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\sts Bíblia Livre - Nestle 1904
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\h Jó
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\toc1 Jó
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\toc2 Jó
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\toc3 job
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\mt1 Jó
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\p
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\v 1 Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este homem era íntegro e correto, temente a Deus, e que se afastava do mal.
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\v 2 E nasceram-lhe sete filhos e três filhas.
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\v 3 E seu patrimônio era sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois, e quinhentas jumentas; ele também tinha muitíssimos servos, de maneira que este homem era o maior de todos do oriente.
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\v 4 E seus filhos iam nas casas uns dos outros para fazerem banquetes, cada um em seu dia; e mandavam convidar as suas três irmãs, para que comessem e bebessem com eles.
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\v 5 E acontecia que, acabando-se o revezamento dos dias de banquetes, Jó enviava e os santificava, e se levantava de madrugada para apresentar ofertas de queima conforme o número de todos eles. Pois Jó dizia: Talvez meus filhos tenham pecado, e tenham amaldiçoado a Deus em seus corações. Assim Jó fazia todos aqueles dias.
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\s5
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\v 6 E em certo dia, os filhos de Deus vieram para se apresentarem diante do SENHOR, e Satanás também veio entre eles.
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\v 7 Então o SENHOR disse a Satanás: De onde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR, dizendo: De rodear a terra, e de passear por ela.
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\v 8 E o SENHOR disse a Satanás: Tendes visto meu servo Jó? Pois ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e correto, temente a Deus, e que se afasta de mal.
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\s5
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\v 9 Então Satanás respondeu ao SENHOR, dizendo: Por acaso Jó teme a Deus em troca de nada?
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\v 10 Por acaso tu não puseste uma cerca ao redor dele, de sua casa, e de tudo quanto ele tem? Tu abençoaste o trabalho de suas mãos, e seu patrimônio tem crescido sobre a terra.
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\v 11 Mas estende agora tua mão, e toca em tudo quanto ele tem; e verás se ele não te amaldiçoa em tua face.
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\v 12 E o SENHOR disse a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em tua mão; somente não estendas tua mão contra ele. E Satanás saiu de diante do SENHOR.
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\s5
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\v 13 E sucedeu um dia que seus filhos e filhas estavam comendo e bebendo vinho na casa de seu irmão primogênito,
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\v 14 Que veio um mensageiro a Jó, que disse: Enquanto os bois estavam arando, e as jumentas se alimentando perto deles,
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\v 15 Eis que os sabeus atacaram, e os tomaram, e feriram os servos a fio de espada; somente eu escapei para te trazer a notícia.
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\s5
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\v 16 Enquanto este ainda estava falando, veio outro que disse: Fogo de Deus caiu do céu, que incendiou as ovelhas entre os servos, e os consumiu; somente eu escapei para te trazer-te a notícia.
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\v 17 Enquanto este ainda estava falando, veio outro que disse: Os caldeus formaram três tropas, e atacaram os camelos, e os tomaram, e feriram os servos a fio de espada; somente eu escapei para te trazer a notícia.
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\s5
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\v 18 Enquanto este ainda estava falando, veio outro que disse: Teus filhos e tuas filhas estavam comendo e bebendo vinho em casa de seu irmão primogênito,
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\v 19 E eis que veio um grande vento do deserto, e atingiu os quatro cantos da casa, que caiu sobre os jovens, e morreram; somente eu escapei para te trazer a notícia.
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\s5
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\v 20 Então Jó se levantou, rasgou sua capa, rapou sua cabeça, e caindo na terra, adorou,
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\v 21 E disse: Nu saí do ventre de minha mãe, e nu para lá voltarei. O SENHOR deu, e o SENHOR tomou; bendito seja o nome do SENHOR.
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\v 22 Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.
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\s5
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\c 2
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\v 1 E veio outro dia em que os filhos de Deus vieram para se apresentarem diante do SENHOR, e e Satanás também veio entre eles para se apresentar diante do SENHOR.
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\v 2 Então o SENHOR disse a Satanás: De onde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR, e dizendo: De rodear a terra, e de passear por ela.
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\s5
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\v 3 E o SENHOR disse a Satanás: Tendes visto meu servo Jó? Pois ninguém há semelhante a ele na terra, homem íntegro e correto, temente a Deus e que se afasta do mal; e que ainda mantém sua integridade, mesmo depois de teres me incitado contra ele, para o arruinar sem causa.
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\s5
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\v 4 Então Satanás respondeu ao SENHOR, dizendo: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem, dará por sua vida.
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\v 5 Mas estende agora tua mão, e toca em seus ossos e sua carne, e verás se ele não te amaldiçoa em tua face.
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\v 6 E o SENHOR disse a Satanás: Eis que ele está em tua mão; mas preserva sua vida.
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\v 7 Então Satanás saiu de diante do SENHOR, e feriu a Jó de chagas malignas desde a planta de seus pés até a topo de sua cabeça.
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\v 8 E Jó tomou um caco para se raspar com ele, e ficou sentado no meio da cinza.
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\s5
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\v 9 Então sua mulher lhe disse: Ainda manténs a tua integridade? Amaldiçoa a Deus, e morre.
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\v 10 Porém ele lhe disse: Tu falas como uma tola. Receberíamos o bem de Deus, e o mal não receberíamos? Em tudo isto Jó não pecou com seus lábios.
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\s5
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\v 11 Quando três amigos de Jó, Elifaz temanita, Bildade suíta, e Zofar naamita, ouviram todo este mal que lhe tinha vindo sobre ele, vieram cada um de seu lugar; porque haviam combinado de juntamente virem para se condoerem dele, e o consolarem.
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\s5
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\v 12 Eles, quando levantaram seus olhos de longe, não o reconheceram; e choraram em alta voz; e cada um deles rasgou sua capa, e espalharam pó ao ar sobre suas cabeças.
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\v 13 Assim se sentaram com ele na terra durante sete dias e sete noites, e nenhum lhe falava palavra alguma, pois viam que a dor era muito grande.
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\s5
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\c 3
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\v 1 Depois disto Jó abriu sua boca, e amaldiçoou seu dia.
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\v 2 Pois Jó respondeu, e disse:
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\v 3 Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se disse: Um homem foi concebido.
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\s5
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\v 4 Torne-se aquele dia em trevas; Deus não lhe dê atenção desde acima, nem claridade brilhe sobre ele.
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\v 5 Reivindiquem-no para si trevas e sombra de morte; nuvens habitem sobre ele; a escuridão do dia o espante.
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\s5
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\v 6 Tome a escuridão aquela noite; não seja contada entre os dias do ano, nem faça parte do número dos meses.
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\v 7 Ah se aquela noite fosse solitária, e música de alegria não viesse a ela!
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\s5
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\v 8 Amaldiçoem-na os que amaldiçoam o dia, os que se preparam para levantar seu pranto.
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\v 9 Escureçam-se as estrelas de sua manhã; espere a luz, e não venha, e as pálpebras não vejam o amanhecer;
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\v 10 Pois não fechou as portas do ventre onde eu estava, nem escondeu de meus olhos o sofrimento.
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\s5
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\v 11 Por que eu não morri desde a madre, ou perdi a vida ao sair do ventre?
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\v 12 Por que joelhos me receberam? E por que seios me amamentaram?
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\s5
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\v 13 Pois agora eu jazeria e repousaria; dormiria, e então haveria repouso para mim;
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\v 14 Com os reis e os conselheiros da terra, que edificavam para si os desertos;
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\v 15 Ou com os príncipes que tinham ouro, que enchiam suas casas de prata.
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\v 16 Ou por que não fui como um aborto oculto, como as crianças que nunca viram a luz?
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\s5
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\v 17 Ali os maus deixam de perturbar, e ali repousam os cansados de forças.
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\v 18 Ali os prisioneiros juntamente repousam; e não ouvem a voz do opressor.
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\v 19 Ali estão o pequeno e o grande; e o servo livre está de seu senhor.
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\v 20 Por que se dá luz ao sofredor, e vida aos amargos de alma,
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\v 21 Que esperam a morte, e ela não chega, e que a buscam mais que tesouros;
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\v 22 Que saltam de alegram e ficam contentes quando acham a sepultura?
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\v 23 E também ao homem cujo caminho é oculto, e a quem Deus o encobriu?
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\v 24 Pois antes do meu pão vem meu suspiro; e meus gemidos correm como águas.
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\s5
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\v 25 Pois aquilo eu temia tanto veio a mim, e aquilo que tinha medo me aconteceu.
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\v 26 Não tenho tido descanso, nem tranquilidade, nem repouso; mas perturbação veio sobre mim.
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\s5
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\c 4
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\v 1 Então Elifaz o temanita respondeu, dizendo:
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\v 2 Se tentarmos falar contigo, ficarás incomodado? Mas quem poderia deter as palavras?
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\v 3 Eis que tu ensinavas a muitos, e fortalecias as mãos fracas;
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\v 4 Tuas palavras levantavam aos que tropeçavam, e fortificavas os joelhos que desfaleciam.
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\v 5 Mas agora isso que aconteceu contigo, tu te cansas; e quando isso te tocou, te perturbas.
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\v 6 Por acaso não era o teu temor a Deus a tua confiança, e a integridade dos teus caminhos tua esperança?
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\v 7 Lembra-te agora, qual foi o inocente que pereceu? E onde os corretos foram destruídos?
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\v 8 Como eu tenho visto, os que lavram injustiça e semeiam opressão colhem o mesmo.
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\v 9 Com o sopro de Deus eles perecem, e pelo vento de sua ira são consumidos.
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\v 10 O rugido do leão, a voz do leão feroz, e os dentes dos leões jovens são quebrantados.
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\v 11 O leão velho perece por falta de presa, e os filhotes da leoa se dispersam.
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\s5
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\v 12 Uma palavra me foi dita em segredo, e meu ouvidos escutaram um sussurro dela.
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\v 13 Em imaginações de visões noturnas, quando o sono profundo cai sobre os homens,
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\v 14 Espanto e tremor vieram sobre mim, que espantou todos os meus ossos.
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\v 15 Então um vento passou por diante de mim, que fez arrepiar os pelos de minha carne.
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\s5
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\v 16 Ele parou, mas não reconheci sua feição; uma figura estava diante de meus olhos, e ouvi uma voz quieta, que dizia:
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\v 17 Seria o ser humano mais justo que Deus? Seria o homem mais puro que seu Criador?
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\v 18 Visto que ele não confia em seus servos, e considera seus anjos como loucos,
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\v 19 Quanto mais naqueles que habitam em casas de lodo, cujo fundamento está no pó, e são esmagáveis como a traça!
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\s5
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\v 20 Desde a manhã até a tarde são despedaçados, e perecem sempre, sem que ninguém perceba.
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\v 21 Por acaso sua excelência não se perde com eles mesmos? Eles morrem sem sabedoria.
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\s5
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\c 5
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\v 1 Clama agora! Haverá alguém que te responda? E a qual dos santos te voltarás?
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\v 2 Pois a ira acaba com o louco, e o zelo mata o tolo.
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\v 3 Eu vi ao louco lançar raízes, porém logo amaldiçoei sua habitação.
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\v 4 Seus filhos estarão longe da salvação; na porta são despedaçados, e não há quem os livre.
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\v 5 O faminto devora sua colheita, e a tira até dentre os espinhos; e o assaltante traga sua riqueza.
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\s5
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\v 6 Porque a aflição não procede do pó da terra, nem a opressão brota do chão.
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\v 7 Mas o ser humano nasce para a opressão, assim como as faíscas das brasas se levantam a voar.
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\s5
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\v 8 Porém eu buscaria a Deus, e a ele confiaria minha causa;
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\v 9 Pois ele é o que faz coisas grandiosas e incompreensíveis, e inúmeras maravilhas.
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\v 10 Ele é o que dá a chuva sobre a face da terra, e envia águas sobre os campos.
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\s5
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\v 11 Ele põe os humildes em lugares altos, para que os sofredores sejam postos em segurança.
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\v 12 Ele frustra os planos dos astutos, para que suas mãos nada consigam executar.
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\v 13 Ele prende aos sábios em sua própria astúcia; para que o conselho dos perversos seja derrubado.
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\s5
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\v 14 De dia eles se encontram com as trevas, e ao meio-dia andam apalpando como de noite.
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\v 15 Porém livra ao necessitado da espada de suas bocas, e da mão do violento.
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\v 16 Pois ele é esperança para o necessitado, e a injustiça tapa sua boca.
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\s5
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\v 17 Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus corrige; portanto não rejeites o castigo do Todo-Poderoso.
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\v 18 Pois ele faz a chaga, mas também põe o curativo; ele fere, mas suas mãos curam.
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\v 19 Em seis angústias ele te livrará, e em sete o mal não te tocará.
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\s5
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\v 20 Na fome ele te livrará da morte, e na guerra livrará do poder da espada.
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\v 21 Do açoite da língua estarás encoberto; e não temerás a destruição quando ela vier.
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\v 22 Tu rirás da destruição e da fome, e não temerás os animais da terra.
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\s5
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\v 23 Pois até com as pedras do campo terás teu pacto, e os animais do campo serão pacíficos contigo.
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\v 24 E saberás que há paz em tua tenda; e visitarás tua habitação, e não falharás.
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\v 25 Também saberás que tua semente se multiplicará, e teus descendentes serão como a erva da terra.
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\s5
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\v 26 Na velhice virás à sepultura, como o amontoado de trigo que se recolhe a seu tempo.
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\v 27 Eis que é isto o que temos constatado, e assim é; ouve-o, e pensa nisso tu para teu bem.
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\s5
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\c 6
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\v 1 Mas Jó respondeu, dizendo:
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\v 2 Oh se pesassem justamente minha aflição, e meu tormento juntamente fosse posto em uma balança!
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\v 3 Pois na verdade seria mais pesada que a areia dos mares; por isso minhas palavras têm sido impulsivas.
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\s5
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\v 4 Porque as flechas do Todo-Poderoso estão em mim, cujo veneno meu espírito bebe; e temores de Deus me atacam.
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\v 5 Por acaso o asno selvagem zurra junto à erva, ou o boi berra junto a seu pasto?
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\v 6 Por acaso se come o insípido sem sal? Ou há gosto na clara do ovo?
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\s5
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\v 7 Minha alma se recusa tocar essas coisas, que são para mim como comida detestável.
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\v 8 Ah se meu pedido fosse realizado, e se Deus me desse o que espero!
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\v 9 Que Deus me destruísse; ele soltasse sua mão, e acabasse comigo!
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\s5
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\v 10 Isto ainda seria meu consolo, um alívio em meio ao tormento que não me poupa; pois eu não tenho escondido as palavras do Santo.
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\v 11 Qual é minha força para que eu espere? E qual meu fim, para que eu prolongue minha vida?
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\s5
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\v 12 É, por acaso, a minha força a força de pedras? Minha carne é de bronze?
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\v 13 Tenho eu como ajudar a mim mesmo, se todo auxílio me foi tirado?
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\s5
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\v 14 Ao aflito, seus amigos deviam ser misericordiosos, mesmo se ele tivesse abandonado o temor ao Todo-Poderoso.
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\v 15 Meus irmãos foram traiçoeiros comigo, como ribeiro, como correntes de águas que transbordam,
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\v 16 Que estão escurecidas pelo gelo, e nelas se esconde a neve;
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\v 17 Que no tempo do calor se secam e, ao se aquecerem, desaparecem de seu lugar;
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\s5
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\v 18 Os cursos de seus caminhos se desviam; vão se minguando, e perecem.
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\v 19 As caravanas de Temã as veem; os viajantes de Sabá esperam por elas.
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\v 20 Foram envergonhados por aquilo em que confiavam; e ao chegarem ali, ficaram desapontados.
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\s5
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\v 21 Agora, vós vos tornastes semelhantes a elas; pois vistes o terror, e temestes.
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\v 22 Por acaso eu disse: Trazei-me algo? Ou: Dai presente a mim de vossa riqueza?
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\v 23 Ou: Livrai-me da mão do opressor? Ou: Resgatai-me das mãos dos violentos?
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\s5
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\v 24 Ensinai-me, e eu me calarei; e fazei-me entender em que errei.
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\v 25 Como são fortes as palavras de boa razão! Mas o que vossa repreensão reprova?
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\s5
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\v 26 Pretendeis repreender palavras, sendo que os argumentos do desesperado são como o vento?
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\v 27 De fato vós lançaríeis sortes sobre o órfão, e venderíeis vosso amigo.
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\s5
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\v 28 Agora, pois, disponde-vos a olhar para mim; e vede se eu minto diante de vós.
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\v 29 Mudai de opinião, pois, e não haja perversidade; mudai de opinião, pois minha justiça continua.
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\v 30 Há perversidade em minha língua? Não poderia meu paladar discernir as coisas más?
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\s5
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\c 7
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\v 1 Por acaso o ser humano não tem um trabalho duro sobre a terra, e não são seus dias como os dias de um assalariado?
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\v 2 Como o servo suspira pela sombra, e como o assalariado espera por seu pagamento,
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\v 3 Assim também me deram por herança meses inúteis, e me prepararam noites de sofrimento.
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\s5
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\v 4 Quando eu me deito, pergunto: Quando me levantarei? Mas a noite se prolonga, e me canso de me virar na cama até o amanhecer.
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\v 5 Minha carne está coberta de vermes e de crostas de pó; meu pele está rachada e horrível.
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\s5
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|
\v 6 Meus dias são mais rápidos que a lançadeira do tecelão, e perecem sem esperança.
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\v 7 Lembra-te que minha vida é um sopro; meus olhos não voltarão a ver o bem.
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\s5
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\v 8 Os olhos dos que me veem não me verão mais; teus olhos estarão sobre mim, porém deixarei de existir.
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\v 9 A nuvem se esvaece, e passa; assim também quem desce ao mundo dos mortos nunca voltará a subir.
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\v 10 Nunca mais voltará à sua casa, nem seu lugar o conhecerá.
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\s5
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\v 11 Por isso eu não calarei minha boca; falarei na angústia do meu espírito, e me queixarei na amargura de minha alma.
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\v 12 Por acaso sou eu o mar, ou um monstro marinho, para que me ponhas guarda?
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\s5
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\v 13 Quando eu digo: Minha cama me consolará; meu leito aliviará minhas queixa,
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\v 14 Então tu me espantas com sonhos, e me assombras com visões.
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\v 15 Por isso minha alma preferia a asfixia e a morte, mais que meus ossos.
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\s5
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\v 16 Odeio a minha vida; não viverei para sempre; deixa-me, pois que meus dias são inúteis.
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\v 17 O que é o ser humano, para que tanto o estimes, e ponhas sobre ele teu coração,
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\v 18 E o visites a cada manhã, e a cada momento o proves?
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\s5
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\v 19 Até quando não me deixarás, nem me liberarás até que eu engula minha saliva?
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\v 20 Se pequei, o eu que te fiz, ó Guarda dos homens? Por que me fizeste de alvo de dardos, para que eu seja pesado para mim mesmo?
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\s5
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|
\v 21 E por que não perdoas minha transgressão, e tiras minha maldade? Porque agora dormirei no pó, e me buscarás de manhã, mas não existirei mais.
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\s5
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\c 8
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\v 1 Então Bildade, o suíta, respondeu, dizendo:
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\v 2 Até quando falarás tais coisas, e as palavras de tua boca serão como um vento impetuoso?
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\v 3 Por acaso Deus perverteria o direito, ou o Todo-Poderoso perverteria a justiça?
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\s5
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|
\v 4 Se teus filhos pecaram contra ele, ele também os entregou ao castigo por sua transgressão.
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|
\v 5 Se tu buscares a Deus com empenho, e pedires misericórdia ao Todo-Poderoso;
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\s5
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|
\v 6 Se fores puro e correto, certamente logo ele se levantará em teu favor, e restaurará a morada de tua justiça.
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\v 7 Ainda que teu princípio seja pequeno, o teu fim será muito grandioso.
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\s5
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|
\v 8 Pois pergunta agora à geração passada, e considera o que seus pais descobriram.
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\v 9 Pois nós somos de ontem e nada sabemos, pois nossos dias sobre a terra são como a sombra.
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\v 10 Por acaso eles não te ensinarão, e te dirão, e falarão palavras de seu coração?
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\s5
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\v 11 Pode o papiro crescer sem lodo? Ou pode o junco ficar maior sem água?
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\v 12 Estando ele ainda verde, sem ter sido cortado, ainda assim se seca antes de toda erva.
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\s5
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\v 13 Assim são os caminhos de todos os que esquecem de Deus; e a esperança do corrupto perecerá;
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\v 14 Sua esperança será frustrada, e sua confiança será como a teia de aranha.
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\v 15 Ele se apoiará em sua casa, mas ela não ficará firme; ele se apegará a ela, mas ela não ficará de pé.
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\s5
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\v 16 Ele está bem regado diante do sol, e seus ramos brotam por cima de sua horta;
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\v 17 Suas raízes se entrelaçam junto à fonte, olhando para o pedregal.
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\v 18 Se lhe arrancarem de seu lugar, este o negará, dizendo: Nunca te vi.
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\s5
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|
\v 19 Eis que este é o prazer de seu caminho; e do solo outros brotarão.
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\v 20 Eis que Deus não rejeita ao íntegro, nem segura pela mão aos malfeitores.
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\s5
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\v 21 Ainda ele encherá tua boca de riso, e teus lábios de júbilo.
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\v 22 Os que te odeiam se vestirão de vergonha, e nunca mais haverá tenda de perversos.
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\s5
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\c 9
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\v 1 Mas Jó respondeu, dizendo:
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\v 2 Na verdade sei que é assim; mas como pode o ser humano ser justo diante de Deus?
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\v 3 Ainda se quisesse disputar com ele, não conseguiria lhe responder uma coisa sequer em mil.
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\s5
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\v 4 Ele é sábio de coração, e poderoso em forças. Quem se endureceu contra ele, e teve paz?
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\v 5 Ele transporta as montanhas sem que o saibam; e as transtorna em seu furor.
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\v 6 Ele remove a terra de seu lugar, e faz suas colunas tremerem.
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\s5
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\v 7 Ele dá ordem ao sol, e ele não brilha; e sela as estrelas.
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\v 8 Ele é o que sozinho estende os céus, e anda sobre as alturas do mar.
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\v 9 Ele é o que fez a Usra, o Órion, as Plêiades, e as constelações do sul.
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\s5
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\v 10 Ele é o que faz coisas grandes e incompreensíveis, e inúmeras maravilhas.
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\v 11 Eis que ele passa diante de mim, sem que eu não o veja; ele passará diante de mim, sem que eu saiba.
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\v 12 Eis que, quando ele toma, quem pode lhe impedir? Quem poderá lhe dizer: O que estás fazendo?
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\s5
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\v 13 Deus não reverterá sua ira, e debaixo dele se encurvam os assistentes de Raabe.
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\v 14 Como poderia eu lhe responder, e escolher minhas palavras contra ele?
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\v 15 A ele, ainda que eu fosse justo, não lhe responderia; a meu juiz pediria misericórdia.
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\s5
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\v 16 Ainda que eu lhe chamasse, e ele respondesse, mesmo assim não creria que ele tivesse dado ouvidos à minha voz.
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\v 17 Pois ele tem me quebrantado com tempestade, e multiplicado minhas feridas sem causa.
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\v 18 Ele não me permite respirar; em vez disso, me farta de amarguras.
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\s5
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\v 19 Quanto às forças, eis que ele é forte; e quanto ao juízo, ele diria: Quem me convocará?
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\v 20 Ainda que eu seja justo, minha boca me condenaria; se eu fosse inocente, então ela me declararia perverso.
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\s5
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\v 21 Mesmo se eu for inocente, não estimo minha alma; desprezo minha vida.
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\v 22 É tudo a mesma coisa; por isso digo: ele consome ao inocente e ao perverso.
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\v 23 Quando o açoite mata de repente, ele ri do desespero dos inocentes.
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\v 24 A terra está entregue nas mãos dos perversos. Ele cobre o rosto de seus juízes. Se não é ele, então quem é?
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\s5
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\v 25 Meus dias foram mais rápidos que um homem que corre; fugiram, e não viram o bem.
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\v 26 Passaram como barcos de papiro, como a águia que se lança à comida.
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\s5
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\v 27 Se disser: Esquecerei minha queixa, mudarei o aspecto do meu rosto, e sorrirei,
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\v 28 Ainda teria pavor de todas as minhas dores; pois sei que não me terás por inocente.
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\v 29 Se eu já estou condenado, então para que eu sofreria em vão?
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\s5
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\v 30 Ainda que me lave com água de neve, e limpe minhas mãos com sabão,
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\v 31 Então me submergirias no fosso, e minhas próprias vestes me abominariam.
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\s5
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\v 32 Pois ele não é homem como eu, para que eu lhe responda, e venhamos juntamente a juízo.
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\v 33 Não há entre nós árbitro que ponha sua mão sobre nós ambos,
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\s5
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\v 34 Tire de sobre mim sua vara, e seu terror não me espante.
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\v 35 Então eu falaria, e não teria medo dele. Pois não está sendo assim comigo.
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\s5
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\c 10
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\v 1 Minha alma está cansada de minha vida. Darei liberdade à minha queixa sobre mim; falarei com amargura de minha alma.
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\v 2 Direi a Deus: Não me condenes; faz-me saber por que brigas comigo.
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\v 3 Parece -te bem que me oprimas, que rejeites o trabalho de tuas mãos, e favoreças o conselho dos perversos?
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\s5
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\v 4 Tens tu olhos de carne? Vês tu como o ser humano vê?
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\v 5 São teus dias como os dias do ser humano, ou teus anos como os anos do homem,
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\v 6 Para que investigues minha perversidade, e pesquises meu pecado?
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\v 7 Tu sabes que eu não sou mau; todavia ninguém há que me livre de tua mão.
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\s5
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\v 8 Tuas mãos me fizeram e me formaram por completo; porém agora tu me destróis.
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\v 9 Por favor, lembra-te que me preparaste como o barro; e me farás voltar ao pó da terra.
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\s5
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\v 10 Por acaso não me derramaste como o leite, e como o queijo me coalhaste?
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\v 11 De pele e carne tu me vestiste; e de ossos e nervos tu me teceste.
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\s5
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\v 12 Vida e misericórdia me concedeste, e teu cuidado guardou meu espírito.
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\v 13 Porém estas coisas escondeste em teu coração; eu sei que isto esteve contigo:
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\v 14 Se eu pecar, tu me observarás, e não absolverás minha culpa.
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\s5
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\v 15 Se eu for perverso, ai de mim! Mesmo se eu for justo, não levantarei minha cabeça; estou farto de desonra, e de ver minha aflição.
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\v 16 Se minha cabeça se exaltar, tu me caças como um leão feroz, e voltas a fazer em coisas extraordinárias contra mim.
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\s5
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\v 17 Renovas tuas testemunhas contra mim, e multiplicas tua ira sobre mim; combates vêm sucessivamente contra mim.
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\s5
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\v 18 Por que me tiraste da madre? Bom seria se eu não tivesse respirado, e nenhum olho me visse!
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\v 19 Teria sido como se nunca tivesse existido, e desde o ventre materno seria levado à sepultura.
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\s5
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\v 20 Por acaso não são poucos os meus dias? Cessa pois e deixa-me, para que eu tenha um pouco de alívio,
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\v 21 Antes que eu me vá para não voltar, à terra da escuridão e da sombra de morte;
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\v 22 Terra escura ao extremo, tenebrosa, sombra de morte, sem ordem alguma, onde a luz é como a escuridão.
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\s5
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\c 11
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\v 1 Então Zofar, o naamita, respondeu, dizendo:
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\v 2 Por acaso a multidão de palavras não seria respondida? E o homem falador teria razão?
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\v 3 Por acaso tuas palavras tolas faria as pessoas se calarem? E zombarias tu, e ninguém te envergonharia?
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\s5
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\v 4 Pois disseste: Minha doutrina é pura, e eu sou limpo diante de teus olhos.
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\v 5 Mas na verdade, queria eu que Deus falasse, e abrisse seus lábios contra ti,
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\v 6 E te fizesse saber os segredos da sabedoria, porque o verdadeiro conhecimento tem dois lados; por isso sabe tu que Deus tem te castigado menos que mereces por tua perversidade.
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\s5
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\v 7 Podes tu compreender os mistérios de Deus? Chegarás tu à perfeição do Todo-Poderoso?
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\v 8 Sua sabedoria é mais alta que os céus; que poderás tu fazer? E mais profunda que o mundo dos mortos; o que podes tu saber?
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\v 9 Sua medida é mais comprida que a terra, e mais larga que o mar.
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\s5
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\v 10 Se ele passar, e prender, ou se ajuntar para o julgamento, quem poderá o impedir?
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\v 11 Pois ele conhece as pessoas vãs, e vê a maldade; por acaso ele não a consideraria?
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\v 12 O homem tolo se tornará entendido quando do asno selvagem nascer um humano.
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\s5
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\v 13 Se tu preparares o teu coração, e estenderes a ele tuas mãos;
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\v 14 Se alguma maldade houver em tua mão, lança-a de ti, e não deixes a injustiça habitar em tuas tendas;
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\s5
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\v 15 Então levantarás teu rosto sem mácula; estarás firme, e não temerás;
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\v 16 E esquecerás teu sofrimento, ou lembrarás dele como de águas que já passaram;
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\v 17 E tua vida será mais clara que o meio-dia; ainda que haja trevas, tu serás como o amanhecer.
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\s5
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\v 18 E serás confiante, porque haverá esperança; olharás em redor, e repousarás seguro.
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\v 19 E te deitarás, e ninguém te causará medo; e muitos suplicarão a ti.
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\s5
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\v 20 Porém os olhos dos maus se enfraquecerão, e o refúgio deles perecerá; a esperança deles será a morte.
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\s5
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\c 12
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\v 1 Porém Jó respondeu, dizendo:
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\v 2 Verdadeiramente vós sois o povo; e convosco morrerá a sabedoria.
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\v 3 Também eu tenho entendimento como vós; e não sou inferior a vós; e quem há que não saiba coisas como essas?
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\s5
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\v 4 Eu sou o motivo de riso de meus amigos, eu que invocava a Deus, e ele me respondia; o justo e íntegro serve de riso.
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\v 5 A desgraça é menosprezada na opinião de quem está tranquilo, que está pronto para os que tropeçam com os pés.
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\v 6 As tendas dos ladrões têm descanso, e os que irritam a Deus estão seguros; os que trazem seu deus em suas mãos.
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\s5
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\v 7 Verdadeiramente pergunta agora aos animais, que eles te ensinarão; e às aves dos céus, que elas te explicarão;
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\v 8 Ou fala com a terra, que ela te ensinará; até os peixes do mar te contarão.
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\s5
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\v 9 Quem entre todas estas coisas não entende que a mão do SENHOR faz isto?
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\v 10 Em sua mão está a alma de tudo quanto vive, e o espírito de toda carne humana.
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\s5
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\v 11 Por acaso o ouvido não distingue as palavras, e o paladar prova as comidas?
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\v 12 Nos velhos está o conhecimento, e na longa idade o entendimento.
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\s5
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\v 13 Com Deus está a sabedoria e a força; o conselho e o entendimento lhe pertencem.
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\v 14 Eis que o que ele derruba não pode ser reconstruído; e ninguém pode libertar o homem a quem ele aprisiona.
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\v 15 Eis que, quando ele detém as águas, elas se secam; quando ele as deixa sair, elas transtornam a terra.
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\s5
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\v 16 Com ele está a força e a sabedoria; Seu é o que erra, e o que faz errar.
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\v 17 Ele leva os conselheiros despojados, e faz os juízes enlouquecerem.
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\v 18 Ele solta a atadura dos reis, e ata um cinto a seus lombos.
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\s5
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\v 19 Ele leva os sacerdotes despojados, e transtorna os poderosos.
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\v 20 Ele tira a fala daqueles a quem os outros confiam, e tira o juízo dos anciãos.
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\v 21 Ele derrama menosprezo sobre os príncipes, e afrouxa o cinto dos fortes.
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\s5
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\v 22 Ele revela as profundezas das trevas, e traz a sombra de morte à luz.
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\v 23 Ele multiplica as nações, e ele as destrói; ele dispersa as nações, e as reúne.
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\s5
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\v 24 Ele tira o entendimento dos líderes do povo da terra, e os faz vaguear pelos desertos, sem caminho.
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\v 25 Nas trevas andam apalpando, sem terem luz; e os faz cambalear como a bêbados.
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\s5
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\c 13
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\v 1 Eis que meus olhos têm visto tudo isto; meus ouvidos o ouviram, e entenderam.
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\v 2 Assim como vós o sabeis, eu também o sei; não sou inferior a vós.
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\s5
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\v 3 Mas eu falarei com o Todo-Poderoso, e quero me defender para com Deus.
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\v 4 Pois na verdade vós sois inventores de mentiras; todos vós sois médicos inúteis.
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\v 5 Bom seria se vos calásseis por completo, pois seria sabedoria de vossa parte.
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\s5
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\v 6 Ouvi agora meu argumento, e prestai atenção aos argumentos de meus lábios.
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\v 7 Por acaso falareis perversidade por Deus, e por ele falareis engano?
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\v 8 Fareis acepção de sua pessoa? Brigareis em defesa de Deus?
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\s5
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\v 9 Seria bom para vós se ele vos investigasse? Enganareis a ele como se engana a algum homem?
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\v 10 Certamente ele vos repreenderá, se em oculto fizerdes acepção de pessoas.
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\s5
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\v 11 Por acaso a majestade dele não vos espantará? E o temor dele não cairá sobre sobre vós?
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\v 12 Vossos conceitos são provérbios de cinzas; vossas defesas são como defesas de lama.
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\s5
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\v 13 Calai-vos diante de mim, e eu falarei; e venha sobre mim o que vier.
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\v 14 Por que tiraria eu minha carne com meus dentes, e poria minha alma em minha mão?
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\v 15 Eis que, ainda que ele me mate, nele esperarei; porém defenderei meus caminhos diante dele.
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\s5
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\v 16 Ele mesmo será minha salvação; pois o hipócrita não virá perante ele.
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\v 17 Ouvi com atenção minhas palavras, e com vossos ouvidos minha declaração.
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\s5
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\v 18 Eis que já tenho preparado minha causa; sei que serei considerado justo.
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\v 19 Quem é o que brigará comigo? Pois então eu me calaria e morreria.
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\s5
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\v 20 Somente duas coisas não faças comigo; então eu não me esconderei de teu rosto:
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\v 21 Afasta tua mão de sobre mim, e teu terror não me espante.
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\v 22 Chama, e eu responderei; ou eu falarei, e tu me responde.
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\s5
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\v 23 Quantas culpas e pecados eu tenho? Faze-me saber minha transgressão e meu pecado.
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\v 24 Por que escondes teu rosto, e me consideras teu inimigo?
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\v 25 Por acaso quebrarás a folha arrebatada pelo vento? E perseguirás a palha seca?
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\s5
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\v 26 Por que escreves contra mim amarguras, e me fazes herdar as transgressões de minha juventude?
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\v 27 Também pões meus pés no tronco, e observas todos os meus caminhos. Tu pões limites às solas dos meus pés.
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\v 28 Eu me consumo como a podridão, como uma roupa que a traça rói.
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\s5
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\c 14
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\v 1 O homem, nascido de mulher, é curto de dias, e farto de inquietação;
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\v 2 Ele sai como uma flor, e é cortado; foge como a sombra, e não permanece.
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\v 3 Contudo sobre este abres teus olhos, e me trazes a juízo contigo.
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\s5
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\v 4 Quem tirará algo puro do imundo? Ninguém.
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\v 5 Visto que seus dias já estão determinados, e contigo está o número de seus meses, tu lhe puseste limites, dos quais ele não passará.
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\v 6 Desvia-te dele, para que ele tenha repouso; até que, como o empregado, complete seu dia.
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\s5
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\v 7 Porque há ainda alguma esperança para a árvore que, se cortada, ainda se renove, e seus renovos não cessem.
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\v 8 Ainda que sua raiz se envelheça na terra, e seu tronco morra no solo,
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\v 9 Ao cheiro das águas ela brotará, e dará ramos como uma planta nova.
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\s5
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\v 10 Porém o homem morre, e se abate; depois de expirar, onde ele está?
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\v 11 As águas se vão do lago, e o rio se esgota, e se seca.
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\v 12 Assim o homem se deita, e não se levanta; até que não haja mais céus, eles não despertarão, nem se erguerão de seu sono.
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\s5
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\v 13 Queria eu me esconder no mundo dos mortos, e me ocultar até que tua ira se afastasse, e me pusesses um limite de tempo, e te lembrasses de mim!
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\v 14 Se o homem morrer, voltará a viver? Todos os dias de meu combate esperarei, até que venha minha dispensa.
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\s5
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\v 15 Tu me chamarás, e eu te responderei; e te afeiçoarás à obra de tuas mãos.
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\v 16 Pois então tu contarias meus passos, e não ficarias vigiando meu pecado.
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\v 17 Minha transgressão estaria selada numa bolsa, e tu encobririas minhas perversidades.
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\s5
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\v 18 E assim como a montanha cai e é destruída, e a rocha muda de seu lugar,
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\v 19 E a água desgasta as pedras, e as enxurradas levam o pó da terra, assim também tu fazes perecer a esperança do homem.
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\s5
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\v 20 Sempre prevaleces contra ele, e ele passa; tu mudas o aspecto de seu rosto, e o despedes.
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\v 21 Se seus filhos vierem a ter honra, ele não saberá; se forem humilhados, ele não perceberá.
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\v 22 Ele apenas sente as dores em sua própria carne, e lamenta por sua própria alma.
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\s5
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\c 15
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\v 1 Então Elifaz, o temanita, respondeu, dizendo:
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\v 2 Por acaso o sábio dará como resposta vão conhecimento, e encherá seu ventre de vento oriental?
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\v 3 Repreenderá com palavras que nada servem, e com argumentos que de nada aproveitam?
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\s5
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\v 4 Porém tu destróis o temor, e menosprezas a oração diante de Deus.
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\v 5 Pois tua perversidade conduz tua boca, e tu escolheste a língua dos astutos.
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\v 6 Tua boca te condena, e não eu; e teus lábios dão testemunho contra ti.
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\s5
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\v 7 Por acaso foste tu o primeiro ser humano a nascer? Ou foste gerado antes dos morros?
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\v 8 Ouviste tu o segredo de Deus? Reténs tu apenas contigo a sabedoria?
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\v 9 O que tu sabes que nós não saibamos? O que tu entendes que não tenhamos entendido?
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\s5
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\v 10 Entre nós também há os que tenham cabelos grisalhos, também há os que são muito mais idosos que teu pai.
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\v 11 Por acaso as consolações de Deus te são poucas? As mansas palavras voltadas a ti?
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\s5
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\v 12 Por que o teu coração te arrebata, e por que centelham teus olhos,
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\v 13 Para que vires teu espírito contra Deus, e deixes sair tais tais palavras de tua boca?
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\v 14 O que é o homem, para que seja puro? E o nascido de mulher, para que seja justo?
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\s5
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\v 15 Eis que Deus não confia em seus santos, nem os céus são puros diante de seus olhos;
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\v 16 Quanto menos o homem, abominável e corrupto, que bebe a maldade como água?
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\s5
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\v 17 Escuta-me; eu te mostrarei; eu te contarei o que vi.
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\v 18 (O que os sábios contaram, o que não foi encoberto por seus pais,
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\s5
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\v 19 A somente os quais a terra foi dada, e estranho nenhum passou por meio deles):
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\v 20 Todos os dias do perverso são sofrimento para si, o número de anos reservados ao opressor.
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\v 21 Ruídos de horrores estão em seus ouvidos; até na paz lhe sobrevém o assolador.
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\s5
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\v 22 Ele não crê que voltará da escuridão; ao contrário, a espada o espera.
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\v 23 Anda vagueando por comida, onde quer que ela esteja. Ele sabe que o dia das trevas está prestes a acontecer.
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\v 24 Angústia e aflição o assombram, e prevalecem contra ele como um rei preparado para a batalha;
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\s5
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\v 25 Porque ele estendeu sua mão contra Deus, e se embraveceu contra o Todo-Poderoso,
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\v 26 Corre contra ele com dureza de pescoço, e como seus escudos grossos e levantados.
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\s5
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\v 27 Porque cobriu seu rosto com sua gordura, e engordou as laterais de seu corpo.
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\v 28 E habitou em cidades desoladas cidades, em casas desabitadas; que estavam prestes a desmoronar.
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\s5
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\v 29 Ele não enriquecerá, nem seu patrimônio subsistirá, nem suas riquezas se estenderão pela terra.
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\v 30 Não escapará das trevas; a chama secará seus ramos, e ao sopro de sua boca desparecerá.
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\s5
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\v 31 Não confie ele na ilusão para ser enganado; pois a sua recompensa será nada.
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\v 32 Não sendo ainda seu tempo, ela se cumprirá; e seu ramo não florescerá.
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\v 33 Sacudirá suas uvas antes de amadurecerem como a vide, e derramará sua flor como a oliveira.
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\s5
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\v 34 Pois a ajuntamento dos hipócritas será estéril, e fogo consumirá as tendas do suborno.
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\v 35 Eles concebem a maldade, e dão à luz a perversidade; e o ventre deles prepara enganos.
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\s5
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\c 16
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\v 1 Porém Jó respondeu, dizendo:
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\v 2 Ouvi muitas coisas como estas; todos vós sois consoladores miseráveis.
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\v 3 Por acaso terão fim as palavras de vento? Ou o que é que te provoca a responderes?
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\s5
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\v 4 Também eu poderia falar como vós, se vossa alma estivesse no lugar da minha alma; eu poderia amontoar palavras contra vós, e contra vós sacudir minha cabeça.
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\v 5 Porém eu vos confortaria com minha boca, e a consolação de meus lábios serviria para aliviar.
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\s5
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\v 6 Ainda que eu fale, minha dor não cessa; e se eu me calar, em que me alivio?
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\v 7 Na verdade agora ele me tornou exausto; tu assolaste toda a minha companhia.
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\v 8 Testemunha disto é que já me enrugaste; e minha magreza já se levanta contra mim para em meu rosto dar testemunho contra mim.
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\s5
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\v 9 Sua ira me despedaça, e ele me odeia; range seus dentes contra mim; meu adversário aguça seus olhos contra mim.
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\v 10 Abrem sua boca contra mim; com desprezo esbofeteiam meu rosto, e todos se ajuntam contra mim.
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\s5
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\v 11 Deus me entregou ao perverso, e me fez cair nas mãos dos malignos.
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\v 12 Tranquilo eu estava, porém ele me quebrantou; e pegou-me pelo pescoço, e me despedaçou; e fez de mim seu alvo de pontaria.
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\s5
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\v 13 Seus flecheiros me cercaram-me, partiu meus rins, e não me poupou; meu fel derramou em terra.
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\v 14 Quebrantou-me de quebrantamento sobre quebrantamento; correu contra mim como um guerreiro.
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\s5
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\v 15 Costurei saco sobre minha pele, e revolvi minha cabeça no pó.
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\v 16 Meu rosto está vermelho de choro, e minhas pálpebras estão escurecidas ao extremo;
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\v 17 Apesar de não haver injustiça em minhas mãos, e de minha oração ser pura.
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\s5
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\v 18 Ó terra! Não cubras o meu sangue, e não haja lugar para meu clamor!
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\v 19 Eis que mesmo agora minha testemunha está nos céus, e meu defensor nas alturas.
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\s5
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\v 20 Meus amigos zombam de mim, mas meus olhos estão derramando para Deus.
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\v 21 Ah, se fosse possível defender a causa com Deus em favor do homem, como o filho do homem em favor de seu amigo!
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\v 22 Pois poucos anos restam, e seguirei o caminho por onde não voltarei.
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\s5
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\c 17
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\v 1 Meu espírito está arruinado, meus dias vão se extinguindo, e a sepultura já etá pronta para mim.
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\v 2 Comigo há ninguém além de zombadores, e meus olhos são obrigados a ficar diante de suas provocações.
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\v 3 Concede-me, por favor, uma garantia para comigo; quem outro há que me dê a mão?
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\s5
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\v 4 Pois aos corações deles tu encobriste do entendimento; portanto não os exaltarás.
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\v 5 Aquele que denuncia a seus amigos em proveito próprio, também os olhos de seus filhos desfalecerão.
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\s5
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\v 6 Ele tem me posto por ditado de povos, e em meu rosto é onde eles cospem.
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\v 7 Por isso meus olhos se escureceram de mágoa, e todos os membros de meu corpo são como a sombra.
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\v 8 Os íntegros pasmarão sobre isto, e o inocente se levantará contra o hipócrita.
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\s5
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\v 9 E o justo prosseguirá seu caminho, e o puro de mãos crescerá em força.
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\v 10 Mas, na verdade, voltai-vos todos vós, e vinde agora, pois sábio nenhum acharei entre vós.
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\s5
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\v 11 Meus dias se passaram, meus pensamentos foram arrancados, os desejos do meu coração.
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\v 12 Tornaram a noite em dia; a luz se encurta por causa das trevas.
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\s5
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\v 13 Se eu esperar, o mundo dos mortos será minha casa; nas trevas estenderei minha cama.
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\v 14 À cova chamo: Tu és meu pai; e aos vermes: Vós sois minha mãe e minha irmã.
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\v 15 Onde pois estaria agora minha esperança? E minha esperança quem a poderá ver?
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\v 16 Descerão aos ferrolhos do mundo dos mortos? Descansaremos juntos no pó da terra?
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\s5
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\c 18
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\v 1 Então Bildade, o suíta, respondeu, dizendo:
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\v 2 Quando é que dareis fim às palavras? Prestai atenção, e então falaremos.
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\s5
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\v 3 Por que somos considerados animais, e tolos em vossos olhos?
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\v 4 Ó tu, que despedaças tua alma com tua ira; será a terra abandonada por tua causa, e será movida a rocha de seu lugar?
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\s5
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\v 5 Na verdade, a luz dos perverso se apagará, e a faísca de seu fogo não brilhará.
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\v 6 A luz se escurecerá em sua tenda, e sua lâmpada sobre ele se apagará.
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\s5
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\v 7 Os seus passos fortes serão encurtados, e seu próprio intento o derrubará.
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\v 8 Pois será lançado à rede pelos seus próprios pés, e sobre fios enredados andará.
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\s5
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\v 9 Laço o pegará pelo calcanhar; a armadilha o prenderá.
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\v 10 Uma corda lhe está escondida debaixo da terra, e uma armadilha para ele está no caminho.
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\v 11 Assombros o espantarão ao redor, e o farão correr por onde seus passos forem.
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\s5
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\v 12 Sua força se tornará em fome, e a perdição está pronta ao seu lado.
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\v 13 Partes de sua pele serão consumidas; o primogênito da morte devorará os membros de seu corpo.
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\s5
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\v 14 Será arrancado de sua tenda em que confiava, e será levado ao rei dos assombros.
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\v 15 Em sua tenda morará o que não é seu; enxofre se espalhará sobre a sua morada.
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\s5
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\v 16 Por debaixo suas raízes se secarão, e por cima seus ramos serão cortados.
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\v 17 Sua memória perecerá da terra, e não terá nome pelas ruas.
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\s5
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\v 18 Será lançado da luz para as trevas, e expulso será do mundo.
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\v 19 Não terá filho nem neto entre seu povo, nem sobrevivente em suas moradas.
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\v 20 Os do ocidente se espantarão com o seu dia, e os do oriente ficarão horrorizados.
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\s5
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\v 21 Assim são as moradas do perverso, e este é o lugar daquele que não reconhece a Deus.
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\s5
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\c 19
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\v 1 Porém Jó respondeu dizendo:
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\v 2 Até quando atormentareis minha alma, e me quebrantareis com palavras?
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\s5
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\v 3 Já dez vezes me humilhastes; não tendes vergonha em me maltratar.
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\v 4 Mesmo se eu tiver errado, meu erro cabe apenas a mim.
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\s5
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\v 5 Visto que vos exaltais contra mim, e contra mim usais minha desgraça,
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\v 6 Sabei, pois, que foi Deus que me transtornou, e com sua rede me cercou.
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\s5
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\v 7 Eis que eu clamo: Violência! Porém não sou respondido; grito, porém não há justiça.
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\v 8 Ele entrincheirou meu caminho, de modo que não consigo passar; e pôs trevas sobre minhas veredas.
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\v 9 Ele me despojou de minha honra, e tirou a coroa de minha cabeça.
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\s5
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\v 10 Ele me derrubou por todos os lados, e pereço; e arrancou minha esperança como a uma árvore.
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\v 11 E fez inflamar contra mim sua ira, e me considerou para consigo como a um de seus inimigos.
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\v 12 Juntas vieram suas tropas; prepararam contra mim seu caminho, e se acamparam ao redor de minha tenda.
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\s5
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\v 13 Ele afastou meus irmãos para longe de mim; e os que me conheciam agora me estranham.
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\v 14 Meus parentes me deixaram, e meus conhecidos se esqueceram de mim.
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\s5
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\v 15 Os moradores de minha casa e minhas servas me tiveram por estranho; estrangeiro me tornei em seus olhos.
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\v 16 Chamei a meu servo, e ele não respondeu; de minha própria boca eu lhe suplicava.
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\s5
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\v 17 Meu hálito é estranho à minha mulher, e sou repugnante aos filhos de minha mãe.
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\v 18 Até os meninos me desprezam; quando eu me levanto, falam contra mim.
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\v 19 Todos os meus amigos próximos me abominam; e até aqueles que eu amava se viraram contra mim.
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\s5
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\v 20 Meus ossos se grudaram à minha pele e à minha carne; e escapei só com a pele de meus dentes.
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\v 21 Compadecei-vos de mim, meus amigos, compadecei-vos de mim; pois a mão de Deus me tocou.
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\v 22 Por que vós me perseguis como Deus, e não vos fartais de minhas carne?
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\s5
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\v 23 Ah se minhas palavras fossem escritas! Ah se fossem escritas em um livro!
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\v 24 Que com ponta de ferro e com chumbo fossem esculpidas em pedra para sempre!
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\s5
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\v 25 Pois eu sei que meu Redentor vive, e ao fim se levantará sobre a terra;
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\v 26 E mesmo depois de consumida minha pele, então em minha carne verei a Deus;
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\v 27 Ao qual eu verei para mim, e meus olhos o verão, e não outro. Isto é o que minhas entranhas anseiam dentro de mim.
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\s5
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\v 28 Se disserdes: Como o perseguiremos? Pois a raiz do problema se acha em mim,
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\v 29 Temei vós mesmos a espada; pois furor há nos castigos pela espada; para que assim saibais que haverá julgamento.
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\s5
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\c 20
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\v 1 E Zofar, o naamita, respondeu, dizendo:
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\v 2 Por isso meus meus pensamentos me fazem responder; por causa da agitação dentro de mim.
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\v 3 Eu ouvi a repreensão que me envergonha; mas o espírito desde o meu entendimento responderá por mim.
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\s5
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\v 4 Por acaso não sabes isto, que foi desde a antiguidade, desde que o ser humano foi posto no mundo?
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\v 5 Que o júbilo dos perversos é breve, e a alegria do hipócrita dura apenas um momento?
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\s5
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\v 6 Ainda que sua altura subisse até o céu, e sua cabeça chegasse até as nuvens,
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\v 7 Mesmo assim com o seu excremento perecerá para sempre; os que houverem o visto, dirão: Onde ele está?
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\s5
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\v 8 Como um sonho voará, e não será achado; e será afugentado como a visão noturna.
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\v 9 O olho que já o viu nunca mais o verá; nem seu lugar olhará mais para ele.
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\s5
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\v 10 Seus filhos procurarão o favor dos pobres; e suas mãos devolverão a sua riqueza.
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\v 11 Seus ossos estão cheios de sua juventude, que juntamente com ele se deitará no pó.
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\s5
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\v 12 Se o mal é doce em sua boca, e o esconde debaixo de sua língua;
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\v 13 Se o guarda para si, e não o abandona; ao contrário, o retém em sua boca.
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\v 14 Sua comida se mudará em suas entranhas, veneno de cobras será em seu interior.
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\s5
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\v 15 Engoliu riquezas, porém as vomitará; Deus as tirará de seu ventre.
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\v 16 Veneno de cobras subará; língua de víbora o matará.
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\s5
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\v 17 Não verá correntes, rios, e ribeiros de mel e de manteiga.
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\v 18 Restituirá o trabalho e não o engolirá; da riqueza de seu comério não desfrutará.
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\v 19 Pois oprimiu e desamparou aos pobres; roubou a casa que não edificou;
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\s5
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\v 20 Por não ter sentido sossego em seu ventre, nada preservará de sua tão desejada riqueza.
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\v 21 Nada lhe restou para que devorasse; por isso sua riqueza não será duradoura.
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\v 22 Estando cheio de sua fartura, ainda estará angustiado; todo o poder da miséria virá sobre ele.
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\s5
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\v 23 Quando ele estiver enchendo seu vendre, Deus mandará sobre ele o ardor de sua ira, e a choverá sobre ele em sua comida.
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\v 24 Ainda que fuja das armas de ferro, o arco de bronze o atravessará.
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\v 25 Ele a tirará de seu corpo, e a ponta brilhante atingirá seu fígado; haverá sobre ele assombros.
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\s5
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\v 26 Todas as trevas estão reservadas para seus tesouros escondidos; um fogo não assoprado o consumirá; acabará com o que restar em sua tenda.
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\v 27 Os céus revelarão sua maldade, e a terra se levantará contra ele.
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\s5
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\v 28 As riquezas de sua casa serão transportadas; nos dias de sua ira elas se derramarão.
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\v 29 Esta é a parte que Deus dá ao homem perverso, a herança que Deus lhe prepara.
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\s5
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\c 21
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\v 1 Porém Jó respondeu, dizendo:
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\v 2 Ouvi atentamente minhas palavras, e seja isto vossas consolações.
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\v 3 Suportai-me, e eu falarei; e depois de eu ter falado, então zombai.
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\s5
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\v 4 Por acaso eu me queixo de algum ser humano? Porém ainda que assim fosse, por que meu espírito não se angustiaria?
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\v 5 Olhai-me, e espantai-vos; e ponde a mão sobre a boca.
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\v 6 Pois quando eu me lembro disto, me assombro, e minha carne é tomada de tremor.
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\s5
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\v 7 Por que razão os perversos vivem, envelhecem, e ainda crescem em poder?
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\v 8 Seus filhos progridem com eles diante de seus rostos; e seus descendentes diante de seus olhos.
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\v 9 Suas casas têm paz, sem temor, e a vara de Deus não está contra eles.
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\s5
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\v 10 Seus touros procriam, e não falham; suas vacas geram filhotes, e não abortam.
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\v 11 Suas crianças saem como um rebanho, e seus filhos saem dançando.
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\v 12 Levantam a voz ao som de tamboril e de harpa e se alegram ao som de flauta.
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\s5
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\v 13 Em prosperidade gastam seus dias, e em um momento descem ao mundo dos mortos.
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\v 14 Assim dizem a Deus: Afasta-te de nós, porque não queremos conhecer teus caminhos.
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\v 15 Quem é o Todo-Poderoso, para que o sirvamos? E de que nos aproveitará que oremos a ele?
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\s5
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\v 16 Eis que sua prosperidade não se deve às mãos deles. Longe de mim esteja o conselho dos perversos!
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\v 17 Quantas vezes sucede que a lâmpada dos perversos se apaga, e sua perdição vem sobre eles, e Deus em sua ira lhes reparte dores?
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\v 18 Eles serão como palha diante do vento, como o restos de palha que o turbilhão arrebata.
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\s5
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\v 19 Vós dizeis: Deus guarda sua violência para seus filhos. Que Deus pague ao próprio perverso, para que o conheça.
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\v 20 Seus olhos vejam sua ruína, e beba da ira do Todo-Poderoso.
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\v 21 Pois que interesse teria ele em sua casa depois de si, quando o número for cortado o número de seus meses?
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\s5
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\v 22 Poderia alguém ensinar conhecimento a Deus, que julga até os que estão no alto?
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\v 23 Alguém morre na sua força plena, estando todo tranquilo e próspero,
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\v 24 Seus baldes estando cheios de leite, e o tutano de seus ossos umedecido.
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\s5
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\v 25 Porém outro morre com amargura de alma, nunca tendo experimentado a prosperidade.
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\v 26 Juntamente jazem no pó, e os vermes os cobrem.
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\s5
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\v 27 Eis que eu sei vossos pensamentos, e os mais intentos que planejais contra mim.
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\v 28 Porque dizeis: Onde está a casa do príncipe?, e: Onde está tenda das moradas dos perversos?
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\s5
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\v 29 Por acaso não perguntastes aos que passam pelo caminho, e não conheceis seus sinais?
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\v 30 Que os maus são preservados no dia da destruição, e são livrados no dia das fúrias?
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\s5
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\v 31 Quem lhe denunciará seu caminho em sua face? E quem lhe pagará pelo que ele fez?
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\v 32 Finalmente ele é levado à sepultura, e no túmulo fazem vigilância.
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\v 33 Os torrões do vale lhe são doces; e todos o seguem; e adiante dele estão inúmeros.
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\s5
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\v 34 Como, pois, me consolais em vão, já que vossas em vossas respostas só resta falsidade?
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\s5
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\c 22
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\v 1 Então Elifaz, o temanita, respondeu, dizendo:
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\v 2 Por acaso o homem será de algum proveito a Deus? Pode ele se beneficiar de algum sábio?
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\v 3 É útil ao Todo-Poderoso que sejas justo? Ganha ele algo se os teus caminhos forem íntegros?
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\s5
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\v 4 Acaso ele te repreende e vem contigo a juízo por causa da tua reverência?
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\v 5 Ou não será por causa de tua grande malícia, e de tuas maldades que não têm fim?
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\s5
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\v 6 Porque tomaste penhor a teus irmãos sem causa, e foste tu que tiraste as roupas dos nus.
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\v 7 Não deste de beber água ao cansado, e negaste o pão ao faminto.
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\v 8 Porém o homem poderoso teve a terra; e o homem influente habitava nela.
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\s5
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\v 9 Às viúvas despediste vazias, e os braços dos órfãos foram quebrados.
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\v 10 Por isso que há laços ao redor de ti, e espanto repentino te perturbou;
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\v 11 Ou trevas, para que não vejas; e inundação de água te cobre.
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\s5
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\v 12 Por acaso Deus não está na altura dos céus? Olha, pois, para o cume das estrelas, como estão elevadas.
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\v 13 Porém tu dizes: O que Deus sabe? Como ele julgará por entre a escuridão?
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\v 14 As nuvens são seu esconderijo, e ele não vê; ele passeia pela abóbada do céu.
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\s5
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\v 15 Por acaso deste atenção para o velho caminho que pisaram os homens injustos?
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\v 16 Tais foram cortados antes de tempo; sobre o fundamento deles foi derramada uma enchente.
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\v 17 Eles diziam a Deus: Afasta-te de nós! O que o Todo-Poderoso pode fazer por nós?
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\s5
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\v 18 Sendo ele o que havia enchido suas casas de bens. Seja, porém, longe de mim o conselho dos perversos.
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\v 19 Os justos virão e se alegrarão; e o inocente os escarnecerá,
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|
\v 20 Dizendo: Certamente nossos adversários foram destruídos, e o que sobrou deles o fogo consumiu.
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\s5
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\v 21 Reconcilia-te, pois, com Deus, e terás paz; assim o bem virá a ti.
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\v 22 Aceita, pois, a instrução de sua boca, e põe suas palavras em teu coração.
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\s5
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\v 23 Se te converteres ao Todo-Poderoso, serás edificado; se afastares a maldade de tua tenda,
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\v 24 E lançares teu ouro no pó, o ouro de Ofir junto às rochas dos ribeiros,
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\v 25 Então o próprio Todo-Poderoso será teu ouro, e tua prata maciça.
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\s5
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\v 26 Porque então te deleitarás no Todo-Poderoso, e levantarás teu rosto a Deus.
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\v 27 Orarás a ele, e ele te ouvirá; e tu lhe pagarás teus votos.
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\v 28 Aquilo que tu determinares se cumprirá a ti, e em teus caminhos a luz brilhará.
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\s5
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\v 29 Quando alguém for abatido, e tu disseres: Haja exaltação, Então Deus salvará ao humilde.
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\v 30 Ele libertará até ao que não é inocente, que será livrado pela pureza de tuas mãos.
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\s5
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\c 23
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\v 1 Porém Jó respondeu, dizendo:
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\v 2 Até hoje minha queixa é uma amargura; a mão de Deus sobre mim é mais pesada que meu gemido.
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\s5
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\v 3 Ah se eu soubesse como poderia achá-lo! Então eu me chegaria até seu trono.
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\v 4 Apresentaria minha causa diante dele, e encheria minha boca de argumentos.
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\v 5 Eu saberia as palavras que ele me responderia, e entenderia o que me diria.
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\s5
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\v 6 Por acaso ele brigaria comigo com seu grande poder? Não, pelo contrário, ele me daria atenção.
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\v 7 Ali o íntegro pleitearia com ele, e eu me livraria para sempre de meu Juiz.
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\s5
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\v 8 Eis que se eu for ao oriente, ele não está ali; se for ao ocidente, e não o percebo;
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\v 9 Se ao norte ele opera, eu não o vejo; se ele se esconde ao sul, não o enxergo.
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\s5
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\v 10 Porém ele conhece meu caminho: Provar-me-á, e sairei como ouro.
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\v 11 Meus pés seguiram seus passos; guardei seu caminho, e não me desviei.
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\v 12 Nunca retirei de mim o preceito de seus lábios, e guardei as palavras de sua boca mais que minha porção de comida.
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\s5
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\v 13 Porém se ele está decidido, quem poderá o desviar? O que sua alma quiser, isso fará.
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\v 14 Pois ele cumprirá o que está determinado para mim; ele ainda tem muitas coisas como estas consigo.
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\s5
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\v 15 Por isso eu me perturbo em sua presença. Quando considero isto, tenho medo dele.
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\v 16 Deus enfraqueceu meu coração; o Todo-Poderoso tem me perturbado.
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\v 17 Pois não estou destruído por causa das trevas, nem por causa da escuridão que encobriu meu rosto.
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\s5
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\c 24
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\v 1 Por que os tempos não são marcados pelo Todo-Poderoso? Por que os que o conhecem não veem seus dias?
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\s5
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\v 2 Há os que mudam os limites de lugar, roubam rebanhos, e os apascentam.
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\v 3 Levam o asno do órfão; penhoram o boi da viúva.
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\v 4 Desviam do caminho aos necessitados; os pobres da terra juntos se escondem.
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\s5
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\v 5 Eis que como asnos selvagens no deserto eles saem a seu trabalho buscando insistentemente por comida; o deserto dá alimento a ele e a seus filhos.
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\v 6 No campo colhem sua forragem, e vindimam a vinha do perverso.
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\v 7 Passam a noite nus, por falta de roupa; sem terem coberta contra o frio.
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\s5
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\v 8 Pelas correntes das montanhas são molhados e, não tendo abrigo, abraçam-se às rochas.
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\v 9 Há os que arrancam ao órfão do peito, e do pobre tomam penhor.
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\v 10 Ao nus fazem andar sem vestes, e fazem os famintos carregarem feixes.
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\s5
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\v 11 Entre suas paredes espremem o azeite; pisam os lagares, e ainda têm sede.
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\v 12 Desde a cidade as pessoas gemem, e as almas dos feridos clamam; Mas Deus não dá atenção ao erro.
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\s5
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\v 13 Há os que se opõem à luz; não conhecem seus caminhos, nem permanecem em suas veredas.
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\v 14 De manhã o homicida se levanta, mata ao pobre e ao necessitado, e de noite ele age como ladrão.
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\s5
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\v 15 O olho do adúltero aguarda o crepúsculo, dizendo: Olho nenhum me verá; E esconde seu rosto.
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\v 16 Nas trevas vasculham as casas, de dia eles se trancam; não conhecem a luz.
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\v 17 Porque a manhã é para todos eles como sombra de morte; pois são conhecidos dos pavores de sombra de morte.
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\s5
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\v 18 Ele é ligeiro sobre a superfície das águas; maldita é sua porção sobre a terra; não se vira para o caminho das vinhas.
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\v 19 A seca e o calor desfazem as águas da neve; assim também o mundo dos mortos faz aos que pecaram.
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\s5
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\v 20 A mãe se esquecerá dele; doce será para os vermes; nunca mais haverá memória dele, e a perversidade será quebrada como um árvore.
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\v 21 Aflige à mulher estéril, que não dá à luz; e nenhum bem faz à viúva.
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\s5
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\v 22 Mas Deus arranca aos poderosos com seu poder; quando Deus se levanta, não há vida segura.
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\v 23 Se ele lhes dá descanso, nisso confiam; mas os olhos de Deus estão postos nos caminhos deles.
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\s5
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\v 24 São exaltados por um pouco de tempo, mas logo desaparecem; são abatidos, encerrados como todos, e cortados como cabeças das espigas.
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\v 25 Se não é assim, quem me desmentirá, ou anulará minhas palavras?
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\s5
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\c 25
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\v 1 Então Bildade, o suíta, respondeu, dizendo:
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\v 2 O domínio e o temor estão com ele; ele faz paz em suas alturas.
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\v 3 Por acaso suas tropas têm número? E sobre quem não se levanta sua luz?
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\s5
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\v 4 Como, pois, o ser humano seria justo para com Deus? E como seria puro aquele que nasce de mulher?
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\v 5 Eis que até a luz não tem brilho; nem as estrelas são puras diante de seus olhos.
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\v 6 Quanto menos o ser humano, que é uma larva, e o filho de homem, que é um verme.
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\s5
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\c 26
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\v 1 Porém Jó respondeu, dizendo:
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\v 2 Como tende ajudado ao que não tem força, e sustentado ao braço sem vigor!
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\v 3 Como tende aconselhado ao que não tem conhecimento, e lhe explicaste detalhadamente a verdadeira causa!
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\v 4 A quem tens dito tais palavras? E de quem é o espírito que sai de ti?
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\s5
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\v 5 Os mortos tremem debaixo das águas com os seus moradores.
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\v 6 O mundo dos mortos está nu diante de Deus, e não há cobertura para a perdição.
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\s5
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\v 7 Ele estende o norte sobre o vazio, suspende a terra sobre o nada.
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\v 8 Ele amarra as águas em suas nuvens, todavia a nuvem não se rasga debaixo dela.
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\s5
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\v 9 Ele encobre a face de seu trono, e sobre ele estende sua nuvem.
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\v 10 Ele determinou limite à superfície das águas, até a fronteira entre a luz e as trevas.
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\s5
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\v 11 As colunas do céu tremem, e se espantam por sua repreensão.
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\v 12 Ele agita o mar com seu poder, e com seu entendimento fere abate a Raabe.
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\s5
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\v 13 Por seu Espírito adornou os céus; sua mão perfurou a serpente veloz.
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\v 14 Eis que estas são somente as bordas de seus caminhos; e quão pouco é o que temos ouvido dele! Quem, pois, entenderia o trovão de seu poder?
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\s5
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\c 27
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\v 1 E Jó prosseguiu em falar seu discurso, e disse:
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\v 2 Vive Deus, que tirou meu direito, o Todo-Poderoso, que amargou minha alma,
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\v 3 Que enquanto meu fôlego estiver em mim, e o sopro de Deus em minhas narinas,
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\s5
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\v 4 Meus lábios não falarão injustiça, nem minha língua pronunciará engano.
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\v 5 Nunca aconteça que eu diga que vós estais certos; até eu morrer nunca tirarei de mim minha integridade.
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\s5
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\v 6 Eu me apegarei à minha justiça, e não a deixarei ir; meu coração não terá de que me acusar enquanto eu viver.
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\v 7 Seja meu inimigo como o perverso, e o que se levantar contra mim como o injusto.
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\s5
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\v 8 Pois qual é a esperança do hipócrita quando ele for cortado, quando Deus arrancar sua alma?
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\v 9 Por acaso Deus ouvirá seu clamor quando a aflição vier sobre ele?
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\v 10 Ele se deleitará no Todo-Poderoso? Invocará a Deus a todo tempo?
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\s5
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\v 11 Eu vos ensinarei acerca da mão de Deus; não esconderei o que há com o Todo-Poderoso.
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\v 12 Eis que todos vós tendes visto isso; então por que vos deixais enganar por ilusão?
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\s5
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\v 13 Esta é a porção do homem perverso para com Deus, a herança que os violentos receberão do Todo-Poderoso:
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\v 14 Se seus filhos se multiplicarem, serão para a espada; e seus descendentes não se fartarão de pão;
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\s5
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\v 15 Os que lhe restarem, pela praga serão sepultados; e suas viúvas não chorarão.
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\v 16 Se ele amontoar prata como o pó da terra, e se preparar roupas como lama,
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\v 17 Mesmo ele tendo preparado, é o justo que se vestirá, e o inocente repartirá a prata.
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\s5
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\v 18 Ele constrói sua casa como a traça, como uma barraca feita por um vigilante.
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\v 19 O rico dormirá, mas não será recolhido; ele abrirá seus olhos, e nada mais há para si.
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\s5
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\v 20 Medos o tomarão como águas; um turbilhão o arrebatará de noite.
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\v 21 O vento oriental o levará, e ele partirá; e toma-o de seu lugar.
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\s5
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\v 22 E o atacará sem o poupar, enquanto ele tenta fugir de seu poder.
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\v 23 Baterá palmas por causa dele, e desde seu lugar lhe assoviará.
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\s5
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\c 28
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\v 1 Certamente há minas para a prata, e o ouro lugar onde o derretem.
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\v 2 O ferro é tirado do solo, e da pedra se funde o cobre.
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\s5
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\v 3 O homem põe fim às trevas, e investiga em toda extremidade, as pedras que estão na escuridão e nas mais sombrias trevas.
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\v 4 Abre um poço onde não há morador, lugares esquecidos por quem passa a pé; pendurados longe da humanidade, vão de um lado para o outro.
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\s5
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\v 5 Da terra o pão procede, e por debaixo ela é transformada como que pelo fogo.
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\v 6 Suas pedras são o lugar da safira, e contém pó de ouro.
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\s5
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\v 7 A ave de rapina não conhece essa vereda; os olhos do falcão não a viram.
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\v 8 Os filhotes de animais ferozes nunca a pisaram, nem o feroz leão passou por ela.
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\s5
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\v 9 O homem põe sua mão no rochedo, e revolve os montes desde a raiz.
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\v 10 Cortou canais pelas rochas, e seus olhos veem tudo o que é precioso.
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\v 11 Ele tapa os rios desde suas nascentes, e faz o oculto sair para a luz.
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\s5
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\v 12 Porém onde se achará a sabedoria? E onde está o lugar da inteligência?
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\v 13 O ser humano não conhece o valor dela, nem ela é achada na terra dos viventes.
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\v 14 O abismo diz: Não está em mim; E o mar diz: Nem comigo.
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\s5
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\v 15 Nem por ouro fino se pode comprar, nem se pesar em troca de prata.
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\v 16 Não pode ser avaliada com ouro de Ofir, nem com ônix precioso, nem com safira.
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\v 17 Não se pode comparar com ela o ouro, nem o cristal; nem se pode trocar por joia de ouro fino.
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\s5
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\v 18 De coral nem de quartzo não se fará menção; porque o preço da sabedoria é melhor que o de rubis.
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\v 19 O topázio de Cuxe não se pode comparar com ela; nem pode ser avaliada com o puro ouro fino.
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\s5
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\v 20 De onde, pois, vem a sabedoria? E onde está o lugar da inteligência?
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\v 21 Porque encoberta está aos olhos de todo vivente, e é oculta a toda ave do céu.
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\v 22 O perdição e a morte dizem: Com nossos ouvidos ouvimos sua fama.
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\s5
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\v 23 Deus entende o caminho dela, e ele conhece seu lugar.
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\v 24 Porque ele enxerga até os confins da terra, e vê tudo o que há debaixo de céus.
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\v 25 Quando ele deu peso ao vento, e estabeleceu medida para as águas;
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\s5
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\v 26 Quando ele fez lei para a chuva, e caminho para o relâmpago dos trovões,
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\v 27 Então ele a viu, e relatou; preparou-a, e também a examinou.
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\v 28 E disse ao homem: Eis que o temor ao Senhor é a sabedoria, e o desviar-se do mal é a inteligência.
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\s5
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\c 29
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\v 1 E Jó continuou a falar seu discurso, dizendo:
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\v 2 Ah quem me dera que fosse como nos meses passados! Como nos dias em que Deus me guardava!
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\v 3 Quando ele fazia brilhar sua lâmpada sobre minha cabeça, e eu com sua luz caminhava pelas trevas,
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\s5
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\v 4 Como era nos dias de minha juventude, quando a amizade de Deus estava sobre minha tenda;
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\v 5 Quando o Todo-Poderoso ainda estava comigo, meus filhos ao redor de mim;
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\v 6 Quando eu lavava meus passos com manteiga, e da rocha me corriam ribeiros de azeite!
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\s5
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\v 7 Quando eu saía para a porta da cidade, e na praça preparava minha cadeira,
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\v 8 Os rapazes me viam, e abriam caminho; e os idosos se levantavam, e ficavam em pé;
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\s5
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\v 9 Os príncipes se detinham de falar, e punham a mão sobre a sua boca;
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\v 10 A voz dos líderes se calava, e suas línguas se apegavam a céu da boca;
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\s5
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\v 11 O ouvido que me ouvia me considerava bem-aventurado, e o olho que me via dava bom testemunho de mim.
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\v 12 Porque eu livrava ao pobre que clamava, e ao órfão que não tinha quem o ajudasse.
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\v 13 A bênção do que estava a ponto de morrer vinha sobre mim; e eu fazia o coração da viúva ter grande alegria.
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\s5
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\v 14 Vestia-me de justiça, e ela me envolvia; e meu juízo era como um manto e um turbante.
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\v 15 Eu era olhos para o cego, e pés para o manco.
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\v 16 Aos necessitados eu era pai; e a causa que eu não sabia, investigava com empenho.
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\s5
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\v 17 E quebrava os queixos do perverso, e de seus dentes tirava a presa.
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\v 18 E eu dizia: Em meu ninho expirarei, e multiplicarei meus dias como areia.
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\v 19 Minha raiz se estendia junto às águas, e o orvalho ficava de noite em meus ramos.
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\s5
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\v 20 Minha honra se renovava em mim, e meu arco se revigorava em minha mão.
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\v 21 Ouviam-me, e esperavam; e se calavam ao meu conselho.
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\v 22 Depois de minha palavra nada replicavam, e minhas razões gotejavam sobre eles.
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\s5
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\v 23 Pois esperavam por mim como pela chuva, e abriam sua boca como para a chuva tardia.
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\v 24 Se eu me ria com eles, não acreditavam; e não desfaziam a luz de meu rosto.
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\s5
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\v 25 Eu escolhia o caminho para eles, e me sentava à cabeceira; e habitava como rei entre as tropas, como o consolador dos que choram.
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\s5
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\c 30
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\v 1 Porém agora riem de mim os mais jovens do que eu, cujos pais eu havia desdenhado até de os pôr com os cães de meu rebanho.
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\v 2 De que também me serviria força de suas mãos, nos quais o vigor já pereceu?
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\v 3 Por causa da pobreza e da fome andavam sós; roem na terra seca, no lugar desolado e deserto em trevas.
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\s5
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\v 4 Que colhiam malvas entre os arbustos, e seu alimento eram as raízes dos zimbros.
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\v 5 Do meio das pessoas eram expulsos, e gritavam contra eles, como a um ladrão.
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\v 6 Habitavam nos barrancos dos ribeiros secos, nos buracos da terra, e nas rochas.
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\s5
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\v 7 Bramavam entre os arbustos, e se ajuntavam debaixo das urtigas.
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\v 8 Eram filhos de tolos, filhos sem nome, e expulsos do país.
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\s5
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\v 9 Porém agora sirvo-lhes de chacota, e sou para eles um provérbio de escárnio.
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\v 10 Eles me abominam e se afastam de mim; porém não hesitam em cuspir no meu rosto.
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\v 11 Pois Deus desatou minha corda, e me oprimiu; por isso tiraram de si todo constrangimento perante meu rosto.
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\s5
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\v 12 À direita os jovens se levantam; empurram meus pés, e preparam contra mim seus caminhos de destruição.
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|
\v 13 Destroem meu caminho, e promovem minha miséria, sem necessitarem que alguém os ajude.
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\s5
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\v 14 Eles vêm contra mim como que por uma brecha larga, e revolvem-se entre a desolação.
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\v 15 Pavores se voltam contra mim; perseguem minha honra como o vento, e como nuvem passou minha prosperidade.
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\s5
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\v 16 Por isso agora minha alma se derrama em mim; dias de aflição têm me tomado.
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\v 17 De noite meus ossos se furam em mim, e meus pulsos não descansam.
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\s5
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\v 18 Por grande força de Deus minha roupa está estragada; ele me prendeu como a gola de minha roupa.
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\v 19 Lançou-me na lama, e fiquei semelhante ao pó e à cinza.
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\s5
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\v 20 Clamo a ti, porém tu não me respondes; eu fico de pé, porém tu ficas apenas olhando para mim.
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\v 21 Tu te tornaste cruel para comigo; com a força de tua mão tu me atacas.
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\s5
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|
\v 22 Levantas-me sobre o vento, e me fazes cavalgar sobre ele; e dissolves o meu ser.
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|
\v 23 Porque eu sei que me levarás à morte; e à casa determinada a todos os viventes.
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\s5
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\v 24 Porém não se estende a mão para quem está em ruínas, quando clamam em sua opressão?
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\v 25 Por acaso eu não chorei pelo que estava em dificuldade, e minha alma não se angustiou pelo necessitado?
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|
\v 26 Quando eu esperava o bem, então veio o mal; quando eu esperava a luz, veio a escuridão.
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\s5
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|
\v 27 Minhas entranhas fervem, e não se aquietam; dias de aflição me confrontam.
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\v 28 Ando escurecido, mas não pelo sol; levanto-me na congregação, e clamo por socorro.
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\v 29 Tornei-me irmão dos chacais, e companheiro dos avestruzes.
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\s5
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\v 30 Minha pele se escureceu sobre mim, e meus ossos se inflamam de febre.
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\v 31 Por isso minha harpa passou a ser para lamentação, e minha flauta para vozes dos que choram.
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\s5
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\c 31
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\v 1 Eu fiz um pacto com meus olhos; como, pois, eu olharia com cobiça para a virgem?
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\v 2 Pois qual é a porção dada por Deus acima, e a herança dada pelo Todo-Poderoso das alturas?
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\s5
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\v 3 Por acaso a calamidade não é para o perverso, e o desastre para os que praticam injustiça?
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\v 4 Por acaso ele não vê meus caminhos, e conta todos os meus passos?
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\s5
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|
\v 5 Se eu andei com falsidade, e se meu pé se apressou para o engano,
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\v 6 Pese-me ele em balanças justas, e Deus saberá minha integridade.
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\s5
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|
\v 7 Se meus passos se desviaram do caminho, e meu coração seguiu meus olhos, e se algo se apegou às minhas mãos,
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\v 8 Que eu semeie, e outro coma; e meus produtos sejam arrancados.
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\s5
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|
\v 9 Se foi meu coração se deixou seduzir por alguma mulher, ou se estive espreitei à porta de meu próximo,
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|
\v 10 Que minha mulher moa para outro, e outros se encurvem sobre ela.
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\s5
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|
\v 11 Pois tal seria um crime vergonhoso, e delito a ser sentenciado por juízes.
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\v 12 Pois seria um fogo que consumiria até à perdição, e destruiria toda a minha renda.
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\s5
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|
\v 13 Se desprezei o direito de meu servo ou de minha serva quando eles reclamaram comigo,
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\v 14 Que faria eu quando Deus se levantasse? E quando ele investigasse a causa, o que eu lhe responderia?
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|
\v 15 Aquele que me fez no ventre materno também não fez a ele? E não nos preparou de um mesmo modo na madre?
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\s5
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\v 16 Se eu neguei aos pobres o que eles desejavam, ou fiz desfalecer os olhos da viúva;
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\v 17 E se comi meu alimento sozinho, e o órfão não comeu dele
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|
\v 18 (Porque desde a minha juventude cresceu comigo como se eu fosse seu pai, e desde o ventre de minha mãe guiei a viúva);
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\s5
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|
\v 19 Se eu vi alguém morrer por falta de roupa, e o necessitado sem algo que o cobrisse,
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\v 20 Se sua cintura não me bendisse, quando ele se esquentava com as peles de meus cordeiros;
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\v 21 Se levantei minha mão contra o órfão, quando vi que seria favorecido na corte judicial,
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\s5
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|
\v 22 Que minha escápula caia do meu ombro, e meu braço se quebre de sua articulação.
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\v 23 Porque o castigo de Deus era um assombro para mim, e eu não teria poder contra sua majestade.
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\s5
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\v 24 Se eu pus no ouro minha esperança, ou disse ao ouro fino: Tu és minha confiança;
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\v 25 Se eu me alegrei de que minha riqueza era muita, e de que minha mão havia obtido muito;
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\s5
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|
\v 26 Se olhei para o sol quando brilhava, e à lua quando estava bela,
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\v 27 E meu coração se deixou enganar em segredo, e minha boca beijou minha mão,
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\v 28 Isto também seria um delito a ser sentenciado por juiz; porque teria negado ao Deus de cima.
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\s5
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\v 29 Se eu me alegrei da desgraça daquele que me odiava, e me agradei quando o mal o encontrou,
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\v 30 Sendo que nem deixei minha boca pecar, desejando sua morte com maldição,
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\s5
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\v 31 Se a gente da minha casa nunca tivesse dito: Quem não se satisfez da carne dada por ele?
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\v 32 O estrangeiro não passava a noite na rua; eu abria minhas portas ao viajante.
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\s5
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\v 33 Se encobri minhas transgressões como as pessoas fazem, escondendo meu delito em meu seio;
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\v 34 Porque eu tinha medo da grande multidão, e o desprezo das famílias me atemorizou; então me calei, e não saí da porta:
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\s5
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\v 35 Quem me dera se alguém me ouvisse! Eis que minha vontade é que o Todo-Poderoso me responda, e meu adversário escrevesse um relato da acusação.
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\v 36 Certamente eu o carregaria sobre meu ombro, e o poria em mim como uma coroa.
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\v 37 Eu lhe diria o número de meus passos, e como um príncipe eu me chegaria a ele.
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\s5
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\v 38 Se minha terra clamar contra mim, e seus sulcos juntamente chorarem;
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\v 39 Se comi seus frutos sem pagar dinheiro, ou fiz expirar a alma de seus donos;
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\v 40 Em lugar de trigo que me produza cardos, e ervas daninhas no lugar da cevada. Aqui terminam as palavras de Jó.
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\s5
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\c 32
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\v 1 Então aqueles três homens cessaram de responder a Jó, porque ele era justo em seus olhos.
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\v 2 Porém se acendeu a ira de Eliú, filho de Baraquel, buzita, da família de Rão; contra Jó se acendeu sua ira, porque justificava mais a si mesmo que a Deus.
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\s5
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\v 3 Também sua ira se acendeu contra seus três amigos, porque não achavam o que responder, ainda que tinham condenado a Jó.
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\v 4 E Eliú tinha esperado a Jó naquela discussão, porque tinham mais idade que ele.
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|
\v 5 Porém quando Eliú viu que não havia resposta na boca daqueles três homens, sua ira se acendeu.
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\s5
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|
\v 6 Por isso Eliú, filho de Baraquel, buzita, respondeu, dizendo: Eu sou jovem e vós sois idosos; por isso fiquei receoso e tive medo de vos declarar minha opinião.
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\v 7 Eu dizia: Os dias falem, e a multidão de anos ensine sabedoria.
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\s5
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|
\v 8 Certamente há espírito no ser humano, e a inspiração do Todo-Poderoso os faz entendedores.
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\v 9 Não são somente os grandes que são sábios, nem somente os velhos entendem o juízo.
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\v 10 Por isso eu digo: escutai-me; também eu declararei minha opinião.
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\s5
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|
\v 11 Eis que eu aguardei vossas palavras, e dei ouvidos a vossas considerações, enquanto vós buscáveis argumentos.
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\v 12 Eu prestei atenção a vós, porém eis que ninguém há de vós que possa convencer a Jó, nem que responda a suas palavras.
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\s5
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|
\v 13 Portanto não digais: Encontramos a sabedoria; que Deus o derrote, e não o homem.
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|
\v 14 Jó não dirigiu suas palavras a mim, nem eu lhe responderei com vossos dizeres.
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\s5
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|
\v 15 Estão pasmos, não respondem mais; faltam-lhes palavras.
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|
\v 16 Esperei, pois, porém agora não falam; porque já pararam, e não respondem mais.
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\s5
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|
\v 17 Também eu responderei minha parte; também eu declararei minha opinião.
|
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\v 18 Porque estou cheio de palavras, e o espírito em meu ventre me obriga.
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|
\v 19 Eis que meu ventre é como o vinho que não tem abertura; e que está a ponto de arrebentar como odres novos.
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\s5
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|
\v 20 Falarei, para que eu me alivie; abrirei meus lábios, e responderei.
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\v 21 Não farei eu acepção de pessoas, nem usarei de títulos lisonjeiros para com o homem.
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\v 22 Pois não sei lisonjear; caso contrário, meu Criador logo me removeria.
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|
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\s5
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\c 33
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\v 1 Portanto, Jó, ouve, por favor, meus dizeres, e dá ouvidos a todas as minhas palavras.
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|
\v 2 Eis que já abri minha boca; minha língua já fala debaixo do meu céu da boca.
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|
\v 3 Meus dizeres pronunciarão a integridade do meu coração, e o puro conhecimento dos meus lábios.
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\s5
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\v 4 O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me deu vida.
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\v 5 Se puderes, responde-me; dispõe-te perante mim, e persiste.
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\s5
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\v 6 Eis que para Deus eu sou como tu; do barro também eu fui formado.
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\v 7 Eis que meu terror não te espantará, nem minha mão será pesada sobre ti.
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\s5
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\v 8 Certamente tu disseste a meus ouvidos, e eu ouvi a voz de tuas palavras,
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\v 9 Que diziam: Eu sou limpo e sem transgressão; sou inocente, e não tenho culpa.
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\s5
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\v 10 Eis que Deus buscou pretextos contra mim, e me tem por seu inimigo.
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\v 11 Ele pôs meus pés no tronco, e observa todas as minhas veredas.
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\v 12 Eis que nisto não foste justo, eu te respondo; pois Deus é maior que o ser humano.
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\s5
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\v 13 Por que razão brigas contra ele por não dar resposta às palavras do ser humano?
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\v 14 Contudo Deus fala uma ou duas vezes, ainda que o ser humano não entenda.
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\v 15 Em sonho ou em visão noturna, quando o sono profundo cai sobre as pessoas, e adormecem na cama.
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\s5
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|
\v 16 Então o revela ao ouvido das pessoas, e os sela com advertências;
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\v 17 Para desviar ao ser humano de sua obra, e do homem a soberba.
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\v 18 Para desviar a sua alma da perdição, e sua vida de passar pela espada.
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\s5
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\v 19 Também em sua cama é castigado com dores, com luta constante em seus ossos,
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\v 20 De modo que sua vida detesta até o pão, e sua alma a comida deliciosa.
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\s5
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\v 21 Sua carne desaparece da vista, e seus ossos, que antes não se viam, aparecem.
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\v 22 Sua alma se aproxima da cova, e sua vida dos que causam a morte.
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\s5
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\v 23 Se com ele, pois, houver algum anjo, algum intérprete; um dentre mil, para anunciar ao ser humano o que lhe é correto,
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\v 24 Então Deus terá misericórdia dele, e lhe dirá: Livra-o, para que não desça à perdição; já achei o resgate.
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\s5
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\v 25 Sua carne se rejuvenescerá mais do que era na infância, e voltará aos dias de sua juventude.
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\v 26 Ele orará a Deus, que se agradará dele; e verá sua face com júbilo, porque ele restituirá ao ser humano sua justiça.
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\s5
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\v 27 Ele olhará para as pessoas, e dirá: Pequei, e perverti o que era correto, o que de nada me aproveitou.
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\v 28 Porém Deus livrou minha alma para que eu não passasse à cova, e agora minha vida vê a luz!
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\s5
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\v 29 Eis que Deus faz tudo isto duas ou três vezes com o ser humano,
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\v 30 Para desviar sua alma da perdição, e o iluminar com a luz dos viventes.
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\s5
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\v 31 Presta atenção, Jó, e ouve-me; cala-te, e eu falarei.
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\v 32 Se tiveres o que dizer, responde-me; fala, porque eu quero te justificar.
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\v 33 E se não, escuta-me; cala-te, e eu ensinarei sabedoria.
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\s5
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\c 34
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\v 1 Eliú respondeu mais, dizendo:
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\v 2 Ouvi, vós sábios, minhas palavras; e vós, inteligentes, dai-me ouvidos.
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\v 3 Porque o ouvido prova as palavras, assim como o paladar experimenta a comida.
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\s5
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\v 4 Escolhamos para nós o que é correto, e conheçamos entre nós o que é bom.
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\v 5 Pois Jó disse: Eu sou justo, e Deus tem me tirado meu direito.
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\v 6 Por acaso devo eu mentir quanto ao meu direito? Minha ferida é dolorosa mesmo que eu não tenha transgressão.
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\s5
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\v 7 Que homem há como Jó, que bebe o escárnio como água?
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\v 8 E que caminha na companhia dos que praticam maldade, e anda com homens perversos?
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\v 9 Porque disse: De nada aproveita ao homem agradar-se em Deus.
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\s5
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\v 10 Portanto vós, homens de bom-senso, escutai-me; longe de Deus esteja a maldade, e do Todo- Poderoso a perversidade!
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\v 11 Porque ele paga ao ser humano conforme sua obra, e faz a cada um conforme o seu caminho.
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\v 12 Certamente Deus não faz injustiça, e o Todo-Poderoso não perverte o direito.
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\s5
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\v 13 Quem o pôs para administrar a terra? E quem dispôs a todo o mundo?
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\v 14 Se ele tomasse a decisão, e recolhesse para si seu espírito e seu fôlego,
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\v 15 Toda carne juntamente expiraria, e o ser humano se tornaria em pó.
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\s5
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\v 16 Se pois há em ti entendimento, ouve isto: dá ouvidos ao som de minhas palavras.
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\v 17 Por acaso quem odeia a justiça poderá governar? E condenarás tu ao Poderoso Justo?
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\s5
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\v 18 Pode, por acaso, o rei ser chamado de vil, e os príncipes de perversos?
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\v 19 Quanto menos a aquele que não faz acepção de pessoas de príncipes, nem valoriza mais o rico que o pobre! Pois todos são obras de suas mãos.
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\v 20 Em um momento morrem; e à meia noite os povos são sacudidos, e passam; e o poderoso será tomado sem ação humana.
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\s5
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\v 21 Porque seus olhos estão sobre os caminhos do homem, e ele vê todos os seus passos.
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\v 22 Não há trevas nem sombra de morte em que os que praticam maldade possam se esconder.
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\v 23 Pois ele não precisa observar tanto ao homem para que este possa entrar em juízo com Deus.
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\s5
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\v 24 Ele quebranta aos fortes sem precisar de investigação, e põe outros em seu lugar.
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\v 25 Visto que ele conhece suas obras, de noite os trastorna, e ficam destroçados.
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\s5
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\v 26 Ele os espanca à vista pública por serem maus.
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\v 27 Pois eles se desviaram de segui-lo, e não deram atenção a nenhum de seus caminhos.
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\v 28 Assim fizeram com que viesse a ele o clamor do pobre, e ele ouvisse o clamor dos aflitos.
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\s5
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\v 29 E se ele ficar quieto, quem o condenará? Se ele esconder o rosto, quem o olhará? Ele está quer sobre um povo, quer sobre um único ser humano,
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\v 30 Para que a pessoa hipócrita não reine, e não haja ciladas ao povo.
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\s5
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\v 31 Por que não tão somente se diz: Suportei teu castigo não farei mais o que é errado;
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\v 32 Ensina-me o que não vejo; se fiz alguma maldade, nunca mais a farei?
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\v 33 Será a recompensa da parte dele como tu queres, para que a recuses? És tu que escolhes, e não eu; o que tu sabes, fala.
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\s5
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\v 34 As pessoas de entendimento dirão comigo, e o homem sábio me ouvirá;
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\v 35 Jó não fala com conhecimento, e a suas palavras falta prudência.
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\s5
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\v 36 Queria eu que Jó fosse provado até o fim, por causa de suas respostas comparáveis a de homens malignos.
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\v 37 Pois ao seu pecado ele acrescentou rebeldia; ele bate as mãos de forma desrespeitosa entre nós, e multiplica suas palavras contra Deus.
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\s5
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\c 35
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\v 1 Eliú respondeu mais, dizendo:
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\v 2 Pensas tu ser direito dizeres: Maior é a minha justiça do que a de Deus?
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\v 3 Porque disseste: Para que ela te serve? Ou: Que proveito terei dela mais que meu pecado?
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\s5
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\v 4 Eu darei reposta a ti, e a teus amigos contigo.
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\v 5 Olha para os céus, e vê; e observa as nuvens, que são mais altas que tu.
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\s5
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\v 6 Se tu pecares, que mal farás contra ele? Se tuas transgressões se multiplicarem, que mal lhe farás?
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\v 7 Se fores justo, que lhe darás? Ou o que ele receberá de tua mão?
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\v 8 Tua perversidade poderia afetar a outro homem como tu; e tua justiça poderia ser proveitosa a algum filho do homem.
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\s5
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\v 9 Os aflitos clamam por causa da grande opressão; eles gritam por causa do poder dos grandes.
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\v 10 Porém ninguém diz: Onde está Deus, meu Criador, que dá canções na noite,
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\v 11 Que nos ensina mais que aos animais da terra, e nos faz sábios mais que as aves do céu?
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\s5
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\v 12 Ali clamam, porém ele não responde, por causa da arrogância dos maus.
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\v 13 Certamente Deus não ouvirá a súplica vazia, nem o Todo-Poderoso dará atenção a ela.
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\v 14 Quanto menos ao que disseste: que tu não o vês! Porém o juízo está diante dele; portanto espera nele.
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\s5
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\v 15 Mas agora, já que a ira dele ainda não está castigando, e ele não deu completa atenção à arrogância,
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\v 16 Por isso Jó abriu sua boca em vão, e multiplicou palavras sem conhecimento.
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\s5
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\c 36
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\v 1 Prosseguiu Eliú ainda, dizendo:
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\v 2 Espera-me um pouco, e eu te mostrarei que ainda há palavras a favor de Deus.
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\v 3 Desde longe trarei meu conhecimento, e a meu Criador atribuirei a justiça.
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\s5
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\v 4 Porque verdadeiramente minhas palavras não serão falsas; contigo está um que tem completo conhecimento.
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\v 5 Eis que Deus é grande, porém despreza ninguém; grande ele é em poder de entendimento.
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\s5
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\v 6 Ele não permite o perverso viver, e faz justiça aos aflitos.
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\v 7 Ele não tira seus olhos do justo; ao contrário, ele os faz sentar com os reis no trono, e assim são exaltados.
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\s5
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\v 8 E se estiverem presos em grilhões, e detidos com cordas de aflição,
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\v 9 Então ele lhes faz saber as obras que fizeram, e suas transgressões, das quais se orgulharam.
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\s5
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\v 10 E revela a seus ouvidos, para que sejam disciplinados; e lhes diz, para que se convertam da maldade.
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\v 11 Se ouvirem, e o servirem, acabarão seus dias em prosperidade, e seus anos em prazeres.
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\v 12 Porém se não ouvirem, perecerão pela espada, e morrerão sem conhecimento.
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\s5
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\v 13 E os hipócritas de coração acumulam a ira divina; e quando ele os amarrar, mesmo assim não clamam.
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\v 14 A alma deles morrerá em sua juventude, e sua vida entre os pervertidos.
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\s5
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\v 15 Ele livra o aflito de sua aflição, e na opressão ele revela a seus ouvidos.
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\v 16 Assim também ele pode te desviar da boca da angústia para um lugar amplo, onde não haveria aperto; para o conforto de tua mesa, cheia dos melhores alimentos.
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\s5
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\v 17 Mas tu estás cheio do julgamento do perverso; o julgamento e a justiça te tomam.
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\v 18 Por causa da furor, guarda-te para que não sejas seduzido pela riqueza, nem que um grande suborno te faça desviar.
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\s5
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\v 19 Pode, por acaso, a tua riqueza te sustentar para que não tenhas aflição, mesmo com todos os esforços de teu poder?
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\v 20 Não anseies pela noite, em que os povos são tomados de seu lugar.
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\v 21 Guarda-te, e não te voltes para a maldade; pois por isto que tens sido testado com miséria.
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\s5
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\v 22 Eis que Deus é exaltado em seu poder; que instrutor há como ele?
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\v 23 Quem lhe indica o seu caminho? Quem poderá lhe dizer: Cometeste maldade?
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\v 24 Lembra-te de engrandeceres sua obra, a qual os seres humanos contemplam.
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\s5
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\v 25 Todas as pessoas a veem; o ser humano a enxerga de longe.
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\v 26 Eis que Deus é grande, e nós não o compreendemos; não se pode descobrir o número de seus anos.
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\s5
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\v 27 Ele traz para cima as gotas das águas, que derramam a chuva de seu vapor;
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\v 28 A qual as nuvens destilam, gotejando abundantemente sobre o ser humano.
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\v 29 Poderá alguém entender a extensão das nuvens, e os estrondos de seu pavilhão?
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\s5
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\v 30 Eis que estende sobre ele sua luz, e cobre as profundezas do mar.
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\v 31 Pois por estas coisas ele julga aos povos, e dá alimento em abundância.
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\s5
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\v 32 Ele cobre as mãos com o relâmpago, e dá ordens para que atinja o alvo.
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\v 33 O trovão anuncia sua presença; o gado também prenuncia a tempestade que se aproxima.
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\s5
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\c 37
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\v 1 Disto também o meu coração treme, e salta de seu lugar.
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\v 2 Ouvi atentamente o estrondo de sua voz, e o som que sai de sua boca,
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\v 3 Ao qual envia por debaixo de todos os céus; e sua luz até os confins da terra.
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\s5
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\v 4 Depois disso brama com estrondo; troveja com sua majestosa voz; e ele não retém seus relâmpagos quando sua voz é ouvida.
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\v 5 Deus troveja maravilhosamente com sua voz; ele faz coisas tão grandes que nós não compreendemos.
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\v 6 Pois ele diz à neve: Cai sobre à terra; Como também à chuva: Sê chuva forte.
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\s5
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\v 7 Ele sela as mãos de todo ser humano, para que todas as pessoas conheçam sua obra.
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\v 8 E os animais selvagens entram nos esconderijos, e ficam em suas tocas.
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\v 9 Da recâmara vem o redemoinho, e dos ventos que espalham vem o frio.
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\s5
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\v 10 Pelo sopro de Deus se dá o gelo, e as largas águas se congelam.
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\v 11 Ele também carrega de umidade as espessas nuvens, e por entre as nuvens ele espalha seu relâmpago.
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\s5
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\v 12 Então elas se movem ao redor segundo sua condução, para que façam quanto ele lhes manda sobre a superfície do mundo, na terra;
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\v 13 Seja que ou por vara de castigo, ou para sua terra, ou por bondade as faça vir.
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\s5
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\v 14 Escuta isto, Jó; fica parado, e considera as maravilhas de Deus.
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\v 15 Por acaso sabes tu quando Deus dá ordem a elas, e faz brilhar o relâmpago de sua nuvem?
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\s5
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\v 16 Conheces tu os equilíbrios das nuvens, as maravilhas daquele que é perfeito no conhecimento?
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\v 17 Tu, cujas vestes se aquecem quando a terra se aquieta por causa do vento sul,
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\s5
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\v 18 acaso podes estender com ele os céus, que estão firmes como um espelho fundido?
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\v 19 Ensina-nos o que devemos dizer a ele; pois discurso nenhum podemos propor, por causa das nossas trevas.
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\v 20 Seria contado a ele o que eu haveria de falar? Por acaso alguém falaria para ser devorado?
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\s5
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\v 21 E agora não se pode olhar para o sol, quando brilha nos céus, quando o vento passa e os limpa.
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\v 22 Do norte vem o esplendor dourado; em Deus há majestade temível.
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\s5
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\v 23 Não podemos alcançar ao Todo-Poderoso; ele é grande em poder; porém ele a ninguém oprime em juízo e grandeza de justiça.
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\v 24 Por isso as pessoas o temem; ele não dá atenção aos que se acham sábios de coração.
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\s5
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\c 38
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\v 1 Então o SENHOR respondeu a Jó desde um redemoinho, e disse:
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\v 2 Quem é esse que obscurece o conselho com palavras sem conhecimento?
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\v 3 Agora cinge teus lombos como homem; e eu te perguntarei, e tu me explicarás.
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\s5
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\v 4 Onde estavas tu quando eu fundava a terra? Declara- me, se tens inteligência.
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\v 5 Quem determinou suas medidas, se tu o sabes? Ou quem estendeu cordel sobre ela?
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\s5
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\v 6 Sobre o que estão fundadas suas bases? Ou quem pôs sua pedra angular,
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\v 7 Quando as estrelas do amanhecer cantavam alegremente juntas, e todos os filhos de Deus jubilavam?
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\s5
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\v 8 Ou quem encerrou o mar com portas, quando transbordou, saindo da madre,
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\v 9 Quando eu pus nuvens por sua vestidura, e a escuridão por sua faixa;
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\s5
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\v 10 Quando eu passei sobre ele meu decreto, e lhe pus portas e ferrolhos,
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\v 11 E disse: Até aqui virás, e não passarás adiante, e aqui será o limite para a soberba de tuas ondas?
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\s5
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\v 12 Desde os teus dias tens dado ordem à madrugada? Ou mostraste tu ao amanhecer o seu lugar,
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\v 13 Para que tomasse os confins da terra, e os perversos fossem sacudidos dela?
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\s5
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\v 14 E a terra se transforma como barro sob o selo; todas as coisas sobre ela se apresentam como vestidos?
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\v 15 E dos perversos é desviada sua luz, e o braço erguido é quebrado.
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\s5
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\v 16 Por acaso chegaste tu às fontes do mar, ou passeaste no mais profundo abismo?
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\v 17 Foram reveladas a ti as portas da morte, ou viste as portas da sombra de morte?
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\v 18 Entendeste tu as larguras da terra? Declara, se sabes tudo isto.
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\s5
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\v 19 Onde está o caminho por onde mora a luz? E quanto às trevas, onde fica o seu lugar?
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\v 20 Para que as tragas a seus limites, e conheças os caminhos de sua casa.
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\v 21 Certamente tu o sabes, pois já eras nascido, e teus dias são inúmeros!
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\s5
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\v 22 Por acaso entraste tu aos depósitos da neve, e viste os depósitos do granizo,
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\v 23 Que eu retenho até o tempo da angústia, até o dia da batalha e da guerra?
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\v 24 Onde está o caminho em que a luz se reparte, e o vento oriental se dispersa sobre a terra?
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\s5
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\v 25 Quem repartiu um canal às correntezas de águas, e caminho aos relâmpagos dos trovões,
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\v 26 Para chover sobre a terra onde havia ninguém, sobre o deserto, onde não há gente,
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\v 27 Para fartar a terra deserta e desolada, e para fazer crescer aos renovos da erva.
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\s5
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\v 28 Por acaso a chuva tem pai? Ou quem gera as gotas do orvalho?
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\v 29 De qual ventre procede o gelo? E quem gera a geada do céu?
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\v 30 As águas se tornam duras como pedra, e a superfície do abismo se congela.
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\s5
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\v 31 Podes tu atar as cadeias das Plêiades, ou desatar as cordas do Órion?
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\v 32 Podes tu trazer as constelações a seu tempo, e guiar a Ursa com seus filhos?
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\v 33 Sabes tu as ordenanças dos céus? Ou podes tu dispor do domínio deles sobre a terra?
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\s5
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\v 34 Ou podes levantar tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra?
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\v 35 Podes tu mandar relâmpagos, para que saiam, e te digam: Eis-nos aqui?
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\s5
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\v 36 Quem pôs a sabedoria no íntimo? Ou quem deu entendimento à mente?
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\v 37 Quem pode enumerar as nuvens com sabedoria? E os odres dos céus, quem pode os despejar?
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\v 38 Quando o pó se endurece, e os torrões se apegam uns aos outros?
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\s5
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\v 39 Caçarás tu a presa para o leão? Ou saciarás a fome dos leões jovens,
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\v 40 Quando estão agachados nas covas, ou estão à espreita no matagal?
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\s5
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\v 41 Quem prepara aos corvos seu alimento, quando seus filhotes clamam a Deus, andando de um lado para o outro por não terem o que comer?
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\s5
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\c 39
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\v 1 Sabes tu o tempo em que as cabras montesas dão filhotes? Ou observaste tu as cervas quando em trabalho de parto?
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\v 2 Contaste os meses que elas cumprem, e sabes o tempo de seu parto?
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\s5
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\v 3 Quando se encurvam, produzem seus filhos, e lançam de si suas dores.
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\v 4 Seus filhos se fortalecem, crescem como o trigo; saem, e nunca mais voltam a elas.
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\s5
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\v 5 Quem despediu livre ao asno montês? E quem ao asno selvagem soltou das ataduras?
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\v 6 Ao qual eu dei a terra desabitada por casa, e a terra salgada por suas moradas.
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\s5
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\v 7 Ele zomba do tumulto da cidade; não ouve os gritos do condutor.
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\v 8 A extensão dos montes é seu pasto; e busca tudo o que é verde.
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\s5
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\v 9 Por acaso o boi selvagem quererá te servir, ou ficará junto de tua manjedoura?
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\v 10 Ou amarrarás ao boi selvagem com sua corda para o arado? Ou lavrará ele aos campos atrás de ti?
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\s5
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\v 11 Confiarás nele, por ser grande sua força, e deixarás que ele faça teu trabalho?
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\v 12 Porás tua confiança nele, para que ele colha tua semente, e a junte em tua eira?
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\s5
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\v 13 As asas da avestruz batem alegremente, mas são suas asas e penas como as da cegonha?
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\v 14 Ela deixa seus ovos na terra, e os esquenta no chão,
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\v 15 E se esquece de que pés podem os pisar, e os animais do campo podem os esmagar.
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\s5
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\v 16 Age duramente para com seus filhos, como se não fossem seus, sem temer que seu trabalho tenha sido em vão.
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\v 17 Porque Deus a privou de sabedoria, e não lhe repartiu entendimento.
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\v 18 Porém quando se levanta para correr, zomba do cavalo e do seu cavaleiro.
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\s5
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\v 19 És tu que dás força ao cavalo, ou que vestes seu pescoço com crina?
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\v 20 Podes tu o espantar como a um gafanhoto? O sopro de suas narinas é terrível.
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\s5
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\v 21 Ele escarva a terra, alegra-se de sua força, e sai ao encontro das armas;
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\v 22 Ele zomba do medo, e não se espanta; nem volta para trás por causa da espada.
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\v 23 Contra ele rangem a aljava, o ferro brilhante da lança e do dardo;
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\s5
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\v 24 Sacudido-se com furor, ele escarva a terra; ele não fica parado ao som da trombeta.
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\v 25 Ao som das trombetas diz: Eia! E desde longe cheira a batalha, o grito dos capitães, e o barulho.
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\s5
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\v 26 Por acaso é por tua inteligência que o gavião voa, e estende suas asas para o sul?
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\s5
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\v 27 Ou é por tua ordem que a água voa alto e põe seu ninho na altura?
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\v 28 Nas penhas ela mora e habita; no cume das penhas, e em lugares seguros.
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\s5
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\v 29 Desde ali espia a comida; seus olhos avistam de longe.
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\v 30 Seus filhotes sugam sangue; e onde houver cadáveres, ali ela está.
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\s5
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\c 40
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\v 1 Então o SENHOR respondeu mais a Jó, dizendo:
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\v 2 Por acaso quem briga contra o Todo-Poderoso pode ensiná-lo? Quem quer repreender a Deus, responda a isto.
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\s5
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\v 3 Então Jó respondeu ao SENHOR, dizendo:
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\v 4 Eis que eu sou insignificante; o que eu te responderia? Ponho minha mão sobre minha boca.
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\v 5 Uma vez falei, porém não responderei; até duas vezes, porém não prosseguirei.
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\s5
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\v 6 Então o SENHOR respondeu a Jó desde o redemoinho, dizendo:
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\v 7 Cinge-te agora os teus lombos como homem; eu te perguntarei, e tu me explica.
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\s5
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\v 8 Por acaso tu anularias o meu juízo? Tu me condenarias, para te justificares?
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\v 9 Tens tu braço como Deus? Ou podes tu trovejar com tua voz como ele?
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\s5
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\v 10 Orna-te, pois, de excelência e alteza; e veste-te de majestade e glória.
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\v 11 Espalha os furores de tua ira; olha a todo soberbo, e abate-o.
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\s5
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\v 12 Olha a todo soberbo, e humilha-o; e esmaga aos perversos em seu lugar.
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\v 13 Esconde-os juntamente no pó; ata seus rostos no oculto.
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\v 14 E eu também te reconhecerei; pois tua mão direita te terá livrado.
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\s5
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\v 15 Observa o beemote, ao qual eu fiz contigo; ele come erva come como o boi.
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\v 16 Eis que sua força está em seus lombos, e seu poder na musculatura de seu ventre.
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\s5
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\v 17 Ele torna sua cauda dura como o cedro, e os nervos de suas coxas são entretecidos.
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\v 18 Seus ossos são como tubos de bronze; seus membros, como barras de ferro.
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\s5
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\v 19 Ele é a obra-prima dos caminhos de Deus; aquele que o fez o proveu de sua espada.
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\v 20 Pois os montes lhe produzem pasto; por isso todos os animais do campo ali se alegram.
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\v 21 Ele se deita debaixo das árvores sombrias; no esconderijo das canas e da lama.
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\s5
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\v 22 As árvores sombrias o cobrem, cada uma com sua sombra; os salgueiros do ribeiro o cercam.
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\v 23 Ainda que o rio se torne violento, ele não se apressa; confia ainda que o Jordão transborde até sua boca.
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\v 24 Poderiam, por acaso, capturá-lo à vista de seus olhos, ou com laços furar suas narinas?
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\s5
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\c 41
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\v 1 Poderás tu pescar ao leviatã com anzol, ou abaixar sua língua com uma corda?
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\v 2 Podes pôr um anzol em seu nariz, ou com um espinho furar sua queixada?
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\v 3 Fará ele súplicas a ti, ou falará contigo suavemente?
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\v 4 Fará ele pacto contigo, para que tu o tomes por escravo perpétuo?
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\v 5 Brincarás tu com ele como com um passarinho, ou o atarás para tuas meninas?
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\v 6 Os companheiros farão banquete dele? Repartirão dele entre os mercadores?
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\v 7 Poderás tu encher sua pele de espetos, ou sua cabeça com arpões de pescadores?
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\v 8 Põe tua mão sobre ele; te lembrarás da batalha, e nunca mais voltarás a fazer.
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\v 9 Eis que a esperança de alguém de vencê-lo falhará; pois, apenas ao vê-lo será derrubado.
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\v 10 Ninguém há tão ousado que o desperte; quem pois, ousa se opor a mim?
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\v 11 Quem me deu primeiro, para que eu o recompense? Tudo o que há debaixo dos céus é meu.
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\v 12 Eu não me calarei a respeito de seus membros, nem de suas forças, e da graça de sua estatura.
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\v 13 Quem descobrirá sua vestimenta superficial? Quem poderá penetrar sua couraça dupla?
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\v 14 Quem poderia abrir as portas de seu rosto? Ao redor de seus dentes há espanto.
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\v 15 Seus fortes escudos são excelentes; cada um fechado, como um selo apertado.
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\v 16 Um está tão próximo do outro, que vento não pode entrar entre eles.
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\v 17 Estão grudados uns aos outros; estão tão travados entre si, que não se podem separar.
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\v 18 Cada um de seus roncos faz resplandecer a luz, e seus olhos são como os cílios do amanhecer.
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\v 19 De sua boca saem tochas, faíscas de fogo saltam dela.
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\v 20 De suas narinas sai fumaça, como de uma panela fervente ou de um caldeirão.
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\v 21 Seu fôlego acende carvões, e de sua boca sai chama.
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\v 22 A força habita em seu pescoço; diante dele salta-se de medo.
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\v 23 As dobras de sua carne estão apegadas entre si; cada uma está firme nele, e não podem ser movidas.
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\v 24 Seu coração é rígido como uma pedra, rígido como a pedra de baixo de um moinho.
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\v 25 Quando ele se levanta, os fortes tremem; por seus abalos se recuam.
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\v 26 Se alguém lhe tocar com a espada, não poderá prevalecer; nem arremessar dardo, ou lança.
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\v 27 Ele considera o ferro como palha, e o aço como madeira podre.
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\v 28 A flecha não o faz fugir; as pedras de funda são para ele como sobras de cascas.
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\v 29 Considera toda arma como sobras de cascas, e zomba do mover da lança.
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\v 30 Por debaixo de si tem conchas pontiagudas; ele esmaga com suas pontas na lama.
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\v 31 Ele faz ferver as profundezas como a uma panela, e faz do mar como um pote de unguento.
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\v 32 Ele faz brilhar o caminho atrás de si; faz parecer ao abismo com cabelos grisalhos.
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\v 33 Não há sobre a terra algo que se possa comparar a ele. Ele foi feito para não temer.
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\v 34 Ele vê tudo que é alto; ele é rei sobre todos os filhos dos animais soberbos.
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\c 42
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\v 1 E Jó respondeu ao SENHOR, dizendo:
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\v 2 Eu sei que tudo podes, e nenhum de teus pensamentos pode ser impedido.
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\v 3 Tu dizes: Quem é esse que obscurece o conselho sem conhecimento? Por isso eu falei do que não entendia; coisas que eram maravilhosas demais para mim, e eu não as conhecia.
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\v 4 Escuta-me, por favor, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensina.
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\v 5 Com os ouvidos eu ouvira falar de ti; mas agora meus olhos te veem.
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\v 6 Por isso me abomino, e me arrependo no pó e na cinza.
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\s5
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\v 7 E sucedeu que, depois que o SENHOR acabou de falar essas palavras a Jó, o SENHOR disse a Elifaz temanita: Minha ira se acendeu contra ti e contra teus dois amigos; porque não falastes de mim o que era correto, como meu servo Jó.
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\v 8 Por isso tomai para vós sete bezerros e sete carneiros, ide a meu servo Jó, e fazei ofertas de queima em vosso favor, e meu servo Jó orará por vós; pois certamente atenderei a ele para eu não vos tratar conforme vossa loucura; pois não falastes de mim o que era correto, como meu servo Jó.
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\v 9 Então Elifaz o temanita, Bildade o suíta, e Zofar o naamita foram, e fizeram como o SENHOR havia lhes dito; e o SENHOR atendeu a Jó.
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\s5
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\v 10 E o SENHOR deu fim à aflição de Jó, enquanto ele orava por seus amigos; e o SENHOR acrescentou a Jó o dobro de tudo quanto ele tinha antes.
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\v 11 Então vieram e ele todos os seus irmãos, e todas as suas irmãs, e todos os que o conheciam antes; e comeram com ele pão em sua casa, e condoeram-se dele, e o consolaram acerca de toda a calamidade que o SENHOR tinha trazido sobre ele; e cada um deles lhe deu uma peça de dinheiro, e uma argola de ouro.
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\s5
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\v 12 E assim o SENHOR abençoou o último estado de Jó mais que o seu primeiro; porque teve catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de bois, e mil asnas.
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\v 13 Também teve sete filhos e três filhas.
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\v 14 E chamou o nome da uma Jemima, e o nome da segunda Quézia, e o nome da terceira Quéren-Hapuque.
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\s5
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\v 15 E em toda a terra não se acharam mulheres tão belas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos.
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\v 16 E depois disto Jó viveu cento e quarenta anos; e viu seus filhos, e os filhos de seus filhos, até quatro gerações.
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\v 17 Então Jó morreu, velho, e farto de dias. |