para ir à Macedônia.
|
||
\v 2 E tendo passado por aquelas regiões, e exortando-os com muitas palavras, ele veio à Grécia.
|
||
\v 3 E ficando ali por três meses, e havendo contra ele uma cilada posta pelos judeus quando ele estava a ponto de navegar para a Síria, ele decidiu voltar pela Macedônia.
|
||
\s5
|
||
\v 4 E o acompanhou até a Ásia Sópater, de Bereia; e dos tessalonicenses, Aristarco e Segundo, e Gaio de Derbe, e Timóteo; e dos da Ásia, Tíquico e Trófimo.
|
||
\v 5 Estes, indo adiante, nos esperaram em Trôade.
|
||
\v 6 E depois dos dias dos pães não fermentados, nós navegamos de Filipos, e em cinco dias viemos até eles, onde ficamos por sete dias.
|
||
\s5
|
||
\v 7 E no primeiro dia da semana, tendo os discípulos se reunido para partir o pão, Paulo discutia com eles, estando para partir no dia seguinte; e ele estendeu a discussão até a meia noite.
|
||
\v 8 E havia muitas luminárias no compartimento onde estavam reunidos.
|
||
\s5
|
||
\v 9 E estando um certo rapaz, de nome Êutico, sentado em uma janela, tendo sido tomado por um sono profundo, e,estando Paulo ainda falando por muito tempo,Êutico,derrubado pelo sono, caiu desde o terceiro andar abaixo; e foi levantado morto.
|
||
\v 10 Mas Paulo, tendo descido, debruçou sobre ele e, abraçando -o,disse: Não fiqueis perturbados, porque sua alma ainda está nele.
|
||
\s5
|
||
\v 11 E voltou a subir, e tendo partido e experimentado o pão, ele falou longamente até o nascer do dia; e assim ele partiu.
|
||
\v 12 E trouxeram o rapaz vivo, e ficaram não pouco consolados.
|
||
\s5
|
||
\v 13 E nós, tendo ido adiante ao navio, navegamos até Assôs, onde estaríamos para receber a Paulo, porque assim ele tinha ordenado; e ele ia a pé.
|
||
\v 14 E quando ele se encontrou conosco em Assôs, nós o tomamos, e fomos a Mitilene.
|
||
\s5
|
||
\v 15 E navegando dali, chegamos no dia seguinte em frente a Quios; e no outro dia aportamos em Samos; e ficando em Trogílio, no dia seguinte viemos a Mileto.
|
||
\v 16 Porque Paulo tinha decidido navegar desviando-se de Éfeso, para não lhe haver de gastar tempo na Ásia; porque ele se apressava para estar em Jerusalém do dia de Pentecostes, caso lhe fosse possível.
|
||
\s5
|
||
\v 17 Mas ele enviou mensagem desde Mileto até Éfeso, chamando aos anciãos da igreja.
|
||
\v 18 E quando vieram a Paulo,ele lhes disse: Vós sabeis que desde o primeiro dia que entrei na Ásia, o modo como eu estive todo aquele tempo convosco;
|
||
\v 19 Servindo ao Senhor com toda humildade, muitas lágrimas, e tentações, que sobrevieram a mim pelas ciladas dos judeus;
|
||
\v 20 Como eu, daquilo que vos era proveitoso, nada deixei de anunciar a vós, e ensinar publicamente e pelas casas;
|
||
\v 21 Dando testemunho, tanto a judeus como a gregos, do arrependimento para se converter a Deus, e da fé em nosso Senhor Jesus Cristo.
|
||
\s5
|
||
\v 22 E agora eis que, estando eu atado ao Espírito, estou indo a Jerusalém, não sabendo o que me acontecerá;
|
||
\v 23 A não ser pelo que o Espírito Santo em cada cidade me dá testemunho, dizendo que prisões e aflições me esperam.
|
||
\v 24 Mas de nenhuma dessas coisas eu dou importância, nem tenho minha vida por preciosa, para que com alegria eu cumpra minha carreira, e o trabalho que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do Evangelho da graça de Deus.
|
||
\s5
|
||
\v 25 E agora, eis que eu sei que todos vós, a quem eu passei pregando o Reino de Deus, não vereis mais o meu rosto.
|
||
\v 26 Portanto eu vos dou claro testemunho de que eu estou limpo do sangue de todos vós ;
|
||
\v 27 Porque eu não deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus;
|
||
\s5
|
||
\v 28 Portanto prestai atenção por vós mesmos, e por todo o rebanho sobre os quais o Espírito Santo tem vos posto como supervisores, para apascentardes a igreja de Deus, a qual ele adquiriu por meio de seu próprio sangue.
|
||
\v 29 Porque isto eu sei, que depois de minha partida, entrarão entre vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho;
|
||
\v 30 E que dentre vós mesmos se levantarão homens a falarem coisas perversas, para atraírem após si aos discípulos.
|
||
\s5
|
||
\v 31 Por isso vigiai, lembrando que por três anos, noite e dia eu não parei de vos alertar com lágrimas a cada um de vós .
|
||
\v 32 E agora, irmãos, eu vos entrego a Deus, e à palavra de sua graça; ele que é poderoso para vos edificar e vos dar herança entre todos os santificados.
|
||
\s5
|
||
\v 33 Eu não cobicei de ninguém a prata, nem ouro, nem roupa.
|
||
\v 34 E vós mesmos sabeis que, para as minhas necessidades e as dos que estavam comigo, estas minhas mãos me serviram.
|
||
\v 35 Em tudo eu vos tenho mostrado que trabalhando assim, é necessário dar suporte aos enfermos; e lembrar-se das palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurado é dar do que receber.
|
||
\s5
|
||
\v 36 E tendo dito isto, pondo-se de joelhos, ele orou com todos eles.
|
||
\v 37 E houve um grande pranto de todos; e reclinando-se sobre o pescoço de Paulo, beijavam-no;
|
||
\v 38 Entristecendo-se muito, principalmente pela palavra que ele tinha dito, que não mais veriam o rosto dele; e o acompanharam até o navio.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 21
|
||
\v 1 E quando aconteceu de termos saído deles, e navegado, percorremos diretamente, e viemos a Cós, e n o dia seguinte a Rodes, e dali a Pátara.
|
||
\v 2 E tendo achado um navio que passava para a Fenícia, nós embarcamos nele, e partimos.
|
||
\s5
|
||
\v 3 E tendo Chipre à vista, e deixando-a à esquerda, navegamos para a Síria, e viemos a Tiro; porque o navio tinha de deixar ali sua carga.
|
||
\v 4 E nós ficamos ali por sete dias; e achamos aos discípulos, os quais diziam pelo Espírito a Paulo, que não subisse a Jerusalém.
|
||
\s5
|
||
\v 5 E tendo passado ali aqueles dias, nós saímos e seguimos nosso caminho, acompanhando-nos todos com suas mulheres e filhos até fora da cidade; e postos de joelhos na praia, oramos.
|
||
\v 6 E saudando-nos uns aos outros, subimos ao navio; e eles voltaram para as casas deles.
|
||
\s5
|
||
\v 7 E nós, acabada a navegação de Tiro, chegamos a Ptolemaida; e tendo saudado aos irmãos, ficamos com eles por um dia.
|
||
\v 8 E n o dia seguinte, Paulo e nós que estávamos com ele, saindo dali, viemos a Cesareia; e entrando na casa de Filipe, o evangelista (que era um dos sete), nós ficamos com ele.
|
||
\v 9 E este tinha quatro filhas, que profetizavam.
|
||
\s5
|
||
\v 10 E ficando nós ali por muitos dias, desceu da Judeia um profeta, de nome Ágabo;
|
||
\v 11 E ele, tendo vindo a nós, e tomando a cinta de Paulo, e atando-se os pés e as mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim os judeus em Jerusalém atarão ao homem a quem pertence esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios.
|
||
\s5
|
||
\v 12 E nós, tendo ouvido isto, rogamos a ele, tanto nós como os que eram daquele lugar, que ele não subisse a Jerusalém.
|
||
\v 13 Mas Paulo respondeu: O que vós estais fazendo, ao chorarem e afligirem o meu coração? Porque eu estou pronto, não somente para ser atado, mas até mesmo para morrer em Jerusalém, pelo nome do Senhor Jesus.
|
||
\v 14 E como ele não deixou ser persuadido, nós nos aquietamos, dizendo: Faça-se a vontade do Senhor.
|
||
\s5
|
||
\v 15 E depois daqueles dias, nós nos arrumamos, e subimos a Jerusalém.
|
||
\v 16 E foram também conosco alguns dos discípulos de Cesareia, trazendo consigo a um certo Mnáson, cipriota, discípulo antigo, com o qual íamos nos hospedar.
|
||
\s5
|
||
\v 17 E quando chegamos a Jerusalém, os irmãos nos receberam com muito boa vontade.
|
||
\v 18 E n o dia seguinte, Paulo entrou conosco a casa de Tiago, e todos os anciãos vieram ali.
|
||
\v 19 E tendo os saudado, ele lhes contou em detalhes o que Deus tinha feito entre os gentios por meio do trabalho dele.
|
||
\s5
|
||
\v 20 E eles, ao ouvirem, glorificaram ao Senhor, e lhe disseram: Tu vês, irmão, quantos milhares de judeus há que creem, e todos são zelosos da lei.
|
||
\v 21 E foram informados quanto a ti, que a todos os judeus, que estão entre os gentios, que tu ensinas a se afastarem de Moisés, dizendo que não devem circuncidar seus filhos, nem andar segundo os costumes.
|
||
\s5
|
||
\v 22 Então o que se fará? Em todo caso ouvirão que tu já chegaste.
|
||
\v 23 Portanto faça isto que te dizemos: temos quatro homens que fizeram voto.
|
||
\v 24 Toma contigo a estes, e purifica-te com eles, e paga os gastos deles, para que rapem a cabeça, e todos saibam que não há nada do que foram informados sobre ti, mas sim, que tu mesmo andas guardando a Lei.
|
||
\s5
|
||
\v 25 E quanto aos que creem dentre os gentios, nós já escrevemos, julgando que se abstenham do que se abstenham das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e do pecado sexual.
|
||
\v 26 Então Paulo, tendo tomado consigo a aqueles homens, e purificando-se com eles no dia seguinte, entrou no Templo, anunciando que já estavam cumpridos dos dias da purificação, quando fosse oferecida por eles, cada um sua oferta.
|
||
\s5
|
||
\v 27 E tendo os sete dias quase quase completados, os judeus da Ásia, vendo-o, tumultuaram a todo o povo, e lançaram as mãos sobre ele para o deterem ,
|
||
\v 28 Clamando: Homens israelitas, ajudai -nos ; este é o homem que por todos os lugares ensina a todos contra o nosso povo, e contra a Lei, e contra este lugar; e além disto, ele também pôs gregos dentro do Templo, e contaminou este santo lugar!
|
||
\v 29 (Porque antes eles tinham visto na cidade a Trófimo junto dele, ao qual pensavam que Paulo tinha trazido para dentro do Templo).
|
||
\s5
|
||
\v 30 E toda a cidade se tumultuou, e houve um ajuntamento do povo; e tendo detido a Paulo, trouxeram-no para fora do Templo; e logo as portas foram fechadas.
|
||
\v 31 E eles, procurando matá-lo, a notícia chegou ao comandante e aos soldados, de que toda Jerusalém estava em confusão.
|
||
\s5
|
||
\v 32 O qual, tendo tomado logo consigo soldados e centuriões, correu até eles. E eles, vendo ao comandante e aos soldados, pararam de ferir a Paulo.
|
||
\v 33 Então o comandante, tendo se aproximado, prendeu-o, e mandou que ele fosse atado em duas correntes; e perguntou quem ele era, e o que ele tinha feito.
|
||
\s5
|
||
\v 34 E na multidão clamavam uns de uma maneira,e outros de outra maneira; mas como ele não podia saber com certeza por causa do tumulto, ele mandou que o levassem para a área fortificada.
|
||
\v 35 E ele, tendo chegado às escadas, aconteceu que ele foi carregado pelos soldados, por causa da violência da multidão.
|
||
\v 36 Porque a multidão do povo o seguia, gritando: Tragam-no para fora!
|
||
\s5
|
||
\v 37 E Paulo, estando perto de entrar na área fortificada, disse ao comandante: É permitido a mim te falar alguma coisa?E ele disse: Tu sabes grego?
|
||
\v 38 Por acaso não és tu aquele egípcio, que antes destes dias tinha levantando uma rebelião, e levou ao deserto quatro mil homens assassinos?
|
||
\s5
|
||
\v 39 Mas Paulo lhe disse: Na verdade eu sou um homem judeu de Tarso, cidade não pouca importância da Cilícia; mas eu te rogo para que tu me permitas falar ao povo.
|
||
\v 40 E tendo lhe permitido, Paulo pôs-se de pé nas escadas, acenou com a mão ao povo; e tendo havido grande silêncio, falou -lhes em língua hebraica, dizendo:
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 22
|
||
\v 1 Homens irmãos, e pais, ouvi agora minha defesa para convosco.
|
||
\v 2 E tendo ouvido que ele lhes falava em língua hebraica, fizeram ainda mais silêncio. E ele disse:
|
||
\s5
|
||
\v 3 Eu verdadeiramente sou um homem judeu, nascido em Tarso da Cilícia, e criado nesta cidade aos pés de Gamaliel, ensinado ao mais correto modo da Lei paterna e zeloso de Deus, assim como todos vós sois hoje.
|
||
\v 4 Eu,que persegui este caminho até a morte, atando tanto a homens como a mulheres, e os entregando a prisões.
|
||
\v 5 Assim como também o sumo sacerdote me é testemunha, e todo o conselho dos anciãos; dos quais eu, tendo tomado cartas para os irmãos, fui a Damasco para que os que estivessem ali, eu também os trouxesse amarrados a Jerusalém, para que fossem castigados.
|
||
\s5
|
||
\v 6 Mas aconteceu que, estando eu no caminho, e chegando perto de Damasco, quase ao meio dia, de repente uma grande luz do céu brilhou ao redor de mim.
|
||
\v 7 Eu cai ao chão, e ouvi uma voz, que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
|
||
\v 8 E eu respondi: Quem és, Senhor? E ele me disse: Eu sou Jesus, o nazareno, a quem tu persegues.
|
||
\s5
|
||
\v 9 E os que estavam comigo verdadeiramente viram a luz, e ficaram muito atemorizados; mas eles não ouviram a voz daquele que falava comigo.
|
||
\v 10 E eu disse: Que farei, Senhor? E o Senhor me disse: Levanta-te, e vai a Damasco, e ali te será dito tudo o que te é ordenado fazer.
|
||
\v 11 E quando eu não conseguia ver, por causa da glória daquela luz, eu fui levado pela mão dos que estavam comigo, e assim cheguei a Damasco.
|
||
\s5
|
||
\v 12 E um certo Ananias, homem devoto conforme a Lei, que tinha bom testemunho de todos os judeus que moravam ali ;
|
||
\v 13 Tendo vindo até mim, e ficando diante de mim,ele me disse: Irmão Saulo, recupere a vista; E naquela mesma hora eu pude vê-lo.
|
||
\s5
|
||
\v 14 E ele disse: O Deus de nossos pais te predeterminou para que tu conheças a vontade dele, e vejas aquele justo, e tu ouças a voz de sua boca.
|
||
\v 15 Porque tu serás testemunha dele para com todos as pessoas, daquilo que tens visto e ouvido.
|
||
\v 16 E agora, por que estás parado? Levanta-te, e sê batizado, e lava teus pecados, invocando o nome do Senhor.
|
||
\s5
|
||
\v 17 E aconteceu a mim, tendo eu voltado a Jerusalém, e estando orando no Templo, veio-me um êxtase;
|
||
\v 18 E eu vi aquele que me dizia: Apressa-te, e sai logo de Jerusalém, porque não aceitarão teu testemunho sobre mim.
|
||
\s5
|
||
\v 19 E eu disse: Senhor, eles sabem que eu prendia e açoitava nas sinagogas aqueles que criam em ti.
|
||
\v 20 E quando o sangue de Estêvão, tua testemunha, se derramava, eu também estava presente, e consentia em sua morte, e guardava as roupas daqueles que o matavam.
|
||
\v 21 E ele me disse: Vai, porque eu te enviarei para longe, aos gentios.
|
||
\s5
|
||
\v 22 E eles o ouviram até esta palavra, e em seguida levantaram suas vozes, dizendo: Extermina-o da terra! Porque não é bom que ele viva.
|
||
\v 23 E enquanto eles gritavam, tiravam suas capas, e lançavm pó ao ar,
|
||
\v 24 O comandante mandou que o levassem à área fortificada, dizendo que o interrogassem com açoites, para saber por que causa clamavam assim contra ele.
|
||
\s5
|
||
\v 25 E quando estavam o atando com correias, Paulo disse ao centurião que estava ali: É lícito para vós açoitar a um homem romano, sem ter sido condenado?
|
||
\v 26 E o centurião, tendo ouvido isto,foi e avisou ao comandante, dizendo: Olha o que estás a ponto de fazer, porque este homem é romano.
|
||
\s5
|
||
\v 27 E o comandante, tendo se aproximado, disse-lhe: Dize-me, tu és romano?E ele disse: Sim.
|
||
\v 28 E o comandante respondeu: Eu com muita soma de dinheiro obtive esta cidadania romana .E Paulo disse: E eu a tenho desde que nasci.
|
||
\v 29 Então logo se afastaram dele aqueles que estavam para interrogá-lo; e até o comandante teve temor, ao entender que Paulo era romano, e que tinha o atado.
|
||
\s5
|
||
\v 30 E n o dia seguinte, querendo saber corretamente a causa de por que ele era acusado pelos judeus, ele o soltou das correntes, e mandou vir aos chefes dos sacerdotes e todo o Supremo Conselho deles; e tendo trazido a Paulo, apresentou -o diante deles.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 23
|
||
\v 1 E Paulo, olhando fixamente a os d o Supremo Conselho, disse: Homens irmãos, com toda boa consciência eu tenho andado diante de Deus até o dia de hoje.
|
||
\v 2 Mas o sumo sacerdote Ananias mandou aos que estavam perto dele, que o espancassem na boca.
|
||
\v 3 Então Paulo lhe disse: Deus vai te espancar, parede caiada! Estás tu aqui sentado para me julgar conforme a Lei, e contra a Lei mandas me espancarem?
|
||
\s5
|
||
\v 4 E os que estavam ali disseram: Tu insultas ao sumo sacerdote de Deus?
|
||
\v 5 E Paulo disse: Eu não sabia, irmãos, que ele era o sumo sacerdote; porque está escrito: Não falarás mal do chefe do teu povo.
|
||
\s5
|
||
\v 6 E Paulo, sabendo que uma parte era de saduceus, e outra de fariseus, ele clamou no Supremo Conselho: Homens irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu; pela esperança e ressurreição dos mortos eu estou sendo julgado.
|
||
\v 7 E ele, tendo dito isto, houve uma confusão entre os fariseus e saduceus; e a multidão se dividiu;
|
||
\v 8 Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo ou espírito; mas os fariseus declaram ambas.
|
||
\s5
|
||
\v 9 E houve uma grande gritaria; e levantando-se os escribas da parte dos fariseus, disputavam, dizendo: Nenhum mal achamos neste homem; e se algum espírito ou anjo falou com ele?
|
||
\v 10 E havendo grande confusão, o comandante, temendo que Paulo não fosse despedaçado por eles, mandou descer a tropa, e tirá-lo do meio deles, e levá-lo à área fortificada.
|
||
\s5
|
||
\v 11 E n a noite seguinte o Senhor, aparecendo-lhe, disse: Tem bom ânimo, Paulo! Porque assim como deste testemunho de mim em Jerusalém, assim é necessário que tu dês testemunho também em Roma.
|
||
\s5
|
||
\v 12 E tendo vindo o dia, alguns dos judeus fizeram uma conspiração, e prestaram juramento sob pena de maldição, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo.
|
||
\v 13 E eram mais de quarenta os que fizeram este juramento.
|
||
\s5
|
||
\v 14 Os quais foram até os chefes dos sacerdotes e os anciãos, e disseram: Fizemos juramento sob pena de maldição, de que nada experimentaremos enquanto não matarmos a Paulo.
|
||
\v 15 Agora vós, então, juntamente com o Supremo Conselho, fazei saber ao comandante que amanhã ele o traga a vós, como se fosse para que investigueis mais detalhadamente; e antes que ele chegue, nós estamos prontos para o matar.
|
||
\s5
|
||
\v 16 E o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido esta cilada, veio e entrou na área fortificada, e avisou a Paulo.
|
||
\v 17 E Paulo, tendo chamado a si um dos centuriões, disse: Leva este rapaz ao comandante, porque ele tem algo para lhe avisar.
|
||
\s5
|
||
\v 18 Então ele o tomou, levou ao comandante, e disse: O prisioneiro Paulo, tendo me chamado, rogou -me que eu te trouxesse este rapaz, que tem algo a te dizer.
|
||
\v 19 E o comandante, tomando-o pela mão, e indo para um lugar reservado, perguntou -lhe : O que tens para me avisar?
|
||
\s5
|
||
\v 20 E ele disse: Os judeus combinaram de te pedirem que amanhã tu leves a Paulo ao Supremo Conselho, como se fosse para que lhe perguntem mais detalhadamente;
|
||
\v 21 Porém tu, não acredites neles; porque mais de quarenta homens deles estão lhe preparando cilada, os quais sob pena de maldição fizeram juramento para não comerem nem beberem enquanto não o tiverem matado; e eles já estão preparados, esperando de ti a promessa.
|
||
\s5
|
||
\v 22 Então o comandante despediu ao rapaz, mandando -lhe : A ninguém digas que tu me revelaste estas coisas.
|
||
\v 23 E ele, chamando a si certos dois dos centuriões, disse: Aprontai duzentos soldados para irem até Cesareia; e setenta cavaleiros, e duzentos arqueiros, a partir das terceira hora da noite.
|
||
\v 24 E preparem animais para cavalgarem, para que pondo neles a Paulo, levem -no a salvo ao governador Félix.
|
||
\s5
|
||
\v 25 E ele lhe escreveu uma carta, que continha este aspecto:
|
||
\v 26 Cláudio Lísias, a Félix, excelentíssimo governador, saudações.
|
||
\v 27 Este homem foi preso pelos judeus, e estando já a ponte de o matarem, eu vim com a tropa e o tomei, ao ser informado que ele era romano.
|
||
\s5
|
||
\v 28 E eu, querendo saber a causa por que o acusavam, levei-o ao Supremo Conselho deles.
|
||
\v 29 O qual eu achei que acusavam de algumas questões da Lei deles; mas que nenhum crime digno de morte ou de prisão havia contra ele.
|
||
\v 30 E tendo sido avisado de que os judeus estavam para pôr uma cilada contra este homem, logo eu o enviei a ti, mandando também aos acusadores que diante de ti digam o que tiverem contra ele. Que tu estejas bem.
|
||
\s5
|
||
\v 31 Tendo então os soldados tomado a Paulo, assim como lhes tinha sido ordenado, trouxeram-no durante a noite a Antipátride.
|
||
\v 32 E n o dia seguinte, deixando irem com ele os cavaleiros, voltaram à área fortificada.
|
||
\v 33 Os quais, tendo chegado a Cesareia, e entregado a carta ao governador, apresentaram-lhe também a Paulo.
|
||
\s5
|
||
\v 34 E o governador, tendo lido a carta, perguntou de que província ele era; e ao entender que era da Cilícia,
|
||
\v 35 disse: “Eu te ouvirei quando também chegarem os teus acusadores”. E mandou que o guardassem no palácio de Herodes.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 24
|
||
\v 1 E cinco dias depois, desceu o sumo sacerdote Ananias, com os anciãos e um certo orador Tértulo; os quais compareceram diante do governador contra Paulo.
|
||
\v 2 E sendo chamado, Tértulo começou a acusá -lo,dizendo:
|
||
\v 3 Visto que há muita paz por causa de ti, e que por teu governo muitos bons serviços estão sendo feitos a esta nação, excelentíssimo Félix, totalmente e em todo lugar, com todo agradecimento o reconhecemos.
|
||
\s5
|
||
\v 4 Mas para que eu não gaste muito o teu tempo, rogo -te que tu nos ouças brevemente, conforme a tua clemência.
|
||
\v 5 Porque nós temos achado que este homem é uma peste, e levantador de rebeliões entre todos os judeus pelo mundo, e o principal defensor da seita dos nazarenos.
|
||
\v 6 O qual também tentou profanar o Templo; ao qual também prendemos;
|
||
\s5
|
||
\v 7 ---
|
||
\v 8 Mandando aos acusadores dele que viessem a ti; investigando-o tu mesmo, poderás entender todas estas coisas das quais o acusamos.
|
||
\v 9 E os judeus também concordaram, dizendo serem estas coisas assim.
|
||
\s5
|
||
\v 10 Mas Paulo, fazendo gesto ao governador para que falasse, respondeu: Sabendo eu que por muitos anos tu tens sido juiz desta nação, com maior ânimo eu me defendo.
|
||
\v 11 Pois tu podes entender que há não mais que doze dias, eu tinha subido a Jerusalém para adorar.
|
||
\v 12 E nem me acharam falando com alguém no Templo, nem incitando ao povo, nem nas sinagogas, nem na cidade.
|
||
\v 13 E nem podem provar as coisas das quais agora estão me acusando.
|
||
\s5
|
||
\v 14 Mas isto eu te confesso, que conforme o Caminho que eles chamam de seita, assim eu sirvo ao Deus dos meus pais, crendo em tudo que está escrito na Lei e nos profetas;
|
||
\v 15 Tendo esperança em Deus, ao qual estes mesmos também esperam, que vai haver ressurreição dos mortos, tanto dos justos como dos injustos.
|
||
\v 16 E nisto eu pratico, em que tanto para com Deus como para com os seres humanos eu sempre tenha uma consciência limpa.
|
||
\s5
|
||
\v 17 E muitos anos depois, vim para fazer doações e ofertas à minha nação.
|
||
\v 18 N isto,tendo eu me purificado, nem com multidões, nem com tumulto, alguns judeus da Ásia me acharam,
|
||
\v 19 Os quais era necessário que estivessem aqui presentes diante de ti, se tivessem alguma coisa contra mim.
|
||
\s5
|
||
\v 20 Ou digam estes mesmos, se eles acharam alguma má ação em mim quando eu estava perante o Supremo Conselho;
|
||
\v 21 A não ser somente esta palavra com que, quando eu estava entre eles, clamei, que pela ressurreição dos mortos eu estou sendo julgado hoje por vós.
|
||
\s5
|
||
\v 22 Tendo ouvido estas coisas, Félix, que sabia mais detalhadamente sobre o Caminho, adiou-lhes, dizendo: Quando o comandante Lísias descer, eu procurarei saber melhor de vossos assuntos.
|
||
\v 23 E ele mandou ao centurião que guardassem a Paulo, e estivesse com alguma liberdade, e impedir a ninguém dos seus amigos lhe prestasse serviço, ou vir até ele.
|
||
\s5
|
||
\v 24 E alguns dias depois, tendo vindo Félix com a mulher dele Drusila, que era judia, mandou chamar a Paulo, e o ouviu sobre a fé em Cristo.
|
||
\v 25 E ele, tendo discursado sobre a justiça, o domínio próprio, e o julgamento que está por vir, Félix temeu, e respondeu: Por agora vai; e tendo outra oportunidade, eu te chamarei.
|
||
\s5
|
||
\v 26 Ele também esperava que lhe fosse dado algum dinheiro por Paulo, para que o soltasse; por isso ele também muitas vezes o mandava chamar, e conversava com ele.
|
||
\v 27 Mas tendo completado dois anos, Félix teve por sucessor a Pórcio Festo. E Félix, querendo agradar dos judeus, deixou Paulo preso.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 25
|
||
\v 1 Então Festo, tendo entrado na província, subiu dali três dias depois de Cesareia a Jerusalém.
|
||
\v 2 E o sumo sacerdote e os líderes dos judeus compareceram diante dele contra Paulo, e lhe rogaram;
|
||
\v 3 Pedindo favor contra ele, para que o fizesse vir a Jerusalém, preparando cilada para o matarem no caminho.
|
||
\s5
|
||
\v 4 Mas Festo respondeu que Paulo estava guardado em Cesareia, e que ele logo estava indo para lá .
|
||
\v 5 Ele disse: Então aqueles dentre vós que podem, desçam com igo,e se houver alguma coisa errada neste homem, acusem-no.
|
||
\s5
|
||
\v 6 E ele, tendo ficado entre eles mais de dez dias, desceu a Cesareia; e tendo se sentado no tribunal no dia seguinte, mandou que trouxessem a Paulo.
|
||
\v 7 E tendo ele vindo, os judeus que haviam descido de Jerusalém o rodearam, trazendo contra Paulo muitas e graves acusações, que não podiam provar.
|
||
\v 8 Ele, disse em sua defesa: Eu não pequei nem contra a Lei dos judeus, nem contra o Templo, nem contra César, em coisa alguma.
|
||
\s5
|
||
\v 9 Mas Festo, querendo agradar aos judeus, respondendo a Paulo, disse: Tu queres subir a Jerusalém e ser julgado sobre estas coisas diante de mim?
|
||
\v 10 E Paulo disse: Eu estou diante do tribunal de César, onde eu tenho que ser julgado; a nenhum dos judeus eu fiz mal, assim como também tu sabes muito bem.
|
||
\s5
|
||
\v 11 Porque se eu fiz algum mal, ou cometi algo digno de morte, eu não recuso morrer; mas se nada há das coisas que este me acusam, ninguém pode me entregar a eles. Eu apelo a César.
|
||
\v 12 Então Paulo, tendo conversado com o Conselho, respondeu: Tu apelaste a César; a César irás.
|
||
\s5
|
||
\v 13 E passados alguns dias, o Rei Agripa e Berenice vieram a Cesareia para saudar a Festo.
|
||
\v 14 E quando tinham ficado ali muitos dias, Festo contou ao rei os assuntos de Paulo, dizendo: Um certo homem foi deixado aqui preso por Félix;
|
||
\v 15 Por causa do qual, estando eu em Jerusalém, os chefes dos sacerdotes e os anciãos dos judeus compareceram a mim,pedindo julgamento contra ele.
|
||
\v 16 Aos quais eu respondi não ser costume dos romanos entregar a algum homem à morte, antes que o acusado tenha seus acusadores face a face, e tenha oportunidade para se defender da acusação.
|
||
\s5
|
||
\v 17 Portanto, tendo eles se reunido aqui, fazendo nenhum adiamento, no dia seguinte, estando eu sentado no tribunal, mandei trazer ao homem.
|
||
\v 18 Do qual os acusadores estando aqui presentes, trouxeram como acusação nenhuma das coisas que eu suspeitava.
|
||
\v 19 Mas tinham contra ele algumas questões relativas às própria s crença s deles, e de um certo morto Jesus, o qual Paulo afirmava estar vivo.
|
||
\v 20 E eu, estando em duvida sobre como interrogar esta causa, disse, perguntando se ele queria ir a Jerusalém, e lá ser julgado sobre estas coisas.
|
||
\s5
|
||
\v 21 Porém Paulo, tendo apelado para ser guardado ao interrogatório do imperador, mandei que o guardassem, até que eu o enviasse a César.
|
||
\v 22 E Agripa disse a Festo: Eu também queria ouvir a este homem.E ele disse: E amanhã tu o ouvirás.
|
||
\s5
|
||
\v 23 Então no dia seguinte, tendo vindo Agripa e Berenice, com muita pompa, e entrando no auditório com os comandantes e os homens mais importantes da cidade, trouxeram a Paulo por ordem de Festo.
|
||
\v 24 E Festo disse: Rei Agripa, e todos os homens que estais presentes aqui conosco, vós vedes este homem,a quem toda a multidão dos judeus, tanto em Jerusalém como aqui, tem apelado a mim, clamando que ele não deve mais viver.
|
||
\s5
|
||
\v 25 Mas tendo eu achado nada que ele tenha feito que fosse digno de morte, e também tendo ele mesmo apelado ao imperador, eu decidi enviá-lo.
|
||
\v 26 Do qual eu não tenho coisa alguma certa para escrever ao meu senhor; por isso que eu o trouxe diante de vós; e principalmente diante de ti, rei Agripa, para que, sendo feita a investigação, eu tenha algo para escrever.
|
||
\v 27 Porque não me parece razoável enviar a um prisioneiro, sem também informar as acusações contra ele.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 26
|
||
\v 1 E Agripa disse a Paulo: É permitido a ti falar por ti mesmo.Então Paulo, estendendo a mão, respondeu em sua defesa:
|
||
\v 2 Eu me considero feliz, rei Agripa, de que diante de ti eu esteja hoje fazendo minha defesa de todas as coisas de que sou acusado pelos judeus;
|
||
\v 3 Principalmente por eu saber que tu sabes de todos os costumes e questões que há entre os judeus; por isso eu te rogo que tu me ouças com paciência.
|
||
\s5
|
||
\v 4 Ora, a minha vida é conhecida por todos os judeus, desde a minha juventude, que desde o princípio tem sido entre os de minha nação em Jerusalém;
|
||
\v 5 Eles me conhecem desde o começo, se quiserem testemunhar, de que conforme a mais rigorosa divisão de nossa religião, eu vivi como fariseu.
|
||
\s5
|
||
\v 6 E agora, pela esperança da promessa que por Deus foi dada aos nossos pais, eu estou aqui sendo julgado.
|
||
\v 7 À qual nossas doze tribos, servindo continuamente a Deus de dia e de noite, esperam chegar; pela qual esperança, rei Agripa, eu sou acusado pelos judeus.
|
||
\v 8 Por que se julga como incrível entre vós que Deus ressuscite aos mortos?
|
||
\s5
|
||
\v 9 Eu realmente tinha pensado comigo mesmo, que contra o nome de Jesus eu tinha que fazer muitas oposições.
|
||
\v 10 O que eu também fiz em Jerusalém; e tendo recebido autoridade dos chefes dos sacerdotes, eu pus em prisões a muitos dos santos; e quando eles eram mortos, eu também dava meu voto contra eles .
|
||
\v 11 E tendo lhes dado punição muitas vezes por todas as sinagogas, eu os forcei a blasfemarem. E estando extremamente enfurecido contra eles, até nas cidades estrangeiras eu os persegui;
|
||
\s5
|
||
\v 12 Nas quais, indo eu até Damasco, com autoridade e comissão dos chefes dos sacerdotes;
|
||
\v 13 Ao meio dia, vi no caminho, rei, uma luz do céu, que brilhava muito mais que o sol, e que encheu de claridade ao redor de mim e dos que iam comigo.
|
||
\v 14 E todos nós, tendo caído ao chão, eu ouvi uma voz que falava a mim, e dizia em língua hebraica: Saulo, Saulo, por que me persegues? Duro é para ti dar coices contra os aguilhões.
|
||
\s5
|
||
\v 15 E eu disse: Quem és, Senhor? E ele disse: Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
|
||
\v 16 Mas levanta-te, e fica de pé, porque para isto eu apareci a ti, para te predeterminar como trabalhador e testemunha, tanto das coisas que já tens visto, como das coisas que eu ainda aparecerei a ti;
|
||
\v 17 Livrando-te d este povo, e dos gentios, aos quais agora eu te envio.
|
||
\v 18 Para abrir os olhos deles, e das trevas converterem à luz, e do poder de Satanás converterem a Deus; para que recebam perdão dos pecados, e herança entre os santificados pela fé em mim.
|
||
\s5
|
||
\v 19 Portanto, rei Agripa, eu não fui desobediente à visão celestial.
|
||
\v 20 Mas sim, primeiramente aos que estavam em Damasco e Jerusalém, e por toda a terra da Judeia, e aos gentios anunciei que se arrependessem, e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento.
|
||
\v 21 Por causa disto os judeus me pegaram no Templo, e procuravam me matar.
|
||
\s5
|
||
\v 22 Porém tendo eu obtido socorro de Deus, permaneço até o dia de hoje, dando testemunho tanto a pequenos como a grandes; não dizendo nada além dos que as coisas que os profetas e Moisés tinham dito que estavam para acontecer;
|
||
\v 23 Isto é,que o Cristo sofreria, e sendo o primeiro da ressurreição dos mortos, ia anunciar a luz a este povo e aos gentios.
|
||
\s5
|
||
\v 24 E tendo Paulo dito isto em sua defesa, Festo disse em alta voz: Tu estás louco, Paulo; as muitas escrituras te fizeram enlouquecer!
|
||
\v 25 Mas ele respondeu : Eu não estou louco, excelentíssimo Festo; mas eu declaro palavras de verdade e de um são juízo;
|
||
\v 26 Porque o rei, a quem eu estou falando livremente, ele sabe muito bem destas coisas; porque eu não creio que nenhuma disto lhe seja oculto; por que isto não foi feito num canto.
|
||
\s5
|
||
\v 27 Rei Agripa, tu crês nos profetas? Eu sei que tu crês.
|
||
\v 28 E Agripa disse a Paulo: Por pouco tu me convences a me tornar cristão.
|
||
\v 29 E Paulo disse: Meu desejo a Deus é que, por pouco ou por muito, não somente tu, mas todos os que estão me ouvindo hoje, tais vos tornásseis assim como eu sou, a não ser por estas correntes.
|
||
\s5
|
||
\v 30 E tendo ele dito isto, o rei se levantou, e também o governador, Berenice, e os que estavam sentados com eles.
|
||
\v 31 E reunindo-se à parte, falavam uns aos outros, dizendo: Este homem nada faz que seja digno de morte ou de prisões.
|
||
\v 32 E Agripa disse a Festo: Este homem podia ser solto, se ele não tivesse apelado a César.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 27
|
||
\v 1 E quando foi determinado que tínhamos que navegar para a Itália, entregaram a Paulo e alguns outros prisioneiros, a um centurião, por nome Júlio, do esquadrão imperial.
|
||
\v 2 E embarcando -nos em um navio adramitino, estando a navegar pelos lugares costeiros da Ásia, nós partimos, estando conosco Aristarco, o macedônio de Tessalônica.
|
||
\s5
|
||
\v 3 E no dia seguinte, chegamos a Sidom; e Júlio, tratando bem a Paulo, permitiu -lhe que fosse aos amigos, para receber cuidado deles .
|
||
\v 4 E tendo partido dali, nós fomos navegando abaixo do Chipre, porque os ventos estavam contrários.
|
||
\v 5 E tendo passado ao longo do mar da Cilícia e Panfília, viemos a Mira em Lícia.
|
||
\v 6 E o centurião, tendo achado ali um navio de Alexandria, que estava navegando para a Itália, nos fez embarcar nele.
|
||
\s5
|
||
\v 7 E indo navegando lentamente já por muitos dias, chegando com dificuldade em frente a Cnido, o vento, não nos permitindo continuar por ali,navegamos abaixo de Creta, em frente a Salmone.
|
||
\v 8 E tendo com dificuldade percorrido sua costa, chegamos a um certo lugar, chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laseia.
|
||
\s5
|
||
\v 9 E tendo passado muito tempo, e sendo a navegação já perigosa, porque também já tinha passado o jejum, Paulo os exortava,
|
||
\v 10 Dizendo-lhes: Homens, eu vejo que a navegação vai ser com violência e muito dano, não somente de carga e do navio, mas também de nossas vidas.
|
||
\v 11 Porém o centurião cria mais no capitão e no dono do navio do que no que Paulo dizia.
|
||
\s5
|
||
\v 12 E não sendo aquele porto adequado para passar o inverno, a maioria preferiu partir dali, para ver se podiam chegar a Fênix, que é um porto de Creta, voltada para o lado do vento sudoeste e noroeste, para ali passarem o inverno.
|
||
\v 13 E ao ventar brandamente ao sul, pareceu-lhes que eles já tinham o que queriam; e levantando a vela, foram por perto da costa de Creta.
|
||
\s5
|
||
\v 14 Mas não muito depois houve contra ela um vento violento, chamado Euroaquilão.
|
||
\v 15 E tendo o navio sido tomado por ele, e não podendo navegar contra o vento, nós deixamos sermos levados por ele .
|
||
\v 16 E correndo abaixo de uma pequena ilha, chamada Clauda, com dificuldade conseguimos manter o barquinho de reserva;
|
||
\s5
|
||
\v 17 O qual, tendo sido levado para cima, usaram de suportes para reforçarem o navio; e temendo irem de encontro aos bancos de areia, eles baixaram as velas e deixaram ir à deriva.
|
||
\v 18 E sendo muito afligidos pela tempestade, no dia seguinte jogaram a carga para fora do navio .
|
||
\s5
|
||
\v 19 E no terceiro dia,com as nossas próprias mãos jogamos fora os instrumentos do navio.
|
||
\v 20 E não aparecendo ainda o sol, nem estrelas havia muitos dias, e sendo afligidos por não pouca tempestade, desde então tínhamos perdido toda a esperança de sermos salvos.
|
||
\s5
|
||
\v 21 E havendo muito tempo que não havia o que comer, então Paulo, ficando de pé no meio deles, disse: Homens, vós devíeis ter dado atenção a mim, e não terdes partido de Creta, e assim evitar esta situação ruim e prejuízo.
|
||
\v 22 Mas agora eu vos exorto a terdes bom ânimo; porque haverá nenhuma perda de vida de vós, além somente da perda do navio.
|
||
\s5
|
||
\v 23 Porque esta mesma noite esteve comigo um anjo de Deus, a quem eu pertenço e a quem eu sirvo;
|
||
\v 24 Dizendo: Não temas, Paulo; é necessário que tu sejas apresentado a César; e eis que Deus tem te dado a vida a todos quantos navegam contigo.
|
||
\v 25 Portanto, homens, tende bom ânimo; porque eu creio em Deus que assim será, conforme o que me foi dito.
|
||
\v 26 Mas é necessário que sejamos lançados a uma ilha.
|
||
\s5
|
||
\v 27 E quando veio a décima quarta noite, sendo lançados de um lado para o outro no mar Adriático, por volta da meia noite os marinheiros suspeitaram de que estavam se aproximando de alguma terra firme .
|
||
\v 28 E tendo lançado o prumo, acharam vinte braças; e passando um pouco mais adiante, voltando a lançar o prumo, acharam quinze braças.
|
||
\v 29 E temendo de irem de encontro a lugares rochosos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que o dia viesse logo .
|
||
\s5
|
||
\v 30 E quando os marinheiros estavam procurando fugir do navio, e baixando o barquinho de reserva ao mar, como que queriam largar as âncoras da proa,
|
||
\v 31 Paulo disse ao centurião e aos soldados: Se estes não ficarem no navio, vós não podeis vos salvar.
|
||
\v 32 Então os soldados cortaram os cabos do barquinho de reserva, e o deixaram cair.
|
||
\s5
|
||
\v 33 E até enquanto o dia estava vindo, Paulo exortava a todos que comessem alguma coisa, dizendo: Hoje já é o décimo quarto dia, em que estais esperando, continuando sem comer, nada tendo experimentado.
|
||
\v 34 Portanto eu vos exorto para que comais alguma coisa, pois é bom para vossa saúde; porque nenhum cabelo cairá de vossa cabeça.
|
||
\v 35 E tendo dito isto, e tomando o pão, ele agradeceu a Deus na presença de todos; e partindo -o,começou a comer.
|
||
\s5
|
||
\v 36 E todos, tendo ficado mais encorajados, também pegaram algo para comer.
|
||
\v 37 E éramos todos no navio duzentas e setenta e seis almas.
|
||
\v 38 E estando saciados de comer, eles tiraram peso do navio, lançando o trigo ao mar.
|
||
\s5
|
||
\v 39 E tendo vindo o dia, não reconheciam a terra; mas enxergaram uma enseada que tinha praia, na qual planejaram, se pudessem, levar o navio.
|
||
\v 40 E tendo levantado as âncoras, deixaram -no ir ao mar, soltando também as amarras dos lemes, e levantando a vela maior ao vento, foram de levando -o à praia.
|
||
\v 41 Mas tendo caído em um lugar onde dois mares se encontram, encalharam ali o navio; e fixa a proa, ficou imóvel, mas a popa estava se destruindo com a força das ondas.
|
||
\s5
|
||
\v 42 Então o conselho dos soldados foi de que matassem aos presos, para que nenhum deles fugisse a nado.
|
||
\v 43 Mas o centurião, querendo salvar a Paulo, impediu a intenção deles; e mandou que aqueles que pudessem nadar fossem os primeiros a se lançassem ao mar e chegassem à terra firme .
|
||
\v 44 E depois os demais, uns em tábuas, e outros em pedaços do navio. E assim aconteceu, que todos se salvaram em terra.
|
||
|
||
\s5
|
||
\c 28
|
||
\v 1 E tendo sobrevivido, então souberam que a ilha se chamava Malta.
|
||
\v 2 E os nativos demonstraram para conosco uma benevolência incomum; porque, tendo acendido uma fogueira, recolheram a nós todos, por causa da chuva que estava caindo, e por causa do frio.
|
||
\s5
|
||
\v 3 E tendo Paulo recolhido uma quantidade de gravetos, e pondo-os no fogo, saiu uma víbora do calor, e fixou os dentes na mão dele.
|
||
\v 4 E quando os nativos vieram o animal pendurado na mão dele, disseram uns aos outros: Certamente este homem é assassino, ao qual, tendo sobrevivido do mar, a justiça não o deixa viver.
|
||
\s5
|
||
\v 5 Porém, ele, tendo sacudido o animal ao fogo, sofreu nenhum mal.
|
||
\v 6 E eles esperavam que ele fosse inchar, ou cair morto de repente. Mas tendo esperado muito, e vendo que nenhum incômodo tinha lhe sobrevindo, mudaram de opinião,e diziam que ele era um deus.
|
||
\s5
|
||
\v 7 E perto daquele mesmo lugar o homem mais importante da ilha, por nome Públio, tinha algumas propriedades; o qual nos recebeu e nos hospedou por três dias gentilmente.
|
||
\v 8 E aconteceu que o pai de Públio estava de cama, doente de febres e disenteria; ao qual Paulo entrou, e tendo orado, pôs as mãos sobre ele, e o curou.
|
||
\v 9 Tendo então isto acontecido, também vieram a ele outros que tinham enfermidades, e foram curados;
|
||
\v 10 Os quais nos honraram com muitas honras; e estando nós para navegar, nos entregaram as coisas necessárias.
|
||
\s5
|
||
\v 11 E três meses depois, nós partimos em um navio de Alexandria, que tinha passado o inverno na ilha; o qual tinha como símbolo os gêmeos Castor e Pólux.
|
||
\v 12 E chegando a Siracusa, ficamos ali três dias.
|
||
\s5
|
||
\v 13 De onde, tendo indo ao redor da costa, chegamos a Régio; e um dia depois, ventando ao sul, viemos o segundo dia a Putéoli.
|
||
\v 14 Onde, tendo achado alguns irmãos, eles nos rogaram que ficássemos com eles por sete dias; e assim viemos a Roma.
|
||
\v 15 E os irmãos, ao ouvirem notícias sobre nós, desde lá nos saíram ao encontro até a praça de Ápio, e as três tavernas; e Paulo, tendo os visto, agradeceu a Deus, e tomou coragem.
|
||
\s5
|
||
\v 16 E quando chegamos a Roma, a Paulo foi permitido morar por si mesmo à parte, junto com o soldado que o guardava.
|
||
\v 17 E aconteceu que, três dias depois, Paulo chamou juntos os chefes dos judeus; e ao se reunirem, disse-lhes: Homens irmãos, tendo eu nada feito contra o povo, ou contra os costumes dos pais, mesmo assim eu vim preso desde Jerusalém, entregue em mãos dos romanos.
|
||
\v 18 Os quais, tendo me investigado, queriam me soltar, por não haver em mim nenhum crime de morte.
|
||
\s5
|
||
\v 19 Mas os judeus, dizendo em contrário, eu fui forçado a apelar a César; mas não como que eu tenha que acusar a minha nação.
|
||
\v 20 Então por esta causa eu vos chamei até mim, para vos ver e falar; porque pela esperança de Israel eu estou agora preso nesta corrente.
|
||
\s5
|
||
\v 21 Mas eles lhe disseram: Nós nem recebemos cartas da Judeia relacionadas a ti, nem algum dos irmãos, tendo vindo aqui, tem nos informado ou falado de ti algum mal.
|
||
\v 22 Mas nós queríamos ouvir de ti o que tu pensas; porque, quanto a esta seita, conhecemos que em todo lugar há quem fale contra ela.
|
||
\s5
|
||
\v 23 E tendo eles lhe determinado um dia, muitos vieram até onde ele estava morando; aos quais ele declarava e dava testemunho do Reino de Deus; e procurava persuadi-los quanto a Jesus, tanto pela Lei de Moisés, como pelos profetas, desde a manhã até a tarde.
|
||
\v 24 E alguns criam nas coisas que ele dizia; mas outros não criam.
|
||
\s5
|
||
\v 25 E estando discordantes entre si, despediram-se, tendo Paulo disto esta palavra: O Espírito Santo corretamente falou a nossos pais por meio de Isaías o profeta,
|
||
\v 26 Dizendo: Vai a este povo, e dize: De fato ouvireis, mas de maneira nenhuma entendereis; e de fato vereis, mas de maneira nenhuma enxergareis.
|
||
\s5
|
||
\v 27 Porque o coração deste povo está insensível, seus ouvidos ouvem com dificuldade, e seus olhos estão fechados; para que em maneira nenhuma vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, nem entendam com o coração, e se convertam, e eu os cure.
|
||
\s5
|
||
\v 28 Portanto seja conhecido por vós que a salvação de Deus foi enviada aos gentios; e eles a ouvirão.
|
||
\v 29 ---
|
||
\s5
|
||
\v 30 E Paulo ficou dois anos inteiros em sua própria casa alugada; e recebia a todos quantos vinham a ele;
|
||
\v 31 Pregando o Reino de Deus, e ensinando com ousadia a doutrina do Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum. |